tag:blogger.com,1999:blog-3747997050856518892024-03-19T04:55:57.595-07:00Travessias ConceituaisEstudos e reflexões sobre o caminho da diversidade na unidade, do pluralismo, da inclusividade. Do embate das ideias que aprofunda ou derriba as nossas certezas parciais, provisória e precárias.José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-60007565209313497992012-06-06T04:35:00.001-07:002012-06-06T14:40:47.131-07:00Por que clamar em favor da Igreja?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_2rJ6Uz632Cm60tDoE6IfrkAVAEtH3iZMbhdpj1oVNqooNInK3JINk4CIrKIevDjAfKSFJfUlEkOjiy27oR9Ua_xy8cND2gpuIwNzzNyz5bS_dsUK2XItc339jDbd01gsBipp99rm6g/s1600/CLAMOR_thumb%5B1%5D.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_2rJ6Uz632Cm60tDoE6IfrkAVAEtH3iZMbhdpj1oVNqooNInK3JINk4CIrKIevDjAfKSFJfUlEkOjiy27oR9Ua_xy8cND2gpuIwNzzNyz5bS_dsUK2XItc339jDbd01gsBipp99rm6g/s1600/CLAMOR_thumb%5B1%5D.png" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<b>Rev. Luiz Caetano Grecco Teixeira</b>
</div>
<br />
Desde o Domingo da Trindade, a Paróquia São Paulo Apóstolo começou uma campanha interna de clamor em favor da Igreja de Cristo: por toda a Igreja e particularmente pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e a Comunhão Anglicana. Por que a comunidade decidiu isso? Uma reflexão no Pentecostes sobre o estado da Igreja no mundo e, particularmente no Brasil, levou-nos reconhecer a necessidade de – mais que uma intercessão – iniciarmos um clamor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
CLAMAR é o ato de manifestar diante de Deus a nossa indignação e a nosso completo desacordo com a realidade que vemos! e é manifestação de compromisso em OUVIR o SENHOR e OBEDECER À SUA VONTADE! Para compreender o conceito de clamor, sugiro meu artigo no blogue da Paróquia São Paulo Apóstolo, “Clamor!”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É momento de deixarmos os ufanismos, as ilusões e reconhecer que a Igreja Cristã no ocidente está perdendo o senso de identidade e de missão concreta, como um barco sem rumo claro… a cada tempo surgem e desaparecem modismos teológicos e ideológicos; a tendência da Igreja é navegar (surfar) na onda do momento. Em meio às grandes negociatas da venda de bênçãos, da tentação do sucesso rápido e da nossa incapacidade de mudar nossos paradigmas, a Igreja Cristã Ocidental está sofrendo de uma gravíssima perda de identidade e de sentido de Missão realmente obediente ao mandato do Senhor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Limitando-me ao Brasil e à Igreja onde vivo minha fé em comunidade (congregação e denominação) tenho refletido sobre o atual estado dessa Igreja e partilhado isso com a comunidade aos meus cuidados pastorais, com companheiros e companheiras de ministério e lideranças em todo o Brasil. Surpreende-me o fato que, ao partilhar meus temores e indignações, vejo muitas dessas pessoas manifestarem os mesmo sentimentos, preocupações e mesmo indignações! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acontece que a Igreja está se tornando anacrônica em relação ao caminhar da sociedade. Ao afirmar isso, não estou propondo que a Igreja se deixe levar pelos rumos da sociedade, mas que deve reconhecer tais rumos, fazer uma avaliação à luz do Evangelho e agir profeticamente de forma adequada e eficaz. Para agir de forma profética e com eficácia, a Igreja necessita adaptar-se ao tempo presente, mudar sua própria visão do mundo e sua auto-compreensão. Hoje os desafios para a Missão e para a Presença da Igreja no mundo são outros! Exigem novos métodos de abordagem e análise, e de enfrentamento. Mais do que discurso teológico, é necessário que a Igreja reformule sua compreensão de si mesma, reveja os princípios eclesiológicos que determinam e justificam sua atual organização e sua administração, por exemplo, e até mesmo sua missão. <b>É preciso que a Igreja tenha a coragem de reformar-se!</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nas últimas postagens neste blogue, abordei vários desses aspectos: “Romper paradigmas”, “Velhos paradigmas fantasiados de novos”, “Do poder e do penico”, além de outros mais antigos; portanto, não vou abordar tais aspectos. Neste artigo quero colocar mais um aspecto, o aspecto institucional da Igreja. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Igreja, todas as Igrejas (denominações) são instituições sociais, estão presas e dependentes dos movimentos da sociedade humana. É um erro teológico pensar a Igreja apenas como o Corpo de Cristo sem levar em consideração que – sendo uma organização formada por pessoas – a Igreja é também uma instituição social, participa da sociedade e sofre os reveses e os avanços da sociedade onde está inserida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como qualquer organização, a Igreja necessita ser administrada e bem administrada se quiser continuar existindo. É de grande ingenuidade pensar que a Igreja é diferente de uma empresa ou de qualquer outro empreendimento. A Igreja, como as empresas e qualquer outra instituição, deve ser administrada dentro de parâmetros técnicos adequados que permitam exercer seu papel na sociedade e cumprir sua missão. A Igreja, como qualquer organização humana, deve ser capaz de gerir e bem seus recursos, sejam eles humanos, financeiros, patrimoniais e espirituais. Na complexidade do mundo hoje, gestão não é improvisação, mas ação profissional, exige conhecimento técnico, e não pode ser exercida apenas pela boa vontade de pessoas sinceras e honestas, mas amadoras, que dedicam seu tempo voluntariamente para isso. O clero não é preparado para isso, por exemplo (aliás, tem sido tão mal preparado, que nem mesmo sei se consegue dar conta dos desafios pastorais que enfrentamos – e não falo exclusivamente da IEAB!), e o laicato muitas vezes é alijado da administração ou se limita a pessoas de boa vontade, nem sempre com o conhecimento técnico adequado, e que atuam voluntariamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já vi, em várias ocasiões, opiniões técnicas bem fundamentadas serem recusadas pelas lideranças institucionais da Igreja sob o argumento que “Igreja não pode ser assim, Igreja não é empresa”, para justificar certas decisões administrativas totalmente insensatas e que com o tempo mostraram resultados nefastos e enormes prejuízos para a instituição… Acontece que Igreja é uma empresa sim, uma instituição, está assentada neste mundo, mesmo sendo uma “empresa de Deus”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gostamos de representar a Igreja como “rebanho de Cristo”, quem, aliás, têm muitas fazendas… somos chamados a cuidar do rebanho do Senhor, COM O SENHOR, mas muitas vezes deixamos de OUVIR a voz do dono… rebanhos, fazendas, precisam ser bem administrados… Ou então gostamos de pensar a Igreja como “A Barca de Pedro”, esquecendo que Pedro era pescador profissional, sabia navegar e conduzia seu barco com técnica adequada e prudência mas quando o Senhor lhe mandou jogar as redes para o outro lado, ele deu ouvidos e fez o que o Senhor falou! (cf. João 21.4-6). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não serão nossos planos amadores mirabolantes, muitas vezes desesperados, que salvarão a Igreja de Cristo. É preciso dobrar o o joelho e clamar para que o SENHOR DA IGREJA a reforme plenamente! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>“Renova Senhor a Tua Igreja, começando por nossa Congregação, nossa Diocese, nossa Província!”</b>. Esse tem sido o brado que estamos orando na São Paulo Apóstolo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Convido você a unir-se à nós. Se você não é episcopaliano, faça isso pela sua denominação. Ela também está ficando à deriva!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Texto de Rev. Luiz Caetano Grecco Teixeira, in: <b><a href="http://pirilampos-pintassilgos.blogspot.com.br/2012/06/por-que-clamar-em-favor-da-igreja.html#comment-form">Pirilampos e Pintassilgos</a></b><http: 06="" 2012="" pirilampos-pintassilgos.blogspot.com.br="" por-que-clamar-em-favor-da-igreja.html#comment-form="">. Acesso em 6 de jun 2012). </http:></div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-6852155267815403082012-05-17T13:42:00.000-07:002012-06-06T14:40:58.817-07:00Australiana registra os maiores arrependimentos de pacientes terminais<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: right;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/--2AOk1WME4k/T8_Ij10uuxI/AAAAAAAADS0/zYfhJcjo9PY/s1600/m%C3%A3os+dadas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/--2AOk1WME4k/T8_Ij10uuxI/AAAAAAAADS0/zYfhJcjo9PY/s1600/m%C3%A3os+dadas.jpg" /></a></div>
<b><span style="color: #c76b9f; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Roberta Ávila</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;"><a href="mailto:roberta.avila@diario.com.br" title="roberta.avila@diario.com.br"><span style="color: #333333; text-decoration: none;">roberta.avila@diario.com.br</span></a><o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: 22.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">A enfermeira australiana Bronnie Ware trabalhou por
muitos anos com pacientes terminais que eram mandados para casa para morrer.
Apesar da situação difícil, ela afirma que todos seus pacientes cresceram muito
quando tiveram de enfrentar sua própria mortalidade e Bronnie foi capaz de
encontrar na trajetória desses casos lições que divide na internet, com
sucesso, sobre os principais arrependimentos de seus pacientes. É difícil não
refletir se teríamos ou não os mesmo arrependimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">- Eu queria ter tido coragem de viver a vida de
maneira verdadeira para comigo mesmo, não a vida que os outros esperavam de
mim. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
Segundo Bronnie, esse é o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem
que sua vida chegou ao fim, elas olham para trás e percebem os sonhos não
realizados. "Muita gente não honrou nem a metade de seus sonhos e teve que
morrer sabendo que isso aconteceu devido a escolhas que eles mesmos fizeram ou
não fizeram", relata Bronnie. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
<b>- Eu queria não ter trabalhado tanto. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
Esse foi arrependimento que Bronnie percebeu mais nos pacientes homens. De
acordo com a enfermeira, eles se arrependiam de não ter aproveitado mais a
infância dos filhos e a companhia da parceira. As mulheres também têm esse
arrependimento, mas como a maior parte das pacientes era de uma geração em que
as mulheres ainda não tinham o trabalho como principal em suas vidas, o
arrependimento parece ser menor. "Todos os homens de quem eu cuidei se
arrependiam de terem gasto tanto de suas vidas em uma existência voltada para o
mercado de trabalho", conta Bronnie. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
<b>- Eu queria ter tido a coragem de exprimir meu sentimentos.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
Muitas pessoas reprimem seus sentimentos para evitar confronto ou mesmo porque
foram educadas para fazê-lo. O resultado é que elas se contentam com uma
existência que, segundo a enfermeira, é medíocre, porque impede que as pessoas
aproveitem o seu verdadeiro potencial. Para Bronnie a honestidade eleva os
relacionamentos a um novo patamar, uma mais saudável, ou vai acabar fazendo com
que relacionamentos que não fazem bem para as pessoas acabem sendo eliminados
da vida delas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">- Eu queria ter permanecido em contato com meus
amigos</span></b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
Bronnie presenciou muitas pessoas se queixarem do quando se arrependiam de não
ter dedicado mais tempo às duas amizades. "Muitas pessoas acabam tão
envolvidas com suas próprias vidas que deixam amizades de ouro acabarem",
relatou. Para Bronnie, na hora da morte as pessoas tentam, sim, deixar o plano
financeiro em ordem, se possível, mas não é isso que mais conta, mas sim as
pessoas que elas amam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">- Eu queria ter me permitido ser mais feliz.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
Segundo Bronnie essa é muito comum. "Muitos não percebem até o final que
felicidade é uma escolha", relata a enfermeira. As pessoas ficam presas em
velhos padrões e hábitos e se acomodam no que é familiar e seguro. Segundo
Bronnie, muita gente passa a vida fingindo que é feliz para os outros e para si
mesmo por medo de mudar. "Quando você está no seu leito de morte o que os
outros pensam de você nem passa pela sua mente", conclui Bronnie.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 17.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><br />
A dica final da enfermeira: "a vida é uma escolha. É a sua vida. Escolha
com consciência, sabedoria e honestidade. Escolha a felicidade".</span><span style="color: #929292; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 12pt;">
<span style="color: #666666; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt;"> </span><span style="background-color: transparent; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Disponível
em: <</span><a href="http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2012/05/australiana-registra-os-maiores-arrependimentos-de-pacientes-terminais-3761508.html" style="background-color: transparent; font-size: 10pt; line-height: 115%;">http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2012/05/australiana-registra-os-maiores-arrependimentos-de-pacientes-terminais-3761508.html</a><span style="background-color: transparent; font-size: 10pt; line-height: 115%;">.
Acesso em 17 de mai 2012.</span></div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-74154562707827194642011-06-08T06:56:00.000-07:002012-06-06T14:45:32.002-07:00POR UMA ESPIRITUALIDADE ENGAJADA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj51Ucb4mPz22UbW16e18GlfQqHObRAbLVxRDZY0MZKdvQepWWhGEXafG3mWg2-UH3Ck048Pi7MzFM70VuETDbJJPFqb51Q8QzDF2XbeXlRscwh1aXQIZJ7z51-EPpSBM9KhAGUfqefrw/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj51Ucb4mPz22UbW16e18GlfQqHObRAbLVxRDZY0MZKdvQepWWhGEXafG3mWg2-UH3Ck048Pi7MzFM70VuETDbJJPFqb51Q8QzDF2XbeXlRscwh1aXQIZJ7z51-EPpSBM9KhAGUfqefrw/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">(Alguns tópicos para reflexão) <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 11pt;"><o:p><br />
</o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 11pt;"><o:p><br />
</o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 11pt;"><o:p><br />
</o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 11pt;"><o:p><br />
</o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 11pt;"><o:p><br />
</o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> José Luongo da Silveira (Org)</span><o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 9pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.65pt; text-align: right;">
<span style="font-size: 10pt;">“Jesus nos ensinou que amar a Deus é amar os<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.65pt; text-align: right;">
<span style="font-size: 10pt;">outros, todos os outros. Este amor é dom, abandono,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.65pt; text-align: right;">
<span style="font-size: 10pt;">sacrifício, despojamento..” (R. Garaudy)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.65pt; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.65pt; text-align: right;">
<span style="font-size: 10pt;">“Amor, palavra que funda<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.65pt; text-align: right;">
<span style="font-size: 10pt;">e que consome os seres.(...)” (M. Mendes)<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<ol start="1" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">O Monge Beneditino Marcelo Barros, no seu livro: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O Espírito vem pelas águas</b><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[1]</span></span></span></a><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">”</b> afirma que no terceiro milênio, as Igrejas cristãs começam a se dar conta de que o mundo mudou rapidamente e que elas precisam ver de que modos tradicionais de entender e realizar a missão não funcionam mais ou cada vez são menos adequados. </li>
</ol>
<ol start="2" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Efetivamente, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Boa Nova só é Boa Nova </b>se soubermos transmiti-la de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> modo inteligível e integral </b>ao homem de hoje.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> E qual o contexto do mundo de hoje?</b> O contexto de hoje é o que chamamos de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">modernidade</b>, mais precisamente a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">crise da modernidade</b> e esse tem sido um dos temas mais discutidos na atualidade. E a discussão se aprofunda quando nem ao menos temos um princípio geral de definição de modernidade. O que é a modernidade (...?). Alan Touraine, na sua obra “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crítica da Modernidade</b>” diz que não sabemos! Ela é a fusão do múltiplo, do heterogêneo, do fragmentado, do efêmero, onde se envolve atividade racional, científica, tecnológica e administrativa. Basicamente, existem duas figuras condensadoras da modernidade: a racionalização e a subjetivação. </li>
</ol>
<ol start="3" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Até pouco tempo, o conhecimento de ponta nas ciências sociais e políticas falavam dos três momentos da mudança: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Modernidade, o neoliberalismo e a globalização</b>. A globalização, filha adulterina do neoliberalismo fala-nos em termos tais como: transnacionalização da economia, a transculturação, a desterritorialização, reterritorialilização e multimídia. A nova era já absorveu esses paradigmas, enquanto <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o homem do povo</b> se torna sujeito passivo, mero expectador, que não entende o enredo, mas assiste ao espetáculo. Apenas sabe dizer/falar o nome dos novos deuses, mas desconhece o esquema comunicativo do discurso; ele consome o pacote pronto. </li>
</ol>
<ol start="4" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Mas hoje até mesmo o chamado período da<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> transmodernidade ou da desconstrução</b> de Jacques Derrida já ficou para trás. Agora, com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">era da realidade digital</b> se fala em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">neomodernidade e hipermoderndade</b>, se fala num mundo multitemporal, multiespacial e multifacetado, onde se torna crescente o sentido de excrescência, de ultrapassagem dos limites da tradição, do Estado e da religião. E nesse contexto, nesse espaço caótico presenciamos a terrível fragilização do individuo. Presenciamos a sua depressão psicológica com o “desfalecimento das utopias” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[2]</span></span></span></a>. </li>
</ol>
<ol start="5" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Aqui na hipermodernidade é que está o insólito, a contradição insuperável. Era de se esperar que essa abertura para o novo nos colocasse num horizonte aberto de inclusividade, onde se agregassem novos campos de sentido, contudo, a hipermodernidade se fecha no ETNOCENTRISMO, no perigo do pensamento único na política, na filosofia e na religião. </li>
</ol>
<ol start="6" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Caminhamos para o pensamento único, para a makdonalização do mundo. O etnocentrismo que cresce na hipermodernidade é uma visão EXCLUSIVISTA do mundo, onde o nosso próprio grupo social é tomado como centro de tudo, e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, de nossas definições do que é a existência. Trata-se de uma violência simbólica, quando não é física. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, no plano religioso é o renascimento da idéia de uma única religião verdadeira, etc. O<b> </b>etnocentrismo consiste em privilegiar um universo de representações propondo-o como modelo e reduzindo à insignificância os demais universos e culturas <i>diferentes</i>. </li>
</ol>
<ol start="7" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">O monge beneditino Marcelo Barros diz: “O ‘pensamento único’ dominante inculca a inviabilidade de toda e qualquer mudança, a impossibilidade de encontrar uma alternativa, o convencimento de que estamos no melhor dos mundos e assim por diante. Como neste contexto, anunciar a Boa Notícia, o projeto de Deus, a utopia do Reino, o sonho de Jesus e assim realizar a missão?” E continua Marcelo Barros, “Neste mundo neoliberal, esta ‘paixão pelo Reino’ está expatriada e banida, como o próprio Evangelho. A missão cristã, sem acomodamentos nem adulterações, será sempre Utopia e Projeto, Paixão e Mística, luta e contemplação, compromisso e gratuidade. </li>
</ol>
<ol start="8" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">No contexto da hipermodernidade, há a tendência de se desvencilhar de todas as formas de religião-instituição, cresce a mística individualista e emocional, uma espécie de “metamorfose do sagrado” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[3]</span></span></span></a>. </li>
</ol>
<ol start="9" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"> Jacques Derrida, Gianni Vattimo e outros grandes pensadores contemporâneos se reuniram para passar a limpo o retorno do sagrado na atualidade e chegaram à conclusão de que ‘a experiência religiosa é a experiência de um êxodo, trata-se da partida para uma viagem de retorno. A religião é experimentada como um retorno’ (Vattimo, p. 91). No lugar do marxismo e de sua negação da religião em geral, surgiu, porém, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o ateísmo da indiferença</b>. Isto parece ser cada vez mais o comportamento predominante das gerações mais jovens nos países industrializados. (H.-G. Gadamer, p. 223). </li>
</ol>
<ol start="10" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Por outro lado, as próprias religiões são responsáveis pelo triunfo do ateísmo e pela “metamorfose do sagrado”. Novamente nos diz Marcelo Barros: “Qual o rosto de Deus, revelado por um cristianismo intolerante e dogmático que queimavam hereges e condenava cismáticos? Qual o rosto de Deus revela uma Igreja que fala de castigo do pecado e inferno? Que imagem a hierarquia religiosa dá de Deus quando nega a possibilidade do pessoal jovem ameaçado pela AIDS de usar preservativos ou impede os bispos da Alemanha a dar uma assistência pastoral a mulheres que abortaram? No prefácio do meu [seu] livro “O Espírito vem pelas Águas”, o bispo Sebastião Soares cita Simone Weil quando ela dizia: “eu reconheço quem é de Deus não quando me fala a respeito de Deus. Eu reconheço quem é de Deus na sua maneira de falar deste mundo” <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[4]</span></span></span></a>. </li>
</ol>
<ol start="11" style="margin-top: 0cm;" type="1">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;">Como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">RESGNIFICAR</b> hoje o Evangelho se ainda trazemos em nossas mãos o cheiro das fogueiras? E Marcelo Barros continua: “Como evangelizar os outros se nós mesmos não formos permanentemente tocados e transformados pelo Evangelho? E será que somos? Será que somos pastores que a si mesmo não se apascentam? Será que somos os fariseus de hoje? Em todos os nossos estudos parece que a espiritualidade segue depois da missão. Será que não seria o inverso, a espiritualidade deve anteceder à missão? </li>
</ol>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">12.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 9px;"> </span>Parece que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">RESIGNIFICAR</b> o Evangelho hoje seria necessário criar novas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ÁNCORAS</b>, ou melhor, resgatar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">VELHAS ÁNCORAS.</b> Assim, uma espiritualidade engajada: começa pelo trabalho da renovação interior que não se dá apenas por esforço pessoal. É ação divina em nós. E só se realiza se houver a abertura do mais profundo do nosso ser à ação divina, o que nos torna pessoas novas, sinais e testemunhos deste mundo novo possível e desejado.<span class="Apple-style-span" style="font-size: 19px;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-size: 14pt;">13.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Só que a espiritualidade de hoje passa por novos campos de sentido:<span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Espiritualidade sincrética</b>: A espiritualidade catolicizou-se, pentecostalizou-se, umbandicizou-se, etc. Trata-se de uma espiritualidade fetichizada pelo milagre, pela magia e pela emocionalidade individual. </li>
</ul>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Espiritualidade estética</b>: A espiritualidade estética é meramente ritualista, legalista e meritória (nós, anglicanos gostamos muito de elaborados ritos e cerimônias). Esse modelo de espiritualidade, se não houver a necessária interiorização, predispõe seus praticantes a expressões estéticas de vitrine que gira em torno de aparências cosméticas e teatrais e que pode mascarar o verdadeiro sentido do culto público da Igreja. </li>
</ul>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Espiritualidade de mercado</b>: O fenômeno religioso que utiliza os instrumentos de mercado. Deus se torna uma mercadoria altamente vendável. É a marketinzação do sagrado. </li>
</ul>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Espiritualidade ratzingeriana</b>: O Cardeal Ratzinger, atual Pontífice Católico Romano, declarou que a Igreja e a espiritualidade devem voltar ao que chamou de “a grande disciplina”, o que pode significar uma volta às fontes mais autênticas do cristianismo, ou um retorno às práticas do Concílio de Trento. Não sabemos! </li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 16pt;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Espiritualidade engajada</b>: Mas como viver a espiritualidade cristã num contexto cultural novo, hipermoderno? O monge Marcelo Barros nos dá uma resposta satisfatória, que já faz parte do Evangelho. Diz ele: “Primeiramente<b>, a pessoa se converte, se apaixona por Deus e escuta o chamado do Cristo e, a partir de então, recebe a missão<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[5]</span></b></span></span></a>”. </b>Trata-se de uma espiritualidade pessoal, relacional, contextualizada, inserida no mundo que se chama hoje e teocêntrica. <span style="font-size: 16pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 14pt;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Mas, como alimentar essa espiritualidade genuina, se <span style="font-size: 14pt;">“Ele tocou a flauta e nós não dançamos (Mt. 11, 16-17)?” E aqui estamos nós! A flauta continua a tocar.... por que continuamos sentados?</span> </div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8pt;">[1]</span></span></span></a> BARROS, Marcelo. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Espírito vem pelas Águas. </b>Ed. Cebi – Rede, 2002. </div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8pt;">[2]</span></span></span></a> <span lang="ES" style="font-size: 10pt;">VIGIL, José Maria. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aunque es de noche. Hipotesis psicoteológicas sobre la hora espiritual de América Latina en los 90, </b>Envio, Manágua: ed. brasileira pela Paulus, 1996. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoBodyTextIndent" style="text-indent: 0cm;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">[3]</span></span></span></span></a><span lang="ES" style="font-size: 10pt;"> J.MARTÍN VELASCO, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Metamorfosis de lo sagrado y futuro Del cristianismo, </b>Sal Terrae, Santander, 1998; ANDRES TORRES QUEIRUGA<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">, Somos los últimos cristianos… premodernos?,</b> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Qüestions de vida cristiana</i> 190 (1998) 22-28.</span> </div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8pt;">[4]</span></span></span></a> - SEBASTIÃO ARMANDO SOARES, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Prefácio do livro “O Espírito vem pelas Águas”, </b>Ed. Cebi – Rede, 2002, p. 8. </div>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Jose%20Luongo/Meus%20documentos/Para%20Blog/POR%20UMA%20ESPIRITUALIDADE%20ENGAJADA.doc#_ftnref5" name="_ftn5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8pt;">[5]</span></span></span></a> BARROS, Marcelo. In Reflexão feita com a CONFERLIDER, encontro dos bispos, padres e missionários da Igreja Episcopal Anglicana em Embu Guaçu, <st1:date day="26" ls="trans" month="7" w:st="on" year="2002">26 de julho de 2002</st1:date>. </div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-75649422648365843602011-02-12T05:11:00.000-08:002012-06-06T14:45:49.327-07:00O Proceso de dominação ético-religioso da América Latina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2tn8QNIOTcE3skkEmx1F_jap9vgfqAq1K6ASIeZKhPmmE0HNL-sNrc41ByKcPaa2Ok8EO56HxZU_q9sEGRJd0Ww-uXPcEIl82VqcD6k5Z7cNeNXst9uUb6JgviqOzSlPkJqhoxZTTBg/s1600/homem.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2tn8QNIOTcE3skkEmx1F_jap9vgfqAq1K6ASIeZKhPmmE0HNL-sNrc41ByKcPaa2Ok8EO56HxZU_q9sEGRJd0Ww-uXPcEIl82VqcD6k5Z7cNeNXst9uUb6JgviqOzSlPkJqhoxZTTBg/s320/homem.jpg" width="211" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">José de Deus Luongo da Silveira </span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto3.htm#_ftn1" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-decoration: none;">[1]</span></sup></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">RESUMO: A imposição dos valores ético-religiosos da metrópole, com o maciço processo de evangelização desenvolvido pelos reinos de Portugal e Espanha, nas terras do Novo Mundo, nos séc. XVI até a primeira metade do séc. XVIII, constitui-se num dos suportes responsáveis pela falta de identidade latino-americana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">UNITERMOS: Imposição de cultura, metrópole, colônia, identidade latino-americana. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 200%;">1. INTRODUÇÃO</span><span style="line-height: 200%;"></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Articular historicamente acontecimentos passados não significa conhecê-los 'como propriamente aconteceram'. Significa apoderar-se de uma memória, como ela relampagueia no momento de um perigo. </span></i></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Walter Benjamin</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 12pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Com a conquista da América Latina pelos portugueses e espanhóis, idealizada como uma terra de densas florestas, de abundância de vida animal e de incontáveis riquezas, começa a se articular o mito do paraíso terrestre</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn2#_ftn2" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[2]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">. Esse primeiro mito fundador é apoteótico, se vincula à fé cristã e ao imperativo de transmiti-la aos habitantes do Novo Mundo. Na perspectiva da tradição judaico-cristã dos conquistadores, a chegada ao novo continente foi providencial, ou seja, deu-se por vontade de Deus e para o triunfo da civilização cristã</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn3#_ftn3" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[3]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">. Na América Latina repetem-se os mesmos traços da origem do fenômeno religioso, encontrados em outras terras. Trata-se do sentido e da dimensão histórica da experiência religiosa calcada num mito de origem, num acontecimento histórico do passado, que pode ser desvelado inteiramente, ou permanecer parcialmente mergulhado na bruma do tempo, como uma experiência comunitária, contudo, tem a força de comunicar um sentido sagrado, salvífico ou soteriológico</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn4#_ftn4" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[4]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Sem o horizonte histórico não se pode interpretar o sentido da experiência religiosa, uma vez que a revelação não acontece numa dimensão atemporal, mas inserida dentro de contextos histórico-relacionais. Assim, a revelação não é particular, mas comunitária e prenhe de historicidade. Num determinado lugar e tempo há a emergência de uma doutrina, com um significado original. Essa experiência do sagrado, quer tenha origem em um líder religioso quer se espalhe no meio do povo, espontaneamente, sem que se possa determinar a sua procedência histórica, transforma-se num mito</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn5#_ftn5" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[5]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">,<b> </b>numa narrativa fantástica e imaginária, carregada de relatos sobre a vida de forma sobrenatural, através da qual se tenta explicar a realidade. É sempre uma interpretação simbólica e ingênua, “um saber não unificado”</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn6#_ftn6" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[6]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, cujo caráter cosmogônico, traduz um fato religioso.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> O mito fundador do paraíso terrestre</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn7#_ftn7" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[7]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, do jardim perfeito, estabelece um vínculo interno com o passado e se renova para exprimir novos campos de sentido. A sua simbolização permanece com a força de origem, que se repete e se atualiza ao longo do tempo, para comprovar a sua pertinência. Isso acontece, porque o homem é um animal de sinais e símbolos, de signos significantes que realizam a mediação entre o mundo “visível e funcional e o invisível e modelar</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn8#_ftn8" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[8]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">”, entre o vivenciado e o imaginário. Os grandes símbolos religiosos são criados ou descobertos</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn9#_ftn9" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[9]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> e permanecem no horizonte da humanidade como estruturas ontológicas subjacentes ou realidades intuídas. Trata-se do sagrado, da linguagem inconsciente do mistério, algo que está mais além (o anda não), se constitui numa ordem simbólica, num campo aberto a vários campos de sentido. Por isso, nunca se esgotam as possibilidades de interpretação dos símbolos religiosos, eles são arquétipos com cunho transpessoal e estão na raiz da nossa experiência existencial. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span lang="EN-US">It is impossible to give an exact definition of the archetype, and the best we can hope to do is to suggest its general implications by "talking around" it. For the achetype represents a profound riddle surpassing our rational comprehension: (...) there is some part of its meaning that always remains unknown and defies formulation. Consequently a certain element of the "as if" must enter into any interpretation</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn10#_ftn10" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[10]</span></a><span lang="EN-US">. </span>(É impossível alcançar uma definição exata de arquétipo; e o melhor que podemos fazer é sugerir as suas implicações gerais, estabelecendo uma abordagem "em torno do tema", porque o arquétipo representa um enigma profundo, que ultrapassa a nossa compreensão racional: (...) uma parte do seu sentido permanecerá sempre intangível e avessa à formulação. Conseqüentemente, um certo elemento de "como se" comporá, necessariamente, qualquer interpretação.<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn11#_ftn11" title=""><span style="color: windowtext;">[11]</span></a>)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A história apresenta a existência do fenômeno religioso como um dos grandes símbolos, algo que se encontra no imaginário comum de todos os povos, de todos os tempos e lugares. A religião, como o significado da vida e do mundo se apresenta à consciência como algo inserido num contexto relacional</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn12#_ftn12" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[12]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, que se articula para a formação de uma dimensão axiológica dentro das relações de tempo e espaço</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn13#_ftn13" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[13]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, portanto, dentro da história. A intercomplementaridade do mundo interior e exterior dá sentido à vida das pessoas e se constituem num corpo de <i>verdades</i> que determina o seu agir e o seu lugar no mundo. O sujeito epistemológico responsável pela formação das estruturas cognitivas realiza a função de re/construção da realidade e marca o nível de interação mental entre o mundo <i>funcional</i> e o mundo <i>modelar</i>. Na verdade, os símbolos religiosos são <i>semióticos</i>, exprimem o mistério, o desconhecido, trata-se de “um corpo distinto de conhecimento [...] uma visão dinâmica da significação enquanto processo</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn14#_ftn14" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[14]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">”. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> O cristianismo trazido para a América Latina, através do catolicismo (como as grandes religiões), não se contenta em recorrer somente à experiência religiosa, há o “kérygma</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn15#_ftn15" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[15]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">” de uma fé encarnada na história dos homens. Existe um momento inicial, focal, de construção da fé numa comunidade específica e que se sedimenta ao longo da história desse povo (exemplo: a catequese dos índios). A partir dessa constatação, o fenômeno religioso deixa de ter uma dimensão geral, indeterminada, ou se afasta do resultado de uma iluminação individual, para expressar algo que nasce numa comunidade, na qual a revelação se fez sentir - a experiência imediata da fé. Esse marco, prenhe de historicidade, traz a fé à esfera de cognição, contudo, o seu princípio arquitetônico transcende as dimensões do tempo e do espaço, porque expressa uma realidade sobrenatural. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Desse modo, os símbolos, de modo especial os símbolos religiosos, constituem-se na primeira e original leitura do mundo. E quando o homem se satura da fragilidade das sínteses científicas, que não respondem o sentido da vida, volta a abrigar-se na fé. A fé renasce e avança no mundo contemporâneo, apesar das suas ambigüidades. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> O sentido e a dimensão histórica da experiência religiosa consiste, especificamente, numa possível compatibilidade, ou uma aliança entre a imanência histórica e a idéia de transcendência. Contudo, essa síntese satisfatória, a conciliação entre o profano e o sagrado, entre o temporal e o atemporal, torna-se difícil hoje, como foi para os conquistadores há 500 anos. Corre-se duplo risco, de um lado, a interpretação restritiva da fé, com a imposição de uma estrutura ético-religiosa, que se transforma em verdades absolutas, como fizeram os portugueses e espanhóis; de outro lado, a ausência do sagrado conduz à pura facticidade do imanentismo secularista, responsável pelo caráter dramático da desesperança nesse início do terceiro milênio.</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">2. ORIGEM DA IDENTIDADE COLONIAL LATINO-AMERICANA: IMPOSIÇÃO DE CULTURA ÉTICO-RELIGIOSA</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A) Antecedentes histórico-institucionais da América latina: Existem vários estudos para resgatar o sentido do projeto colonizador</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn16#_ftn16" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[16]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, que esteve sempre vinculado às estruturas histórico-institucionais das duas metrópoles: Portugal e Espanha. Contudo, se o projeto colonizador pretendia manter nas colônias da América Latina os suportes sócio-jurídico-culturais da metrópole, também, havia a necessidade da criação de uma estrutura própria, em razão da diversidade de situação, o que impunha um maior controle do poder central sobre as colônias, em razão do interesse político-econômico espoliativo, já que a principal função da colonização era aumentar os domínios da coroa e prover a metrópole das riquezas existentes nas novas terras conquistadas. Para a inserção e conservação do domínio colonial na América Latina, além da estrutura político-jurídica, a metrópole contou com um suporte indispensável, algo intangível e que está na raiz da experiência existencial do homem: o fenômeno religioso. A expansão da cultura ético-religiosa européia provocada pelo ardor missionário, principalmente, dos jesuítas e dos franciscanos, se constituía numa ferramenta vantajosa aos interesses da metrópole. Mesmo porque, o entrelaçamento das relações entre o catolicismo e a coroa portuguesa e espanhola conferia às instituições estatais um caráter de solidez e legitimidade. A unidade da igreja significava uma bússola segura para a unidade dos reinos e do padrão cultural de colonização. Dentro desta perspectiva (do séc. XVI até a primeira metade do séc. XVIII), a dilatação das fronteiras do catolicismo, com a sua implantação nas Índias Ocidentais, oferecia a certeza da reprodução de um comportamento útil à metrópole, uma vez que os missionários permaneciam diretamente vinculados à coroa, pelo sistema do padroado.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Segundo este sistema, nenhum clérigo podia partir para as missões sem autorização explícita do rei. Os que recebiam a permissão para partir eram obrigados a jurar fidelidade ao soberano, durante a audiência que este lhes concedia. Os futuros missionários eram obrigados a reunir-se em Lisboa antes de partir, e para sua viagem deveriam utilizar exclusivamente navios portugueses. Os missionários estrangeiros estavam submetidos às mesmas formalidades; mas a permissão de viagem lhes era concedida com maior parcimônia</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn17#_ftn17" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[17]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">B) Imposição de cultura ético-religiosa: A identidade religiosa lusitana e espanhola de além-mar servia aos interesses das coroas, a ponto de não existir uma fronteira muito clara entre o poder temporal e o poder espiritual, que em alguns momentos se confundiam. Izabel, a Rainha Católica de Castela, tinha obtido do papa a atribuição, o “munus” de nomear bispos (investidura), criar mosteiros e conventos de ordens religiosas e implantar a inquisição em seus domínios, tudo para prover as necessidades de expansão do catolicismo nas terras de Castela, de aquém e além-mar. Por sua vez, com menor intensidade, esse mesmo processo se desenvolveu, também, no Reino de Portugal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Como o projeto colonizador, além das instituições político-jurídicas, se sustentava através do suporte ético-religioso, foram enviadas às novas terras verdadeiras legiões de missionários jesuítas e franciscanos, que além de atenderem às necessidades espirituais dos colonizadores, se embrenhavam nas florestas para trazerem os pagãos</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn18#_ftn18" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[18]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> “à verdadeira fé”. Essa idéia de uma única religião e de uma única igreja verdadeira acompanhou o catolicismo até os tempos contemporâneos</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn19#_ftn19" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[19]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> e, na Idade Média, já havia obrigado, compulsoriamente, os judeus que habitavam os reinos de Espanha e Portugal, a se converterem ao catolicismo (cristãos novos). Corroborando a doutrina de uma única igreja verdadeira, o Papa Bonifácio VIII, já no ano de 1200, proclamou que fora da igreja não havia salvação, através da regra “extra ecclesian nulla salus”, com o que se ascende o poder espiritual sobre o poder temporal.<b> </b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Esse processo de evangelização forçada dos índios americanos, e mais tarde dos escravos negros, foi uma das maiores espoliações culturais que se tem notícia na história da humanidade. A perda da identidade religiosa significa a privação dos valores que se sedimentaram ao longo de tempo e que expressa a maneira de um povo pensar, sentir e agir. O próprio Padre José da Nóbrega já reconhecia que os índios eram depositários de uma sagrada tradição religiosa: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">De tantos em tantos anos chegam uns feiticeiros de longas terras, fingindo trazer santidade; ao tempo de sua chegada, mandam limpar os caminhos, e os vão receber com danças e festas segundo o seu costume; e antes que cheguem ao lugar, vão as mulheres duas a duas pelas casas, dizendo publicamente as faltas que fizeram a seus maridos, e umas às outras, pedindo perdão delas. Ao chegar o feiticeiro com muita festa ao lugar, entra numa casa escura, e coloca aí uma cabaça em figura humana, por ele trazida… de maneia que crêem existir dentro da cabeça alguma coisa santa e divina. Estes são os maiores inimigos que aqui temos, e crer algumas vezes aos doentes que nós lhes colocamos no corpo facas, tesouras e coisas semelhantes e que com isso os matamos. Em suas guerras aconselham-se com eles…<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn21#_ftn21" title=""><span style="color: windowtext;">[21]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">3. O OLHAR CRÍTICO DE BARTOLOMEU LAS CASAS – O HERÓI DOS INDÍGENAS</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Em toda essa história de dominação e opressão, houve um homem que depois de conhecer de perto o sofrimento e o extermínio dos habitantes do Novo Mundo, tendo inclusive sido cúmplice dos espanhóis no Caribe, decide lutar contra a escravidão dos índios, esse homem foi Frei Bartomoleu Las Casas - o herói dos indígenas da América. Causa-nos surpresa que, naquela época, tão poucos levantaram a sua voz contra a opressão e o genocídio (...). Os que detinham algum poder não o faziam, porque viviam das benesses da coroa e os que não se abrigavam à sombra do poder, esses, também eram excluídos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Quando os espanhóis chegaram na América, no Caribe, os índios os receberam com presentes, com a inocência de amigos, mas os espanhóis se apresentaram implacáveis, caçavam, aprisionavam e queimavam nas fogueiras as lideranças e os nobres. Os maiores massacres foram perpetrados no México e no Peru. </span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Os espanhóis usavam o nome da igreja para despojar os índios de suas terras. Era lido um documento em latim justificando a necessidade de passar as terras aos novos donos, explicando que os verdadeiros donos de todas as terras era a Igreja Católica. Caso houvesse resistência eram massacrados. Montezuma e sua corte foram jogados do alto da Pirâmide Sagrada e, por ironia, no mesmo lugar mais tarde, foi construída a catedral católica da cidade do México. </span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Bartolomeu las Casas não podia se calar, havia participado, em 1512, da conquista de Cuba e presenciara o comandante da expedição degolar sete mil índios. Diz Bartolomeu Las Casas:</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Os espanhóis, com seus cavalos, espadas e laças começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e faziam em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas obre quem, de um só golpe de espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem mais habilmente e mas destramente e um só golpe lhe cortaria a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Bartolomeu Las Casas propõe o fim do trabalho escravo dos índios, fazendo-os viver em comunidades. Contudo não logrou êxito, porque os próprios índios não souberam interpretar a sua intenção e as comunidades espanholas da América o hostilizavam. Contudo, a sua luta foi sem tréguas até a sua morte, aos 92 anos de idade, no ano de 1566.</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Já o processo de colonização portuguesa não se apresentou de forma tão violenta como os massacres ocorridos nas terras espanholas do Novo Mundo. No Brasil, a catequese dos índios ficou por conta dos jesuítas, que se apresentam mais hábeis em conciliar os interesses políticos da coroa com a conversão dos pagãos, mantendo-os pacíficos nas aldeias, sob maciço processo de catequização. É óbvio, que esse processo forçado de evangelização, muito mais em terras espanholas, desenvolvido pelos franciscanos e dominicanos, causou seqüelas permanentes, ainda hoje, o negro e o índio são excluídos da sociedade, se mostram arredios e desconfiados, possuem uma religiosidade católica superficial e nunca abandonaram os seus antigos ritos e costumes religiosos, esses, subjazem mesclados com o culto católico. Isso prova, inarredavelmente, que não é com as armas que se mata uma idéia. Não é exterminando, massacrando comunidades interiras que se impõe a lei do colonizador. Uma idéia só se mata com outra idéia. Conduto, a cultura e a religião do conquistador não foram suficientemente fortes, capazes de suplantar os costumes e tradições tribais. Após séculos de dominação, elas renasceram e se perpetuaram. Na verdade nunca morreram, permaneceram ocultas até o momento de se tornarem visíveis.</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 200%;">4. CONCLUSÃO</span><span style="line-height: 200%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Nenhuma forma de aculturação é mais violenta que o processo de catequização forçada. O processo ético-religioso lida com as categorias do inconsciente, com um enigma profundo que ultrapassa a nossa compreensão racional e estabelece uma nova estrutura conceitual da realidade, um novo filtro pelo qual vemos o mundo. Se bem sucedida a aculturação forçada, gera autômatos, sem memória cultural, sem consciência crítica e sem vontade própria; se mal conduzida propicia a revolta e a conduta antissocial.</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Depois desse maciço processo de evangelização e dominação colonial, a pergunta que ainda hoje aflora à nossa consciência é, quem somos nós, latino-americanos? O próprio Bolívar não possuía uma idéia clara dessa identidade latino-americana, ou melhor, essa identidade apresentava-se num contexto de intermediação entre outras culturas e, por isso, tinha uma compreensão demasiadamente imprecisa.</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não somos europeus, não somos índios, mas sim uma espécie intermédia entre os aborígenes e os espanhóis. Americanos por nascimento e europeus por direito, nos encontramos em meio ao conflito de disputar os títulos de propriedade aos nativos e manter-nos no país que nos viu nascer, contra a oposição dos invasores. De maneira que o nosso caso é extremamente extraordinário e complicado.(...) Estamos colocados num grau inferior ao da servidão". "Mantenhamos presente que o nosso povo não é nem europeu, nem americano do norte, é antes uma composição de África e América do que uma emanação da Europa... é impossível determinar com propriedade a que família humana pertencemos</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn22#_ftn22" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[22]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A Identidade Latino-Americana se apresenta como “a dialética entre o não-ser e o ser-outro”. São vários séculos de dominação etnocêntrica. Herdamos dos conquistadores a língua, os costumes, as instituições e a religião. Os navegantes-descobridores-conquistadores trouxeram para o novo continente a cruz e a espada, a cruz justificava a espada e a espada protegia a cruz. Essa aliança entre a cruz e a espada foi responsável pela exploração, dominação e alienação. De modo diferente da América do Norte</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn23#_ftn23" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[23]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, povoada por puritanos e outros grupos étnico-religiosos, que não encontravam na metrópole as condições para a livre manifestação de suas crenças; na América Latina, o colonizador imprimiu o seu padrão religioso. A cultura ético-religiosa européia, o catolicismo da Península Ibérica trazido para o novo continente, encontrava-se prenhe da racionalidade judaico-cristão, tanto na doutrina quanto nos ritos e cerimônias, enquanto a religiosidade indígena e africana mostrava-se mesclada de misticismo e concepções naturalistas. As práticas religiosas dos índios e dos escravos negros eram consideradas pelo conquistador como demoníacas. Os índios e os negros eram considerados pela igreja como canibais, polígamos e idólatras. E, apesar de toda a vigilância, perseguições e conversões forçadas, apesar do embate com o catolicismo, as tradições religiosas dos indígenas e africanos permaneceram, não na sua pureza original, mas no caldo do sincretismo religioso. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Historicamente, não há como justificar o descaso e a conivência da igreja com a dominação e a escravidão dos índios e negros. Hoje, a Igreja fala em “metanóia</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn24#_ftn24" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[24]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">”, como o único caminho possível de reconciliação. Por ocasião dos 500 de evangelização, o Episcopado Latino-Americano, reunido em Santo Domingos, em 19 de outubro de 1992, procurou resgatar esse passado de genocídio e escravidão cultural, com as chamadas “Diretrizes de Santo Domingos:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">- pedimos perdão aos povos indígenas e aos negros americanos pelas vezes que não soubemos reconhecer a presença de Deus em suas culturas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">- pedimos perdão pelas vezes que confundimos evangelização com imposição da cultura ocidental;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">- pedimos perdão pela tolerância ou participação na destruição das culturas indígenas e africanas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">- pedimos perdão aos negros americanos pelas vezes que nos servimos do Evangelho para justificar sua escravidão;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">- pedimos perdão pelas vezes que nos beneficiamos desta escravidão nos conventos, paróquias ou cúrias</span><span style="line-height: 150%;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn25#_ftn25" title=""><span style="color: windowtext;">[25]</span></a></span><span style="line-height: 150%;">”.</span><span style="line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Os reflexos dessa evangelização forçada ainda permanecem na América Latina. Desse contexto, emerge a idéia de que não temos uma identidade cultural, somos o resultado de vários povos e diferentes culturas. Adotamos, aferro e fogo, os valores culturais e religiosos dos conquistadores. E cinco séculos não foram suficientes para exorcizar o colonialismo, vivemos na América Latina a oposição entre dois abismos:<i> o não ser e o ser outro.</i> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não somos europeus nem americanos do norte, mas destituídos de cultura original, nada nos é estrangeiro, pois tudo o é. A penosa construção de nós mesmos se desenvolve na dialética entre o não ser e o ser outro</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn26#_ftn26" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[26]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Parece que só teremos identidade, quando rompermos com todos os processo de dependência e subordinação à Europa, e agora, aos novos conquistadores, o poderio econômico e tecnológico Norte Americano. É a América subjugando a América. Só que desta vez, dificilmente aparecem exércitos armados (só na América Central). A dominação é sutil e engenhosa, concentra-se na exploração do capital especulativo internacional, que traz fome, miséria e exclusão social e faz um continente rico de um povo pobre.</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;"> Pode ser que já tenha chegado o momento de sacudirmos a poeira do tempo e gritarmos como Leopoldo Zea, em “Latino-americano na encrucijada de la história”:</span><span style="line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">não há índios, nem crioulos nem mestiços, somente homens. Homens que devem tomar consciência de sua humanidade para fazê-la valer e exigir que lhes seja reconhecida. O índio deve tomar a consciência de seu ser homem e atuar como tal nesta América<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn30#_ftn30" title=""><span style="color: windowtext;">[30]</span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Por enquanto, a única identidade que nos unifica na América Latina é a ‘identidade oprimida’, com um forte grau de servidão aos novos colonizadores, que impõem o discurso da globalização. Somos um continente crioulo</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn27#_ftn27" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[27]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> ou mestiço, onde a idéia do indigenismo</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn28#_ftn28" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[28]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> e da negritude</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftn29#_ftn29" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[29]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> faz com que sejamos tratados como inferiores. Somos de uma composição cultural heterogênea e continuamos a sonhar não só com o modelo europeu, mas ao longo desse tempo de maturação, também, adotamos a cultura norte americana. É possível também que ainda não tenhamos abandonado o mito fundador, de uma América como o paraíso terrestre, um jardim perfeito, primavera eterna do mundo, que até então, não revelou em sua beleza inigualável. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 200%;">5. BIBLIOGRAFIA CONSULATADA</span></b><span style="line-height: 200%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">BENJAMIN, Walter. <b>Teses sobre Filosofia da História</b>, nº 9. Hipertexto: Convergência5000BOLÍVAR, Simón. Discurso de Angostura, de 15/02/1819. In: ASSMANN, Hugo (Org.). <b>Filosofia da Libertação</b>, Mimeo, UNIMEP, Piracicaba, jun/1982.BONOMI, Andréa. <b>Fenomenologia e Estruturalismo</b>. São Paulo: Perspectiva, 1974.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">DEELY, John. <b>Semiótica Básica</b>. São Paulo: Ática, 1990.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">CHAUÍ, Marilena. O que comemorar? Conferência realizada em 05/10/1999, na PUCSP, Rev. <b>Sentidos da Comemoração, Projeto História 20</b>, EDUC, 2000.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">CUNHA, M. <b>Antropologia do Brasil mito história etnicidade</b>, São Paulo, Brasiliense, 1986.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">GARUTTI, Selso. <b>Os Jesuítas e a expansão fronteiriça</b>. Revista GeoNotas, vol. 5, nº 2. abr/mai/jun 2001, Departamento de Geografia, Universidade Estadual de Maringá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">GOMES, Paulo Emílio Salles, Poemas, n/e.1973.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">GONZALES, Justo L, <b>E até os Confins da Terra: Uma história ilustrada do Cristianismo; a era dos conquistadores</b>. São Paulo, Vida Nova, 1983</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">HIPERTEXTO: POSIÇÃO DA IGREJA CATÓLICA. Disponível em: (www.fauna.hpg.ig.com. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">br/historia/escravidao.htm). Acesso em 30 jun de 2003.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span lang="EN-US">JUNG, G. <b>Complex/Archetype/Symbol in the Psychology of C. G. Jung</b>. </span>London: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Routledge & Kegan Paul, 1959.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">LAS CASAS, Bartolomeu, <b>Brevíssima Relação da Destruição das Índias</b>. <b>O Paraíso Destruído</b>. Porto. Alegre, LMP, 1984.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">KERN, A. <b>Missões uma utopia política</b>. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1982. <br />
MAGALHÃES, Rui. <b>Textos de Hermenêutica</b>, Porto, Ed. Res-Editora Ltda., s/d.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">MELIA, B. <b>El Guarani Conquistado y Reducido: Ensayos de etnohistoria</b>, 3.ed. Asunción: CEADUC, 1993.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">OLIVEIRA, R. <b>Identidade, Etnia, Estrutura Social</b>, São Paulo, Pioneiro, 1976. <br />
SIDEKUN, A. <b>O imaginário religioso indígena</b>, São Leopoldo, Unisinos, 1997. <br />
SILVEIRA, José de Deus Luongo da. <b>Noções Preliminares de Filosofia do Direito</b>. Porto Alegre: Fabris, 1998.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">VERISSIMO, Luiz José. (Tradução: </span><a href="http://www.rubedo.psc/Artigo/#FOOTINOTE"><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">www.rubedo.psc/Artigo/#FOOTINOTE</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> 21).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">VILELA, Magno José. <b>Roma e as Práticas Missionárias no Novo Mundo</b>. In REB. 36, 1976.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">ZEA, Leopoldo. Latino-americana na encrucijada de la história. In: ASSMANN, Hugo (Org.). <b>Filosofia da Libertação</b>, Mimeo, UNIMEP, Piracicaba, jun/1982.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref1#_ftnref1" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[1]</span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> BENJAMIN, p.1.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref2#_ftnref2" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[2]</span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> CHAUÍ, p. 35-57.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref3#_ftnref3" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[3]</span></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Id.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref4#_ftnref4" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[4]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Parte da teologia que trata da salvação do homem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref5#_ftnref5" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[5]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mito: ‘Mythos’ vem do grego, passando por ‘mythu’ do latim e significa ‘palavra’. Narrativa simbólica, ligada à cosmogonia, referente a deuses, forças da natureza e/ou aspectos da vida. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref6#_ftnref6" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[6]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">MAGALHÃES, p. 7.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref7#_ftnref7" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[7]</span></a><span lang="FR" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> CHAUÍ, p. 50.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref8#_ftnref8" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[8]</span></a><span lang="FR" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> MAGALHÃES, p. 7.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref9#_ftnref9" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[9]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Doutrina da Reminiscência, ‘anamnesis’, despertar. Vide Platão, Fedro, 73 a,b.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref10#_ftnref10" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[10]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> JUNG, p. 31</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref11#_ftnref11" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[11]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> VERISSIMO, p. 1.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref12#_ftnref12" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[12]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> MERLEAU-PONTY, apud BONOMI, 1974, p. 9.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref13#_ftnref13" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[13]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> SILVEIRA, p. 20.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref14#_ftnref14" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[14]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> DEELY, p. 42.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref15#_ftnref15" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[15]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Kérigma: de Keryx, palavra grega que significa mensageiro, arauto que proclama a Boa Nova, pregação original cristã. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref16#_ftnref16" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[16]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> CHAUÍ, p. 49.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref17#_ftnref17" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[17]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> VILELA, p. 412.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref18#_ftnref18" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[18]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> PAGUS, originariamente significava ‘campos’, os que habitam os pagus, para onde migravam os adeptos de outras religiões que não queriam aderir ao cristianismo, os quais eram considerados bárbaros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref19#_ftnref19" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[19]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Só na “Lumen Gentium, parágrafo 10,12,31 e 35”, documento do Concílio Vaticano II, na década de 60, a Igreja Católica passou a chamar os outros credos cristãos de ‘irmãos separados’ e a admitir que o Espírito Santo de Deus sopra também sobre as outras religiões. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref21#_ftnref21" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[21]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> PADRE JOSÉ DA NOBREGA, apud GARUTTI, p. 2.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref22#_ftnref22" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[22]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> ASSMANN, p. 13.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref23#_ftnref23" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[23]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> As Colônias do Norte (Massachussets) tiveram origem, em 1620, com a perseguição religiosa desencadeada na Inglaterra. Na América exerceram livremente seus credos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref24#_ftnref24" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[24]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> ‘Metanóia’, palavra grega que significa reconciliação, arrependimento, mudança de paradigma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref25#_ftnref25" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[25]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Diretrizes de Santo Domingos, do Episcopado Latino-Americano, reunido na cidade de Santo Domingos, em 19 de outubro de 1992.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref26#_ftnref26" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[26]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> GOMES, p. 1.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref27#_ftnref27" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[27]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Criollo em espanhol e crioulo em português, significa nascido na América, sendo filho de pais europeus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref28#_ftnref28" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[28]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> O indigenismo ainda é considerado como uma forma de mestiçagem, de mescla cultural, de marginalização.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref29#_ftnref29" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[29]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A negritude se transformou num movimento cultural de resgate da cidadania do negro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/dominacaoeticoreligiosa.htm#_ftnref30#_ftnref30" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">[30]</span></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> ZEA, p. 68.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto3.htm#_ftnref1" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-decoration: none;">[1]</span></sup></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Professor de Ética da UNIFRA, Santa Maria, RS.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span></div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-70101201293081509952011-02-12T05:06:00.000-08:002012-06-06T14:46:08.106-07:00OS CAMINHOS DA GLOBALIZAÇÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="color: blue; font-family: 'Times New Roman', serif;"></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlp5BewYX2bewCmEX89nFYa_7err_RjR8Huxmv_VcmXwxuAbsYq_kqpYSZDP8ZRv63j036uhk7RMAvRwYbCcC0N01j7s000u9WWEMK-1u1sUETBB3s3W5yzPDU4RxEtBgt4TWLa-8mwQ/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlp5BewYX2bewCmEX89nFYa_7err_RjR8Huxmv_VcmXwxuAbsYq_kqpYSZDP8ZRv63j036uhk7RMAvRwYbCcC0N01j7s000u9WWEMK-1u1sUETBB3s3W5yzPDU4RxEtBgt4TWLa-8mwQ/s320/images+(1).jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: black;">(Extraído do livro: SILVEIRA, José de Deus <span class="SpellE">Luongo</span> da. <b>As várias faces do direito:uma crítica ao discurso jurídico tradicional</b>. Londrina: UEL, 2001, p. 91/113).</span><br />
<br />
<span style="color: black;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">1.<b> </b><i>Os reflexos da nova ordem no campo social</i></span><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> No começo de um novo milênio, acentuam-se as crises que assolam a sociedade como um todo, constata-se a perda de sentido, de horizonte, da civilização ocidental, marcada pelo grande desenvolvimento técnico-científico e, paradoxalmente, pelo sentimento de isolamento, ansiedade e incertezas do homem pós-moderno. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A filosofia e a ciência não libertaram o homem de seus velhos fantasmas, pelo contrário, o homem nunca se encontrou tão solitário e angustiado. A ciência quer desvelar o mundo, não há limites para essa escalada, tudo se faz num processo de urgência, como se depois dessa intrépida nova era nada mais restasse, senão o começo da escatologia. A ânsia de reproduzir comportamentos inteligentes no computador, a inteligência artificial, substituindo o homem nas mais diferentes cadeias do processo de produção e as especificidades das conquistas científicas, à primeira vista, parecem mostrar que essa reconstrução dos saberes não se destina à libertação do homem. Antes de mais nada, é um modelo de regras rígidas e frias que apontam sempre para o novo, numa vertiginosidade assombrosa, estabelecendo um confronto entre o imaginário e o real, entre o desenvolvimento técnico-científico e a vida. Essa dualidade se expande, à medida que o homem comum, o homem médio, encontra-se num nível muito elementar para absorver essa abordagem cifrada da ciência. Mesmo não entendendo a mensagem convencional das ciências, com implicações no campo social, não participando do processo que desencadeia as transformações, o<i> homem do povo</i> torna-se sujeito passivo de um universo de signos: globalização, desterritorialização, transculturação etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A classe dominante impõe o discurso, alardeia as vantagens da pós-modernidade nos diferentes campos dos saberes e as conseqüentes transformações que essa vanguarda modernista desencadeia nos campos social, político, econômico, cultural etc. Essa <i>multiplicidade sígnica</i> cria um <i>simulacro</i> da sociedade perfeita, onde a máquina realiza tudo, ou quase tudo, diminuindo os erros de produção e mantendo o controle absoluto de todas as fases do processo. Essa parafernália aumenta o sistema de controle, de dominação das elites sobre o <i>homem do povo</i>, uma vez que os grupos organizados - o político, o econômico e a mídia - são os agentes transformadores, com acesso privilegiado ao novo discurso. A vanguarda desenvolvimentista cria novos <i>modelos mentais</i><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn1" title=""><i><span style="color: blue;">[1]</span></i></a><i> </i>através da mídia. O <i>homem do povo</i> sabe apenas dizer/falar o nome das novas descobertas, porque a mídia se encarregou de propalá-las, mas desconhece o esquema comunicativo do discurso. A incorporação do discurso implica o acesso ao centro das decisões da nova ordem, nas diferentes modalidades de participação, o que não interessa aos grupos dominantes. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O novo discurso é poder e poder não se partilha. Concentram-se riquezas, <i>status</i> e poder em centros de controle, como estratégia de ação. O <i>homem do povo</i> só sofre os reflexos da <i>nova ordem global</i>, ele consome o pacote pronto, tanto as novas tecnologias, como as influências das novas categorias epistemológicas. Essa incorporação é de superfície, mas suficiente para absorver, por acumulação imitativa, até mesmo o novo estilo de linguagem, o “[...] estilo parolíbero (derivado de nossas palavras em liberdade) que já circula nos romances de vanguarda e nos jornais; um estilo tipicamente veloz, audacioso, simultaneísta e sintético<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn2" title=""><span style="color: blue;">[2]</span></a>”.<i> </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Nesse contexto de multimídia, de globalização e transculturação, o <i>homem do povo</i> se torna um mero espectador que não entende o enredo, mas assiste ao espetáculo. Uma parte considerável do povo, no Brasil e nos países marcados pelo estigma da pobreza, são os excluídos. O excluído, não se trata de uma terceira pessoa, quase uma espécie de pessoa virtual, quando ele mora na esquina da nossa casa ou está caminhando em nossa calçada. Legiões de miseráveis povoam as favelas dos grandes centros, crianças<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn3" title=""><span style="color: blue;">[3]</span></a> famintas e maltrapilhas perambulam pelas ruas e praças, num espetáculo de horror. O desemprego em escala, filho bastardo da nova ordem, se alastra como uma praga incontrolável. Como conseqüência, a violência toma conta das cidades, do campo e, nos grandes centros urbanos, a vida humana tem um valor meramente simbólico e<u>,</u> ao final de cada semana, os IMLs se enchem de cadáveres, como resultado da falência do Estado na área da segurança pública. Enquanto isso, o poder público alardeia a criação de programas para a erradicação da miséria absoluta que nunca chegam. O que chega e, com freqüência, é o poder de polícia do Estado, reprimindo a violência com mais violência. Já os <i>esquadrões da morte</i>, muitos deles formados pela própria polícia, resolvem, de modo simplista, o problema da miséria e da violência com o extermínio sistemático de <i>meninos de rua</i>, pobres, negros e desempregados. Enquanto se desencadeiam esses espetáculos de horror, noticiados quase que diariamente pelos veículos de comunicação social, o Presidente da República viaja para o exterior e fala de um país imaginário que nunca existiu. Esse discurso faz parte da acomodação deliberada das elites - são olhos que não vêem e ouvidos que não ouvem. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></b><span style="color: blue; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.<b> </b><i>Os reflexos da nova ordem no campo jurídico</i></span><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Num modelo de interdependência econômica e normativa, o Estado tem menos oportunidade de gerenciamento da sua economia, face ao crescente intervencionismo supraestatal em setores, até então, reservados aos cidadãos. Emerge, inevitavelmente, desse processo a necessidade de <i>desconstitucionalização</i> e <i>desregulamentação</i><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn4" title=""><span style="color: blue;">[4]</span></a><i> </i> dos direitos coletivos, sob a <i>razão jurídica</i> de que a sobrevivência do Estado pós-moderno está condicionada a uma flexibilização dos padrões legais determinados pelos imperativos de ordem econômica. E, mais, que a tutela governamental dos direitos comunitários integrará, na universalidade, o que é particular e individual. Essa procedimentalização, <i>“prima facie”</i>, se constitui num novo éden, onde a circulação de riquezas, de progresso material desenvolve novas tecnologias e novos benefícios, constituindo-se numa era de fartura inigualável, não fosse o <i>“apartheid social”</i>, as terríveis desigualdades sociais e econômicas e o estado de pobreza absoluta em que está mergulhada grande parte da humanidade<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn5" title=""><span style="color: blue;">[5]</span></a>. Os maiores problemas, os maiores vilões a serem enfrentados pela mundialização da economia são o desemprego e a pobreza generalizada nos países emergentes, fatores esses associados entre si.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A argumentação de que a integração econômico-normativa se converterá em vantagem para os excluídos, à medida em que houver fundos suficientes para a erradicação da pobreza absoluta, não convence. A experiência caminha em sentido contrário à argumentação. A exploração dos povos pobres pelas nações ricas deste planeta tem acarretado condições de miséria generalizada e, mesmo quando concedem financiamentos externos, estes são pagos com o sacrifício do povo e com a perda da autogestão de suas economias. De outro lado, pode-se argumentar que nenhum país tem o direito de abdicar de uma ampla inserção à economia globalizada de mercado sob a alegação de que existem excluídos do processo de circulação de riquezas. O entendimento parece ser bem outro; trata-se, acima de tudo, do aproveitamento de oportunidades, mesmo que não haja solução para situações específicas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A modernidade, de modo acrítico, parte do pressuposto de que a globalização é inevitável e as forças que se levantam contra a nova ordem econômica e normativa estão fadadas ao fracasso. Se em tempo de globalização já não é possível ter um discurso diferente, se não há como freiar a marcha dos acontecimentos e reverter o processo, se tal não é possível, torna-se absolutamente necessária a luta, para que esse sistema de globalização avassaladora não desfigure ainda mais a face da miséria e da exclusão nos países em via de desenvolvimento. São índices internacionais, para medir o grau de desenvolvimento social dos países, os indicadores educacionais, saúde e renda <i>per capita</i>. Nesses dados estatísticos, o Brasil ocupa um lugar subalterno, o que leva a crer que demandará um tempo considerável para uma eqüitativa distribuição de renda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Não é demais repetir os reflexos dessa <i>nova ordem global</i> no campo jurídico que já começam a serem sentidos no Brasil e em outros países periféricos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.1 Regressão dos direito humanos: A implementação dos direitos humanos só é possível se o Estado, através dos órgãos administrativos e do próprio poder judiciário, assegurar/garantir esses direitos. Sem essa instrumentalização do Estado, os direitos humanos são letra morta, porque as garantias são oferecidas contra a ação arbitrária do próprio Estado. Com o processo de <i>desconstitucionalização</i>, <i>desregulamentação </i>e o conseqüente enfraquecimento do poder do Estado, em razão da nova ordem, haverá uma regressão na tutela dos direitos humanos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.2 A espúria processualização da esfera administrativa: Mesmo com o enfraquecimento do poder normativo do Estado, o seu espaço de interesse passa a ser regulado e ampliado de modo discriminatório. Para acelerar os procedimentos administrativos, progressivamente, o poder executivo invade a área de competência do judiciário. A sobrenorma determina que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos inerentes<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn6" title=""><span style="color: blue;">[6]</span></a>”. Na execução extrajudicial, arreda-se o princípio da ampla defesa, o poder executivo investe-se da auto-executoridade de seus próprios atos. Não se instaura o contraditório, não há comunicação dos fatos, não se viabiliza os meios de provas, de recursos e de demais procedimentos regulares. Não há também uma posição igualitária das partes integrantes da relação processual, mesmo porque o órgão diretamente interessado no deslinde do litígio é o próprio julgador. Mais, o texto constitucional determina que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn7" title=""><span style="color: blue;">[7]</span></a>”. E, ainda, “a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn8" title=""><span style="color: blue;">[8]</span></a>”. Esse é o exemplo claro do arbítrio, da prepotência de um diploma legal em desarmonia com a norma constitucional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.3 Descrédito e enfraquecimento do poder judiciário: Nos últimos tempos, novos ventos trazem vozes de ataques diretos ao poder judiciário, provindas inclusive de outros poderes. É verdade que tem que haver transparência no poder público e que ninguém está acima do bem e do mal, entretanto, tudo isso faz parte de uma polarização maior de desprestígio da justiça que se expressa na crítica contumaz e sistemática, com manipulações ideológicas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> 2.4 <i>Desregulamentação </i>do direito do trabalho: Com o aumento do nível de desemprego, ocasionado pela globalização da economia, as relações laborais tendem a ficar mais tênues. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Com a informatização das linhas de produção, o avanço da terceirização e os novos modos de inserção no mundo do trabalho, a mão-de-obra se desloca para o setor de serviços e a idéia de emprego industrial subjacente à legislação trabalhista entra em crise<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn9" title=""><span style="color: blue;">[9]</span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<i><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></i><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Esse processo de despadronização do direito do trabalho<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn10" title=""><span style="color: blue;">[10]</span></a> já começou no Brasil, com o afrouxamento da fiscalização estatal - segundo Paulo Pereira, presidente da Força Sindical, 70% dos trabalhadores não recebem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn11" title=""><span style="color: blue;">[11]</span></a>, e o problema é que os trabalhadores só descobrem essa realidade, na hora de fazer o saque bancário, com novas formas de contratos de trabalho, com a extinção da representação classista na justiça do trabalho e, possivelmente, num futuro próximo, com a extinção do Tribunal Superior do Trabalho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.5 Ampliação da esfera de atuação do direito penal: Não é difícil perceber que, com o processo de desemprego em grande escala, essa massa trabalhadora em parte vai alimentar o subemprego e a economia informal, e a grande maioria, sem meios de sobreviverem com dignidade e aviltada pela pobreza, se entregará aos crimes contra a vida, contra o patrimônio, ao tráfico de drogas etc. Formando, na periferia dos grandes centros urbanos, um espaço próprio, onde se desconhece a esfera legal do Estado, a lei e a ordem são impostas por grupos organizados, com “sistemas normativos independentes e colidentes entre si<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn12" title=""><span style="color: blue;">[12]</span></a>”, o que já ocorre, principalmente, nas favelas da cidade do Rio de Janeiro. Essa situação de marginalidade social obrigará o Estado a dilatar a esfera de abrangência do direito penal com o advento de novos tipos legais, penas mais gravosas e reaparelhamentos dos órgãos policiais, para enfrentar essa situação de desafio e rebelião dos excluídos. Neste contexto, emerge outro problema, o da criminalidade multinacional. Arnaud alerta que “A <b>criminalidade transnacional</b> organiza os ‘espaços ilegais’ e os ‘trânsitos ilegítimos’ em redes locais, regionais e globais<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn13" title=""><span style="color: blue;">[13]</span></a>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.6 A criação de órgãos normativos supranacionais: As estruturas políticas estão atreladas ao poder econômico através do processo de transnacionalização da economia e<u>,</u> subseqüentemente, essa mudança será acompanhada pela expansão de normas internacionais reguladoras dos capitais financeiros, das atividades econômicas, estendendo-se a outras áreas de atuação com a criação de órgãos legislativos e judiciários supranacionais, quer de âmbito geral ou regional. A globalização é um processo interativo que começa na economia e se alastra para os demais setores da sociedade. Os blocos regionais, a exemplo da União Européia, criarão seu próprio sistema normativo. Arnaud entende que “A idéia de um <b>direito comunitário europeu</b> <b>e mais precisamente de um direito comunitário da sanção penal</b> começa a impor-se. Opera-se uma mudança na percepção da criminalidade e seus efeitos transnacionais<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn14" title=""><span style="color: blue;">[14]</span></a>”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.7 Uma nova racionalização do Estado: Seria ingênuo admitir que, com a <i>desconstitucionalização</i>, a <i>desregulamentação</i> e o enfraquecimento do poder de coerção do direito positivo, o Estado converter-se-á num ente fraco, brando e impotente, pelo contrário, tornar-se-á intolerante e inflexível na proteção de suas elites, sob a tutela do capital internacional. Entre outras situações, é evidente que o Estado armar-se-á de instrumentos legais para evitar a evasão fiscal. Os mecanismos internacionais dotarão o Estado de instrumentos mais vigorosos para a consecução de seus fins. Arnaud, neste sentido, fala do <i>Estado-gendarme:</i> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">A primazia do Direito é pré-condição para uma governance global efetiva. (....) O Estado, no contexto econômico e financeiro mundial, ainda desempenha um papel capital, principalmente de fortaleza e de gendarme, mesmo se devemos relativizar as diferenças entre algumas funções estatais que são muitas vezes complementares<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn15" title=""><span style="color: blue;">[15]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O que resultará enfraquecido são os direitos sociais e individuais, é o <i>homem do povo</i>, os excluídos. O Professor José Eduardo Faria alerta que</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Os princípios básicos inerentes aos direitos humanos e sociais - liberdade, igualdade e solidariedade, por exemplo - levam a pior na colisão frontal com os imperativos categóricos da economia ao extremo. Com isso os ‘excluídos’ do plano econômico se tornam ‘sem-direitos’ no plano jurídico, não mais parecendo como portadores de direitos subjetivos públicos<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn16" title=""><span style="color: blue;">[16]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Não precisa ser apocalíptico para divisar a tempestade que aporta no horizonte, a globalização virará o Brasil pelo avesso. As grandes disparidades sociais existentes, nos países em desenvolvimento, esvaziam qualquer entusiasmo com o advento de uma economia transnacional, onde o que interessa são as regras de alta produtividade, o capital internacional e a centralização das decisões. O capital sem pátria, sem rosto e sem consciência ditará as regras do mercado. Eduardo Lima de Arruda Jr. nos fornece uma imagem do que será o <i>Neocolonialismo Jurisdicista</i>: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Com relação aos países de capitalismo central, o fato de serem ‘pós-modernos’ (sentido ‘pós-industrial’) é sinal de perfeita adequação no plano da acumulação, fundada na expropriação e pilhagem do ‘terceiro mundo’. Em outras palavras, o orgasmo consumista londrino, parisiense e principalmente nova-iorquino é clímax construído graças à exploração da classe trabalhadora da periferia<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn17" title=""><span style="color: blue;">[17]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Parece difícil acreditar numa nova ordem mundial, sadia e duradoura que seja alicerçada na solidariedade entre indivíduos e povos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Todo esse quadro de mudanças causa inquietações, a globalização carrega consigo a idéia falsa de uma <i>vida boa</i>, de um mundo economicamente estável, sintonizado com os avanços da técnica e cheio de novas oportunidades. A interação, cada vez maior, entre o econômico e o técnico-científico representa apenas um processo peculiar de dominação, uma máscara, sob a qual se escondem os interesses da categoria que impõe o discurso. Essa conexão da técnica e do capital, sem uma consideração crítica, consolida um poder único, seguro e firme, sob o falso argumento de exercer uma função protetora na sociedade. Schelsky alerta sobre o risco do domínio da técnica: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[...] surge uma nova ameaça no mundo: o perigo de que o homem se explicite só mediante ações externas que transformam o mundo e fixe e trate tudo, aos outros homens e a si mesmo, nesta esfera objetiva da ação construtiva. Esta nova auto-alienação do homem, que lhe pode roubar a sua própria identidade e a do outro..., é o perigo de que o criador se perca na sua obra e o construtor na sua construção<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn18" title=""><span style="color: blue;">[18]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Uma breve reflexão sobre a <i>racionalidade técnica</i> é suficiente para mostrar o abismo entre o ideal de um mundo de entendimento e harmonia e a loucura do progresso desenfreado, do aviltamento da dignidade humana, do esgotamento dos recursos naturais do planeta, dos problemas ambientais, da destruição da floresta amazônica, fruto da ganância de grandes latifundiários e do descaso dos governantes; do problema da geração de alimentos; da contaminação das águas e do ar atmosférico etc. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, reunida na PUC, em Porto Alegre, no mês de julho de 1999<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn19" title=""><span style="color: blue;">[19]</span></a>, alerta que o aproveitamento dos recursos hídricos do planeta será um dos maiores problemas no próximo século. Todo esse processo de degradação ambiental é reversível<u>;</u> contudo, o país que não cuida de seu povo, também desleixa os seus recursos naturais, dificultando ainda mais a vida das novas gerações.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">3.<b> </b><i> </i>Uma visão além do horizonte</span><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></b><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">A visão além do horizonte é a aventura do imaginário, são os sonhos que guardamos, como o vôo da liberdade, da paz, da justiça, da abundância de vida para todos. É possível ainda sonhar! Sobre <i>alguns problemas abertos na</i> <i>filosofia do direito</i>, Arnaud nos diz: “O futuro dirá... pois, não nos é dado ir além das simples conjeturas<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn20" title=""><span style="color: blue;">[20]</span></a>”. Contudo, nossas utopias<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn21" title=""><span style="color: blue;">[21]</span></a> são projeções daquilo que acreditamos e não se pode recusar o apelo, a interpretação do sentido das aspirações humanas e a possibilidade de re/inventar o futuro. No meio de tantas perguntas não respondidas, precisamos encontrar vias de reflexão, uma janela aberta, onde a lucidez e o sonho espreitem o amanhã. Muitos são os ensaios acadêmicos para reorganizar a sociedade com liberdade. José Geraldo de Souza Júnior menciona um curso organizado da Universidade de Brasília, cujo nome se deve ao Prof. Lyra Filho,<i> O Direito</i> <i>Achado na Rua</i> em que </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Com base na análise das experiências populares de criação do direito pretende: 1. Determinar o espaço político no qual se desenvolvem as práticas sociais que enunciam direitos (...) 2. Definir a natureza jurídica do sujeito coletivo capaz de elaborar um projeto político de transformação social (...). 3. Enquadrar os dados derivados destas práticas sociais criadoras de direitos e estabelecer novas categorias jurídicas para estruturar as relações solidárias de uma sociedade alternativa em que sejam superadas as condições de espoliação e de opressão do homem pelo homem<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn22" title=""><span style="color: blue;">[22]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> No limite da nossa esperança se desenrola um quadro de tensões e possibilidades: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">3.1 <i>A tensão entre o presente e o futuro</i>: Não é preciso ser messiânico ou futurólogo para perceber que a extraordinária fecundidade humana, nessa era pós-moderna, tem gerado mudanças de toda ordem, cujas conseqüências não são inteiramente previsíveis. E a amostragem do quadro parcial traz desconforto e apreensão. No novo cenário, mesclam-se os paradoxos do desenvolvimento vertiginoso das conquistas tecnológicas com a ignorância, o analfabetismo e o atraso de grandes camadas da população mundial; convivem a abundância, o consumismo e o desperdício de alimentos com a miséria absoluta de milhões de seres humanos; fortalecem-se os privilégios de poucos e o sistema de dominação e opressão de muitos, disseminados sob várias formas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A pós-modernidade acentua ainda mais as duas faces da realidade: a rica, poderosa e tecnicamente desenvolvida, e a outra, a pobre, subnutrida e ignorante. Enganar-se-ão aqueles que acreditam numa transição normal, numa acomodação gradual às novas circunstâncias, sem um esforço mundial para romper o ciclo das exclusões sociais. O sonho do futuro não pode ser construído de modo discriminatório, como um gesto de esperança para uns e de desesperança para outros. Se não se pode deixar morrer a esperança no mundo novo, essa não pode perder o contato com a realidade, sob pena de se converter num sonho impossível para toda a humanidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A utopia é construída “do poder de que dispõe o homem de se desligar do imediato e do factual, a fim de inventar novos possíveis, seja em direção ao passado de uma idade de ouro, seja em direção a um futuro prospectivo<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn23" title=""><span style="color: blue;">[23]</span></a>”. A dialética entre o sonho e as possibilidades para a sua concreção pode significar o espaço entre a vitória e o fracasso. Seria espantosamente surpreendente se uma parte da sociedade, depois de acumular notável conhecimento em todos os saberes, ao realizar o salto para o futuro, se resignasse a um sistema fechado de privilégios, isolando-se do conjunto da humanidade. Essa veleidade seria um novo tipo de alienação (o que já está acontecendo), seria o nascimento de um mundo fantasmagórico e nefasto sem os ingredientes de uma esperança compartilhada. Nesse caso, somos forçados a admitir que a esperança, sem o engajamento no real, se transforma em fantasia. São o risco de quem espera - as ambigüidades da esperança - de um lado o otimismo ingênuo e a resignação estéril e, de outro, gestos concretos que apontam para novas perspectivas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Segundo Lepargneur, “À dialética mais evidente que encontramos na esperança opõe-se realização e não-realização, presente e futuro, promessa e cumprimento, insatisfação experimentada e satisfação projetada<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn24" title=""><span style="color: blue;">[24]</span></a>”. Por outro lado, parece que todos os <i>nichos</i> de esperança acham-se desgastados pelo tempo ou pelas incrustações ideológicas. Contudo, entre lamentar os erros do presente e a vontade de viver numa sociedade justa, é necessário ter a coragem e a lucidez de construir o sonho do futuro. A capacidade de esperar é o gesto daqueles que ainda não perderam a confiança no futuro. Quem espera são os pobres, os oprimidos e injustiçados, já que os poderosos não precisam repensar a distância entre a atualidade e o imaginário. Os filhos da esperança são hoje todos os excluídos: os <i>sem-terra,</i> os <i>sem-teto</i>,<i> </i>os<i> sem-salário</i>, os <i>sem-justiça</i>, os <i>sem-direitos</i> etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">3.2 <i>A humanização da Terra</i>: Nenhuma resposta para todas as crises que nos assolam pode ser encontrada numa dimensão exterior ao problema do humanismo. Mas, ao se falar de humanismo, surgem ao mesmo tempo vários níveis de linguagem, algumas inclusive contraditórias. Desde o período renascentista e em alguns casos, mesmo antes, se fala que a solução para todos os problemas se encontra no próprio homem. Tantas são as definições que o humanismo comporta que se torna uma palavra maleável, se não a mais maleável de todas, a ponto de ser aproveitada pelas diversas teorias com significados divergentes. Se para alguns essa riqueza multiforme traduz a exaltação da dignidade humana, para muitos encobre, sob um mesmo marco, realidades diferentes, gerando uma imprecisão de sentido. Cada conceito de humanismo conduz a um tipo específico de interpretação, fala-se em humanismo renascentista, idealista, positivista, marxista, cristão, existencialista etc. Um olhar sobre as diferentes concepções do homem pode suavizar alguns aspectos que ainda se apresentam dogmáticos e tendentes a uma visão reducionista. O humanismo filosófico tradicional, com suas várias tendências, difere da <i>episteme moderna</i>, preconizada por Foucault e outros, de ver o homem como um ser da natureza<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn25" title=""><span style="color: blue;">[25]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O humanismo filosófico tradicional é uma sobreposição da tradição grega sobre as outras concepções, o próprio cristianismo absorveu o <i>logos</i> grego, em detrimento de sua primitiva visão do homem. Nesse sentido Bultmann conclui: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">É claro que a concepção que o cristianismo primitivo tinha do homem é radicalmente oposta àquela da tradição grega: o homem não se concebe como um caso particular do ser cósmico; ele não foge à problemática de sua existência pessoal graças à noção da lei cósmica, da harmonia universal”. “...Estamos muito longe da antropologia dualista grega com sua concepção da tensão entre o espírito e os sentidos, e a concepção do seguimento da vida que daí decorre... A essência verdadeira do homem não é o logos, a razão, o espírito. Se perguntarmos ao cristianismo primitivo onde está a essência, só uma resposta é possível: na vontade. Em todo o caso, o ser humano, a vida enquanto vida humana é sempre concebida como um ‘ser em vista de’, um esforço para um querer<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn26" title=""><span style="color: blue;">[26]</span></a>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> À primeira vista, percebe-se que a experiência humana não pode ser aprisionada dentro de moldes apriorísticos<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn27" title=""><span style="color: blue;">[27]</span></a>; por mais relevantes que sejam os propósitos defendidos, acaba-se por enfatizar determinados aspectos em detrimento de outros, mesmo porque o homem não possui uma natureza categórica e definitiva; como ser da natureza ele é livre e em processo de autoconstrução ininterrupta. E se o homem se autoconstrói, por conseqüência não pode ser reduzido a uma perspectiva filosófica única, pois ele escapa a uma catalogação abstrata. Qualquer estudo sobre a natureza descritiva do homem esbarra na impossibilidade absoluta de capturar todas as suas dimensões, o seu mundo subjetivo e intersubjetivo. O homem está aí, o que percebemos é a sua existencialidade, sua corporeidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">A humanidade abriu muitos caminhos na decifração da essência do ser humano. Serviu-se das artes, da pintura nas cavernas rupestres, dos desenhos em vasos de barro. Expressou-se pelos grandes monumentos, por miniaturas de marfim e por uma gama imensa de músicas folclóricas. Utilizou a palavra através de mitos, fábulas, poemas e narrativas. Usou do pensamento através da filosofia e das cosmovisões. As religiões através dos mitos da criação, do fim do mundo e da plasmação do ser humano, oferecem as decifrações mais ousadas da natureza humana. Hoje em dia prefere-se o cinema, o universo virtual da comunicação e principalmente as ciências empíricas, hermenêuticas e holísticas. Todas elas implicitamente encerram uma antropologia, quer dizer, uma determinada compreensão do ser humano, homem e mulher<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn28" title=""><span style="color: blue;">[28]</span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Como ser livre, o homem “está permanentemente em busca de sua auto-imagem, só que a idealização dessa imagem é recriada, apresenta-se escoimada das imperfeições, e o homem se imagina perfeito, bom e feliz<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn29" title=""><span style="color: blue;">[29]</span></a>”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Ao longo da história, em todas as comunidades, onde a tirania, o despotismo do poder e a violência da ordem jurídica estatal reduziu ou extinguiu as liberdades individuais, percebeu-se um período de desvalorização da vida e de estagnação da criatividade humana. Basta citar que ainda nos ressentimos nas ciências, nas artes, na política e na economia dos longos anos de ditadura militar no Brasil. Daí decorre a necessidade de uma luta sem tréguas contra a opressão e a dominação em qualquer lugar e sob quaisquer dissimulações que se apresente. A eliminação de todas as formas de violência é o pressuposto básico do novo humanismo com o reconhecimento da unicidade exclusiva e original de cada pessoa humana. Mais, com o reconhecimento de que os direitos humanos não se esgotam nas garantias expressas na legislação vigente, existem outros direitos implícitos, subentendidos, cujos postulados, cedo ou tarde, se espera que sejam exteriorizados/reconhecidos pelo ordenamento jurídico. Bobbio afirma que a <i>comunidade internacional</i>, além de assegurar o cumprimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem, deve </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[...] aperfeiçoar continuamente o conteúdo da Declaração, articulando-o, especificando-o, atualizando-o, de modo a não deixá-lo cristalizar-se e enrijecer-se em fórmulas tanto mais solenes quanto mais vazias<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn30" title=""><span style="color: blue;">[30]</span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A globalização é uma violência contra a vida, gera, nos países periféricos, desemprego em escala crescente, fome e miséria. Nesse caso, a globalização assemelha-se a uma forma de canibalismo - o grande e forte alimenta-se do pequeno e fraco. A luta do novo humanismo contra a exploração e a opressão passa pela descentralização da sociedade civil, pela <i>desregulação estatal</i> e pelo crescimento gradual das ordenações jurídicas dos diferentes agrupamentos sociais dentro do Estado. O estatismo jurídico é um instrumento de controle e dominação social, provoca, inclusive, o descrédito do poder público. A <i>potestas normandi</i> não reside só no Estado. Cria-se um contra-senso absurdo, o Estado reconhece o direito dos grupos sociais de se organizarem com normas próprias, mas ao mesmo tempo, só confere o caráter jurídico às suas próprias normas. Essa interferência do Estado, identificando-se com a lei e interferindo abusivamente na vida dos cidadãos, decorre do fato de que o Estado é um ente mítico, todo-poderoso que subjuga a soberania popular aos seus postulados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O Estado arranca o homem de seu próprio contexto histórico, das normas de vida grupal, estabelecidas por uma convivência pacífica, harmoniosa e justa e os joga num espaço normativo, criado para legitimar a sua existência, como entidade fiscalizadora da vida social. Não se pode esquecer que os núcleos de desorganização social, violência e miséria existentes dentro da sociedade são criações do Estado, à medida que favorece uma excessiva concentração de riquezas e descuida do emprego, da saúde, da educação e da segurança públicas. Não se taxa o capital especulativo, não se fiscaliza severamente a evasão fiscal e se sobretaxa as pequenas empresas e o assalariado, a fim de manter os gastos da máquina pública, sempre deficitária. Nunca sobra para investir em projetos sociais, para erradicar a pobreza, restringe-se a atividade estatal a uma interferência degradante baseada no mero assistencialismo, na distribuição de alimentos às populações carentes. Se o Estado não interferisse, demasiadamente, na vida das pessoas, não criasse os bolsões de miséria e violência através de uma política econômica clientelista, a sociedade se autoregularia, estabelecendo as bases para uma coexistência tranqüila. Postula-se a existência do Estado com suas normas e de uma produção normativa paralela à do Estado, com força coercitiva e reconhecimento da pluridimensionalidade do direito, todas essas regulações vistas como parte de uma mesma ordem jurídica. Como preconiza Wolkmer, o pluralismo jurídico representa uma chave para a implantação do direito justo:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Diante da imperiosidade de se delinear os meios de superação do monismo jurídico materializado no estado e de estabelecer o projeto de uma ordenação descentralizada e espontânea que nasça da própria Sociedade, fundada na pluralidade de necessidades básicas e no consenso das diferenças. Cabe visualizar duas estratégias essenciais, direcionadas para a produção legal alternativa: a) Práticas ou mecanismos legais institucionais de produção alternativa existentes dentro do Direito positivo oficial do Estado; b) Práticas ou mecanismos legais não-institucionalizados de produção alternativa fora da órbita do Direito Estatal positivo<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn31" title=""><span style="color: blue;">[31]</span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Mesmo o Estado não reconhecendo a sua equivalência e, arbitrariamente, submetendo à sua ordem jurídica o pluralismo de ordenações jurídicas, existem, nos diferentes grupos sociais organizados, normas espontâneas de regulação da vida em comunidade que se auto-afirmam tão autênticas quanto as emanadas da chancela estatal. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A reafirmação da dimensão humana - o humanismo dentro de um novo paradigma - implica na não-rotulação do homem sob quaisquer premissas filosóficas, reconhecendo que a sua natureza essencial extrapola os moldes pré-estabelecidos. Não se trata de “um vago humanismo<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn32" title=""><span style="color: blue;">[32]</span></a>”, pois todos os mapas são parciais ou temporários e não refletem, com precisão, as suas diferentes dimensões. Mesmo porque</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">A paixão, a experiência amarga, os erros da geração combatente à qual pertenço podem esclarecer um pouco os caminhos. Sob essa condição única convertida em imperativo categórico: jamais renunciar a defender o homem contra os sistemas que planejam a aniquilação do indivíduo.<i><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn33" title=""><span style="color: blue; font-style: normal;">[33]</span></a></i>.<i></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O homem é um ser livre, aberto para novas experiências, original e relacional, que aspira desenvolver as suas potencialidades numa atmosfera de tolerância, solidariedade e justiça eqüitativa. Segundo Bobbio: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">O único critério razoável é o que deriva da idéia mesma de tolerância, e pode ser formulado assim: a tolerância deve ser estendida a todos, salvo àqueles que negam o princípio de tolerância, ou, mais brevemente, todos devem ser tolerados, salvo os intolerantes<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn34" title=""><span style="color: blue;">[34]</span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> As exclusões sociais constituem-se no atestado mais que evidente do fracasso do Estado e da sociedade como um todo. Não há adjetivação possível para enquadrar a barbárie a que está submetida grande parte da população, dos chamados países emergentes. Esse é o legado de horror transmitido às gerações futuras. Urge, portanto, modificar as atuais condições sociais, transformar as estruturas de poder excessivamente centralizadas, formalistas e burocratizadas, para que o Brasil seja um país generoso, justo e equânime. Porque a única visão além do horizonte é um caminho sem paixões ou exclusivismos, é a humanização contínua, como um fim em si mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Apesar de todos os problemas, amadurecemos, paradoxalmente, através da continuidade da esperança em um mundo novo, pluralista, antidogmático e democrático. Na esperança de um novo humanismo, acreditamos que</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">ainda amanhã haverá esperança, se é verdade que o homem não pode apagar completamente a questão do sentido, aquilo que temos sob os olhos não mostrando sentido satisfatório. O mundo atual é um desafio à esperança, mas qualquer esperança real constitui também um desafio para um mundo intoxicado pelo racionalismo da tecnocracia e pela manipulação dos consumidores... Esperança ainda não é resposta definitiva, mas é encaminhamento de uma possível resposta: isso, porém, não será possível se for cancelada a pergunta sobre o sentido<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn35" title=""><span style="color: blue;">[35]</span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Em todos os contextos históricos, emerge sempre a esperança do melhor, do ainda não, algo que espreita continuamente no horizonte da história e se introjeta no ser humano, como um caminho para a felicidade. A esperança é perpassada de obstáculos, coragem e perseverança. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">poderão perceber, com olhar límpido, que o Direito pode e deve ser fundado, pensado, desenvolvido e feito realidade como regra de ordenação social, de um modo muito diferente do que até agora se praticou no ocidente, com grande proveito para o ser humano. É deles de quem poderá brotar, principalmente, uma atitude crítica do Direito que objetamos e uma vontade para depurá-lo, ou, ainda, para substituí-lo, em benefício de toda a sociedade<a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftn36" title=""><span style="color: blue;">[36]</span></a>.<b> </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Terá a globalização econômica e normativa que se avizinha um espaço para alcançar os pobres? Será que ainda é possível esperar que o lobo e o cordeiro se unam para salvar a floresta? Eduardo Monreal expressa o desejo de que as novas gerações</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref1" title=""><span style="color: blue;">[1]</span></a> RECTOR, Mônica; NEIVA<b>, </b>Eduardo.<b> Comunicação na era pós-moderna</b>. Petrópolis: Vozes, 1997</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> p. 129.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref2" title=""><span style="color: blue;">[2]</span></a> Id. p. 184.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref3" title=""><span style="color: blue;">[3]</span></a> Cfe. Estatísticas da Unicef, no Brasil, ano de 1999, a cada 1000 crianças que nascem, 34,8 morrem antes de completar o primeiro ano de vida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref4" title=""><span style="color: blue;">[4]</span></a> Analisando as transformações decorrentes da nova ordem econômica, o Professor José Eduardo Faria menciona as principais tendências no campo jurídico, tais como a ‘reprivatização’, a desregulamentação, deslegalização e desconstitucionalização, substituindo a tutela governamental pela expansão das relações contratuais, pela livre negociação; a redução do grau de imperatividade, coercibilidade do ordenamento jurídico, com flexibilização dos padrões jurídicos; o enfraquecimento do direito do trabalho, esvaziado pela livre negociação, contratos de locação de serviços, subcontratação e novas formas, mais maleáveis de relações trabalhistas, disfigurando progressivamente o direito do trabalho; o enfraquecimento dos direitos sociais e humanos; aumento do número dos excluídos do processo de geração de riquezas que “se tornam sem-direitos no plano jurídico, sem serem dispensados das obrigações legais; formação de guetos, com sistemas normativos próprios. In: Para onde vai o direito? (O Estado de São Paulo, NetEstado, 15.08.1997).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref5" title=""><span style="color: blue;">[5]</span></a> Sobre os excluídos, Streck afirma que, em estatística recente, o “apartheid Social” atinge 59% da população do Brasil, apresentando uma terrível pesquisa: 86% não vão além da 8<sup>a</sup>. série do 1<sup>o</sup>. grau; 19% vivem de “bicos”, 10% são assalariados, mas sem registros trabalhistas; a elite brasileira corresponde a 8% da população brasileira; 85% da elite é integrada por brancos, tornando óbvio que o grande contingente de excluídos é integrado por negros, mulatos e mestiços. (STRECK, Lenio Luiz. <b>Hermenêutica jurídica em crise</b>. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999, p. 26-27).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref6" title=""><span style="color: blue;">[6]</span></a> Constituição Federal, artº 5<sup>o</sup>., LV.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref7" title=""><span lang="EN-US" style="color: blue;">[7]</span></a></span><span lang="EN-US" style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Ib., artº 5<sup>o</sup>., LIV.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref8" title=""><span lang="EN-US" style="color: blue;">[8]</span></a></span><span lang="EN-US" style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Ib., artº 5<sup>o</sup>. </span><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">XXXV.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref9" title=""><span style="color: blue;">[9]</span></a> José Eduardo Faria, <b>Para onde vai o direito?</b> (O Estado de São Paulo, NetEstado, 15-08-1997, p. 2).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref10" title=""><span style="color: blue;">[10]</span></a> O próprio poder executivo se preocupa com a reforma constitucional, dando plenos poderes aos órgãos sindicais para estabelecerem acordos trabalhistas, sem a necessidade de intermediação da Justiça do Trabalho. Essa flexibilização das relações trabalhistas faz com que a negociação prevaleça sobre a legislação, “... um modelo em que o negociado prevaleça sobre o legislado.” Acordo Trabalhista vai dispensar juiz. (Correio do Povo, Empresa Jornalística Caldas Júnior, 06.08.99, p. 11).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref11" title=""><span style="color: blue;">[11]</span></a> Cfe. TVE, Programa Rede Brasil Revista, do dia 15.07.1999, às 22h10min.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref12" title=""><span style="color: blue;">[12]</span></a> FARIA, José Eduardo. <b>Para onde caminha o direito?</b> (O Estado de São Paulo, NetEstado, 15-8-1977), p. 3.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref13" title=""><span style="color: blue;">[13]</span></a> ARNAUD, André-Jean & CAPPELLER, Wanda. A força do Estado em face da globalização. in <b>Sociologia e Direito: Textos básicos para a disciplina de sociologia jurídica</b>. São Paulo: Pioneira, 1999, p. 237. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref14" title=""><span style="color: blue;">[14]</span></a>id., p. 243.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref15" title=""><span style="color: blue;">[15]</span></a> Id., p.233.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref16" title=""><span style="color: blue;">[16]</span></a> Cf. TVE, Rede Brasil Revista, do dia 15-07-1999, às 22h10min.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref17" title=""><span style="color: blue;">[17]</span></a>Eduardo Lima de Arruda Jr., <b>O Moderno e o Pós-Moderno no Direito: Reflexões Sobre um Neocolonialismo Jurisdicista</b>. (vide nota 13), p. 249.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref18" title=""><span style="color: blue;">[18]</span></a> Schelsky, Einsamkeit und Freiheit, Hamburgo, p. 229, apud HABERMAS, Jürgen.<b>Técnicas e ciência como ideologia</b>. Lisboa: Edições 70, 1968, p. 147.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref19" title=""><span style="color: blue;">[19]</span></a> TVE, Rede Brasil Revista, às 22h10 min., 15.7.1999.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref20" title=""><span style="color: blue;">[20]</span></a> ARNAUD, André-Jean<b>. O direito traído pela filosofia</b>. Porto Alegre: Fabris, 1991 p. 251.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref21" title=""><span style="color: blue;">[21]</span></a> O termo “utopia” é uma invenção de Thomas More, em 1516, com a narrativa de uma ilha paradisíaca, onde todos viviam felizes. O vocábulo vem da contração de “oú” com “topos” (lugar), nenhum lugar ou, o contra-senso de lugar feliz e nenhum lugar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref22" title=""><span style="color: blue;">[22]</span></a> José Geraldo de Souza Júnior, Movimentos Sociais - <b>Emergência de Novos Sujeitos: O Sujeito Coletivo de Direito</b>, (vide nota 13), p. 263. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref23" title=""><span style="color: blue;">[23]</span></a> Furter, Utopia e marxismo, apud Ernest Bloch. <b>Tempo Brasileiro</b>. Rio de Janeiro, p. 11.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref24" title=""><span style="color: blue;">[24]</span></a> LEPARGNEUR, Humbert. <b>Esperança e escatologia</b>. São Paulo: Paulinas, 1994, p. 262.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref25" title=""><span style="color: blue;">[25]</span></a> Cfe. Rousseau, o homem nasce bom, é a sociedade que o corrompe. (vide Discours sur l’origine de l’inégalité parmi les hommes, Garnier, s/d., p. 36).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref26" title=""><span style="color: blue;">[26]</span></a> R. Bultmann, apud RAD, von G. <b>Teologia do Antigo Testamento</b>. V. 2, São Paulo: ASTE, 1974, p. 461.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref27" title=""><span style="color: blue;">[27]</span></a> PESSINI, Leo; BARCHIFONTAINE, Chistian de Paul. <b>Problemas Bioéticos</b>. 3ª ed., São Paulo: Loyola, p. 35, 36, 37 e 38; Habermas, 1989, p. 236.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref28" title=""><span style="color: blue;">[28]</span></a> BOFF, Leonardo. <b>Saber Cuidar</b>. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 36.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref29" title=""><span style="color: blue;">[29]</span></a> SILVEIRA, José de Deus Luongo da. <b>Noções preliminares de filosofia do direito</b>. Porto Alegre: Fabris, 1988, p. 34.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref30" title=""><span style="color: blue;">[30]</span></a> BOBBIO, Norberto. <b>A era dos direitos</b>. Rio de Janeiro: Perspectiva, 1992, p. 34.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref31" title=""><span style="color: blue;">[31]</span></a></span><span lang="ES-TRAD" style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> WOLKMER, Antonio Carlos. </span><b><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Pluralismo jurídico: Fundamentos de uma nova cultura no direito</span></b><span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">. São Paulo: Alfa Omega, 1994, p. 259-260.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref32" title=""><span style="color: blue;">[32]</span></a> Villey, apud Arnaud, 1991, p. 24.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref33" title=""><span style="color: blue;">[33]</span></a> Serge, apud Candido. <b>A crise dos paradigmas modernos</b>. ( http:://www..hotnet.net/- candido/paradigmas.html), p. 1</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref34" title=""><span style="color: blue;">[34]</span></a> Bobbio, (vide nota 30), p. 213.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref35" title=""><span style="color: blue;">[35]</span></a> Lepargneur, (vide nota 24) p. 59-60. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #070707; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/global.htm#_ftnref36" title=""><span style="color: blue;">[36]</span></a> MONREAL, Eduardo Novoa. <b>O direito como obstáculo à transformação social</b>. Porto Alegre: Fabris, 1988, p. 189.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-6609815278410931152011-02-11T10:39:00.000-08:002012-06-06T14:29:47.040-07:00O HOMEM COMO PRISIONEIRO NO LABIRINTO DAS ESTRUTURAS CONCEITUAIS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 16pt;"></span> <br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Z4QzTK25w8ziuWAy65Gb55bxemUq-SuGYM_K4gQj_mo7hto_CcBbXjBPZfVywKjvol5jpuZ3rl191Xcj17efgpz7yDKgwMQfmDyEqQ2ZxjaEnh2AQ7l44WN9DwfsWFDRwMEpWfnSWQ/s1600/images+(3).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Z4QzTK25w8ziuWAy65Gb55bxemUq-SuGYM_K4gQj_mo7hto_CcBbXjBPZfVywKjvol5jpuZ3rl191Xcj17efgpz7yDKgwMQfmDyEqQ2ZxjaEnh2AQ7l44WN9DwfsWFDRwMEpWfnSWQ/s1600/images+(3).jpg" /></a></div>
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif;"><span style="color: #b45f06;"><span style="font-size: small;">(Extraído do livro: SILVEIRA, José de Deus Luongo da. <strong>As várias faces do Direito: uma crítica ao discurso jurídico tradicional.</strong> Londrina, Paraná: Universidade Estadual de Londrina, 2009). </span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;">O problema do significado da vida e do mundo não se apresenta à consciência como estruturas soltas e, sim, inseridas dentro de um contexto relacional<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn1" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[1]</span></sup></a> que se articula para a formação do universo interior e exterior no <i>continuum </i>das relações de tempo e espaço. A construção dessas <i>realidades significativas </i>não é exatamente a tradução do que está aí, presente nas coisas, mas é aquilo que para cada um detém determinado sentido. Assim, as realidades (<i>ens realis, ens rationis</i>) possuem atualidade (temporalidade para a consciência) mediante o processo seletivo da ação intencional, gerando adaptação ou alienação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> </span></b><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;">Os signos e valores individuais ou sociais dão sentido à vida das pessoas e se constituem num corpo de <i>verdades </i> que determinam o seu agir, a sua postura frente ao mundo. Não podemos viver como homens sem raciocinar, e a <i>verdade</i> de cada um induz a uma visão de mundo<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref2"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn2" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[2]</span></sup></a>. São lentes, pelas quais filtramos toda a compreensão da realidade. O próprio pensamento de identidade pessoal nada mais é do que uma síntese dinâmica que agrega os diferentes aspectos mentais, formando a consciência do <i>eu</i>, como uma unidade própria que se projeta na dimensão espácio-temporal. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> Em termos gerais, há diferentes modelos de subjetividade: o conceito de identidade pessoal como o resultado de todas as experiências passadas; a consciência moral calcada em juízos de valores; o sujeito epistemológico responsável pela formação das estruturas cognitivas e a dimensão social, manifesta pela consciência política. Esses modelos se articulam formando um núcleo geral de conceitos que se intercomplementam num todo harmônico e pleno de significado. Quando isso acontece, se estabelece um elo de coerência entre as várias percepções da realidade e o<i> eu</i> realiza uma síntese dinâmica e satisfatória. Quando o sujeito deixa de realizar essa integração, surgem as contradições internas, como o resultado de uma visão fragmentada do mundo. O papel do sujeito nessa re/construção da realidade vai determinar a interação mental e os diferentes graus de adaptação social: “cooperação, competição, conflito, acomodação e assimilação<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref3"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn3" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[3]</span></sup></a>”. O perigo reside na cristalização de certas atitudes, na formação de estereótipos, isto é, uma conduta calcada em reproduções falsas, “(...) idéias ou imagens não logicamente fundamentadas<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref4"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn4" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[4]</span></sup></a>”. Via de regra, essas representações mentais são responsáveis por atitudes de cunho fundamentalista que geram exclusivismos no campo da religião, da política, do direito etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> É impossível dizer quão longe o homem pode levar as suas próprias convicções. No testemunho da história, muitos mataram e morreram pelo que acreditavam serem <i>verdades</i><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref5"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn5" title=""><b><i><sup><span style="color: windowtext;">[5]</span></sup></i></b></a>. Com essa radicalização, o homem torna-se escravo do seu próprio discurso e dele se convence, tão sinceramente, que é capaz de dedicar uma vida inteira à consecução de suas idéias. A compreensão maniqueísta de dividir as coisas entre verdadeiro/falso ainda faz parte do cotidiano das pessoas, cria motivações, projetos de vida e uma decodificação de toda a realidade percebida. São juízos de valores que estão presentes nas mais diferentes manifestações da existência humana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> O homem está preso no labirinto de suas estruturas conceituais e nessa construção ideológica<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref6"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn6" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[6]</span></sup></a> investe a sua própria felicidade. Todo o processo de criação de estruturas conceituais que refletem a realidade dos valores e interesses, como a finalidade da existência, conduta legal etc., existe, porque o homem é um ser que produz significações. Segundo Heidegger: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;">Somente quando se encontrou a palavra para a coisa, é esta uma coisa; somente então é, uma vez que a palavra é o que proporciona o ser à coisa (...) Não falamos sobre aquilo que vemos, mas sim o contrário; vemos o que se fala sobre as coisas<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref7"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn7" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[7]</span></sup></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> Também Voloshinov chega a afirmar que “sem signo não há ideologia<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref8"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn8" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[8]</span></sup></a>” e toda a ideologia é uma visão parcial da humanidade. Cria-se, assim, o que os lingüistas chamam de <i>campos de sentido</i> porque traduzem a idéia de consciência individual, social e histórica. São referências que mostram que </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;">Pessoas em todos os lugares continuam a inventar maneiras significativas de viver tomando a cultura familiar como base, isto é, a língua, a religião, os estilos de interação social, a comida, e assim por diante<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref9"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn9" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[9]</span></sup></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> </span></i><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;">Essas realidades formam o pano de fundo dos pensamentos e se constituem numa <i>prisão sígnica</i><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref10"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn10" title=""><b><i><sup><span style="color: windowtext;">[10]</span></sup></i></b></a>. O homem, sendo um ser de linguagem, não tem saída, está preso no mundo dos signos e também é um signo, porque produz relações de significação. A consciência de si mesmo passa a ser a internalização de significados ou, mais adequadamente, um inter-relacionamento contínuo de significados. Há significados de passado, apreendidos; significados em apreensão e passíveis de apreensão, o que é expresso na voz de Alberto Caeiro (pseudônimo de Fernando Pessoa) como: “tristes de nós que trazemos a alma vestida!”<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref11"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn11" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[11]</span></sup></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> </span></i><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;">Cada ser humano possui a sua própria visão de mundo e esse referencial é tão importante que realiza a integração das várias funções do <i>eu </i>- produzindo um universo de significações. A perda desse quadro de referências corresponde à perda da auto-identidade, à perda da dimensão que o <i>eu </i>tem desses signos e de si mesmo, enquanto um <i>ser para</i> um processo dinâmico de recriação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> O referencial que caracteriza o ser de linguagem é tão importante quanto a vida racional, ele traduz o mundo e aprende mediante uma relação sincrônica e de dependência entre as estruturas conceituais e os novos aprendizados, os quais percorrem um caminho determinado, de reafirmação ou negação dos pressupostos já existentes. Se estamos seguros do lugar que ocupamos no contexto onde estamos inseridos, mergulhando no passado, trazemos à tela da memória a nossa própria história. Isto só é possível, porque de alguma forma se dá o processo de revelação e verificação do significado da nossa experiência pessoal. E essas experiências comuns de um lado aprisionam a realidade em relações sígnicas e de outro expressam a dimensão de transcendência, de processo de reconstrução das idéias. É a experiência de estar incluso, literalmente, numa relação ontológica, “idéias que não são auto-representações mas signos daquilo que é objetivamente outro que não a idéia no seu ser como representação privada<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref12"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn12" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[12]</span></sup></a>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> No des/modelar para modelar de novo, mesmo que o homem migre para um novo paradigma, libertar-se-á de uma <i>estrutura-modelo</i> para se tornar cativo de outra. Não há saída, não há forma de romper com o passado sem se abrigar em outras servidões. As nossas idéias nos definem, nos transformam e a luta pelo novo, pela mudança, é continuidade enquanto somos capturados em novos vínculos. Contudo, se é impossível a existência humana sem esse suporte, tal não pode ser absolutizado com a promoção da <i>cultura da</i> <i>intolerância,</i> a ponto de se tornar difícil a convivência com outras percepções da realidade. Na sociedade pós-moderna, a <i>cultura da intolerância</i> está assumindo proporções perigosas; o divergente/diferente não só não é aceito, como se cria uma série de obstáculos à sua existência no convívio social<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref13"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn13" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[13]</span></sup></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> O caminho da diversidade na unidade, do pluralismo, da inclusividade, parece ser a única resposta aceitável. Saber conviver com pontos de vista discordantes - o embate das idéias - aprofunda ou derriba as nossas certezas parciais, provisórias e precárias<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref14"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftn14" title=""><sup><span style="color: windowtext;">[14]</span></sup></a>; isso só é possível quando não nos submetemos ao germe da radicalização. <i> </i><b> </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">REFERÊNCIAS</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">ALTHUSSER, Louis. <b>Aparelhos Ideológicos do Estado</b>, Rio de Janeiro: Graal, 1983.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">ANSART, Pierre. <b>Ideologias, conflitos e poder</b>. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">ARENDT, Hannah. <b>A Condição Humana</b>, Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1995.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">BONOMI, Andrea. <b>Fenomenologia e Estruturalismo</b>. São Paulo: Perspectiva, 1974.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">BARTHES, Roland. <b>Elementos de Semiologia</b>. São Paulo: Cultrix, 1973.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">CARVALHO, Irene Mello. <b>Introdução à psicologia das relações humanas</b>. Rio de Janeiro: RGV, 1976. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">Correio do Povo, Empresa Jornalística Caldas Júnior, Porto Alegre, 14.08.1999.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">DEELY, John. <b>Semiótica Básica</b>. São Paulo: Ática, 1990.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">EAGLETON, Terry. <b>Ideologia</b>. São Paulo: UNESP, 1997.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">HABERMAS, Jürgen. <b>Técnica e Ciência Como Ideologia</b>. Lisboa: Edições 70, 1968.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">___. <b>Consciência Moral e Agir Comunitário</b>. Rio de Janeiro: Tempo Universitário, 1989.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">HEIDEGGER, Martin. <b>Ser e Tempo</b>. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 1995.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">___. <b>Carta sobre o humanismo</b>. Lisboa: Guimarães, 1987.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">LEPARGNEUR, Hubert. <b>Esperança e Escatologia</b>. São Paulo: Paulinas, 1974.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">KUHN, Thomas. <b>A estrutura das revoluções científicas</b>. São Paulo: Perspectiva, 1975. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">MERLEAU-PONTY, apud BONOMI, Andrea<b>. Fenomenologia e estruturalismo</b>. São Paulo: Perspectiva, 1974.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">PESSOA, Fernando. <b>O guardador de rebanhos</b>. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: 1995, p. 64.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">RECTOR, Mônica.; NEIVA, Eduardo. <b>Comunicação na era pós-moderna</b>. Petrópolis: Vozes, 1997.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">RORTY, Richard. <b>A Filosofia e o Espelho da Natureza</b>. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">STRECK, Lenio Luiz. <b>Hermenêutica jurídica em crise</b>. Porto Alegre: Ed. Do Advogado, 1999.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref1" title=""><sup><span lang="EN-US" style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[1]</span></sup></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> MERLEAU-PONTY, apud BONOMI, Andrea<b>. </b></span><b><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">Fenomenologia e estruturalismo</span></b><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 9.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn2"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref2" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[2]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Weltanschaung.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn3"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref3" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[3]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> CARVALHO, Irene Mello. <b>Introdução à psicologia das relações humanas</b>. Rio de Janeiro: RGV, 1976, p. 49. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn4"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref4" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[4]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Id., 1976, p. 46. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn5"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref5" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[5]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Nietzsche, no entanto, rompe com a idéia de se imolar pela verdade, afirmando: “Morrer pela verdade. - Não nos deixaríamos queimar por nossas opiniões: não estamos tão seguros delas. Mas, talvez, por podermos ter nossas opiniões e podermos mudá-las.” (apud Candido. A Crise dos Paradigmas Modernos. 1995, p. 1 (http://www.hotnet.net/~candido/paradigmas.html).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn6"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref6" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[6]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Gouldner descreve a ideologia como “o reino da exaltação do espírito, onde habitam o doutrinário, o dogmático, o apaixonado, o desumanizante, o falso, o irracional e, é claro, a consciência <i>extremista</i>.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">In: The Dialectic of Ideology and Technology, London, 1976, p. 4 (apud EAGLETON, Terry. </span><b><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">Ideologia</span></b><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">. São Paulo: UNESP, 1997, p. 18).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn7"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref7" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[7]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> STRECK, Lenio Luiz. <b>Hermenêutica jurídica em crise</b>. Porto Alegre: Ed. Do Advogado, 1999, p. 175.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn8"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref8" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[8]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> EAGLETON, Terry. <b>Ideologia</b>. São Paulo: UNESP, 1997, p. 172.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn9"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref9" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[9]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> RECTOR, Mônica.; NEIVA, Eduardo. <b>Comunicação na era pós-moderna</b>. Petrópolis: Vozes, 1997, p. 93.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn10"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref10" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[10]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Para Deely: “Ser um signo é uma forma de prisão a um outro, ao significado, o objeto que o signo não é mais que, todavia, representa e substitui.” (DEELY, John. <b>Semiótica Básica</b>. São Paulo: Ática, 1990, p. 54).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn11"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref11" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[11]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> PESSOA, Fernando. <b>O guardador de rebanhos</b>. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: 1995, p. 64.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn12"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref12" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[12]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Id. p. 29.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn13"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref13" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[13]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> Marcos Rolim: “Vivemos uma cultura de intolerância, de não aceitação das diferenças. Basta olhar os prédios e as ruas que não foram planejadas considerando os portadores de deficiência física. Os programas infantis são apresentados por loiros, os surdos não têm reconhecida sua linguagem, os homossexuais são ridicularizados, os soropositivos perdem empregos e os doentes mentais são condenados à incapacidade e periculosidade.” (In: A Assembléia combate ‘cultura da intolerância’, Correio do Povo, Empresa Jornalística Caldas Júnior, Porto Alegre, 14.08.1999, p. 7).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn14"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto6.htm#_ftnref14" title=""><sup><span style="color: windowtext; font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;">[14]</span></sup></a><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 12pt;"> As verdades absolutas podem ser admitidas num plano metafísico e espiritual. No mundo fenomenológico não há verdades absolutas, caso contrário como poderíamos explicar os avanços da ciência (Vide KUHN, Thomas. <b>A estrutura das revoluções científicas</b>. São Paulo: Perspectiva, 1975). </span></div>
</div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-79368056529515138162011-02-10T08:21:00.000-08:002012-06-06T14:32:45.282-07:00QUESTÕES SOBRE A ÉTICA E A CRISE DA MODERNIDADE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="color: red; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> <span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> José de Deus Luongo da Silveira (Org.)</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyVDULApXBKKXSiS7KmiTlmmG2m3hTuxOUb_-jvfVwNwCBJ_jLoLHpM_vkXr_E3nw54obIwlmcw-TnkLRn3qU7kzwCun1oNH_2kj7H7CmDb-qdLDlNJ7L9bxzgh279JRUFSuiT9wKwQ/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyVDULApXBKKXSiS7KmiTlmmG2m3hTuxOUb_-jvfVwNwCBJ_jLoLHpM_vkXr_E3nw54obIwlmcw-TnkLRn3qU7kzwCun1oNH_2kj7H7CmDb-qdLDlNJ7L9bxzgh279JRUFSuiT9wKwQ/s1600/images+(4).jpg" /></a></div>
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">1. RELEVÂNCIA DO TEMA: A ética e a crise da modernidade tem sido um dos temas mais discutidos na atualidade. E a discussão se aprofunda quando nem ao menos temos um princípio geral de definição de modernidade. O que é a modernidade (...?). Não sabemos! Ela é a fusão do múltiplo, do heterogêneo, do fragmentado, do efêmero, onde se envolve atividade racional, científica, tecnológica e administrativa. Basicamente, existem duas figuras condensadoras da modernidade: a racionalização e a subjetivação. “Racionalização e subjetivação aparecem ao mesmo tempo, como a Renascença e a Reforma, que se contradizem, mas se completam ainda mais</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn1#_ftn1" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman', serif;">[1]</span></a></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">” [...] “O drama da nossa modernidade é que ela se desenvolveu lutando contra a metade dela mesma, fazendo a caça ao SUJEITO em nome da ciência, rejeitando toda a bagagem do cristianismo que vive ainda em Descartes... (destruindo) a herança do dualismo cristão e as teorias do direito natural que haviam provocado o nascimento das Declarações dos direitos do homem e do cidadão nos dois lados do Atlântico</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn2#_ftn2" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman', serif;">[2]</span></a></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">”. A modernidade precisou matar o SUJEITO para triunfar. No plano da ética, o problema se torna bem mais crucial. A pergunta a ser feita, hoje, é se os valores éticos se constituem em padrões uniformes, imutáveis e universais ou devemos ter regras casuísticas de conduta? Devemos adotar a subjetividade ou a objetividade axiológica? A absolutividade ou relatividade dos valores éticos? A sua Igualdade ou hierarquia? </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Esses questionamentos permanecem ainda insolúveis, temos mais de três séculos de discussão sobre o triunfo da razão e o esboroamento das tradições ocidentais. E AGORA, o esgotamento da modernidade se transforma em sentimento de angústia e desencantamento do mundo. Surge a secularização e a separação entre o mundo dos fenômenos (da técnica) e o mundo do ser. De acordo com Habermas e a concepção weberiana, não nos aprisionamos mais em uma jaula de ferro. Contudo, parte da filosofia não se engaja na discussão do mundo novo, parte da filosofia permanece arrebatada na contemplação dos grandes pensadores, sem trazê-los para fermentar a realidade do cotidiano. Mudaram os mitos, apagaram-se as luzes e alguns pensam que a filosofia ainda pensa controla a situação. Na figura do burguês decadente, a filosofia </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">[...] segue enfadonha e cansadamente o seu caminho como se nada tivesse mudado. Como uma idosa viúva que, falida e depauperada, vivendo numa decadente mansão, caindo aos pedaços no limite da cidade, ainda faz de conta que sua família continua controlando a cidade...</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn3#_ftn3" title=""><span style="color: windowtext;">[3]</span></a><span style="color: black;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Com a modernidade, a ciência se isolou de qualquer referência à religião, decretando o exílio do sagrado, como se a única resposta para o homem se condicionasse ao discurso científico. A ciência moderna está empenhada em transformar o mundo com novas tecnologias, mas para que mudar o mundo se a ciência ignora o homem com suas crenças e valores? De que servem todas as conquistas científicas se não para benefício do homem? E onde está o encontro da ciência com os valores humanos?</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;"> Contudo, surgem as reações antimodernistas com Nietzsche, Freud, a Escola de Frankfurt, Michel Foucault e outros. Já no começo do séc. XIX (1818 – em “O Mundo como vontade e como representação”), Schopenhauer se distancia do mundo da razão e da técnica e afirmando que é preciso destruir o EGO, a ilusão da consciência e da ordem social, da racionalidade desenfreada do neoliberalismo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;"> Nietzsche combate Schopenhauer, mas adota a sua crítica individualista. Ele se coloca no interior da modernidade, reivindica a herança iluminista, particularmente de Voltaire, sobretudo pela reação volteriana ao cristianismo. No terceiro capítulo da obra A Gaia Ciência, Nietzsche (2002), nos deixa carregados de culpa, quando diz:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt 153pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Deus está morto. Nós o matamos. Deus permanece morto. E fomos nós que o matamos. Como nos consolar, nós, os assassinos dos assassinos? Aquilo que o mundo possuía até agora de mais sagrado e de mais poderoso perdeu seu sangue sob nossos punhais. Quem limpará esse sangue de nossas mãos? Que água lustral poderá jamais nos purificar? Que solenidades expiatórias, que cerimônias sacras precisaremos inventar?” [...] E continua: Quem quer que nasça depois de nós pertencerá, em virtude dessa mesma ação, a uma história superior a tudo o que foi história até agora!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Ao continuarmos a reflexão dessa problemática, convém nos situarmos dentro do contexto relacional da modernidade, do neoliberalismo e da globalização, para melhor trabalharmos o tema da ética e da crise da modernidade. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">2. A MODERNIDADE QUE TRAZ EM SEU BOJO O COGITO CARTESIANO, pelo excesso de racionalização, se instala no plano político-econômico com o neoliberalismo e a globalização, funcionando como a ditadura extremada da razão e a morte do SUJEITO. Como se sabe, o Neoliberalismo nasceu depois da II Guerra Mundial, na Europa e nos EEUU, como uma reação teórico-política ao Estado Intervencionista do Bem-Estar Social. O Estado do Bem-Estar Social surgiu no início do séc. XX, mas só se desenvolveu após a II Grande Guerra, se caracteriza pelo intervencionismo estatal em setores que antes eram reservados aos cidadãos, como setores econômicos estratégicos, siderurgia, energia, petróleo, telefonia, empresas, redação e distribuição de jornais. No Rio de Janeiro o Estado Brasileiro era responsável até por lojas de confecção de roupas, etc.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">3. O TEXTO-BASE DO NEOLIBERALISMO é “O caminho da Servidão”, de Friedrich Hayek, de 1944, no qual se atacavam os mecanismos de mercado, tendo como alvo o Partido Trabalhista Inglês, nas eleições de 1945.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">4. SE FIZERMOS UMA RETROSPECTIVA DOS PARADIGMAS ESTATAIS, o primeiro grande paradigma estatal é o Estado de Direito ou <u>Estado Moderno</u> que surgiu no séc. XVIII e se caracterizava pela mínima intervenção do Estado; o modelo liberal de Estado é substituído pelo <u>Estado do Bem-Estar Social</u>, grande, lento, ineficiente, draconiano, paquidérmico e injusto; na década de 70 surge o <u>Estado Democrático de Direito</u> que não abandona os paradigmas anteriores, simplesmente incorpora novos direitos, como os direitos difusos, direitos ambientais, do consumidor, etc.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">5. CONSOLIDOU-SE O NEOLIBERALISMO na Inglaterra, com Dama de Ferro; nos EEUU com Reagen; no Chile com Pinochet; na Bolívia com Banzer e Paz Estensoro; no México com Salinas; na Argentina com Menen; na Venezuela com Andréz Peres; no Peru com Fujimori; também no Japão, na Coréia, em Singapura, na Malásia e no Brasil aparece com Collor de Melo, etc. Na União Soviética, em nome do neoliberalismo, a <u>Perestroika de Gorbatchov</u>, retirou a Rússia do comunismo e a entregou à máfia russa.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">6. A NOVA VIRADA DOS ANOS 70 e 80 acelerou a industrialização, a aquisição de novas tecnologias, crescimento dos mercados. O Neoliberalismo tornou-se uma superestrutura ideológica e política que acompanha as transformações da história do capitalismo moderno.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">7. </span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">O NEOLIBERALISMO E A MODERNIDADE ROMPEM COM AS ESTRUTURAS CONCEITUAIS DO PASSADO e se apresentam como uma visão nova da realidade, “como (um) sistema unitário de conhecimento autocentrado na subjetividade</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn4#_ftn4" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman', serif;">[4]</span></a></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">”. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">8. É IMPOSSÍVEL ESTUDAR O NEOLIBERALISMO SEM EXAMINAR OS PRESSUPOSTOS DA MODERNIDADE. A modernidade, onde se insere o Neoliberalismo é uma perspectiva de superação do paradigma ontológico, cujo <b>embrião</b> nasceu na Reforma Protestante e do Renascimento, toma corpo e se acentua nos diferentes saberes e nas artes.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">9. PARA EXPRESSAR ESSES NOVOS TEMPOS fala-se em termos, tais como, fase pós-moderna, pós-industrial, pós-cristã, pós-quebra de paradigmas, etc.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">10. O NEOLIBERALISMO E A MODERNIDADE SÃO UMA RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO CAPITALISMO, que rompe com o passado e <u>se articula num horizonte aberto</u>, onde sempre cabem novas abordagens, geralmente megalomaníacas.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">11. PODEMOS ENTENDER A MODERNIDADE COMO A FRAGMENTAÇÃO DOS PARADIGMAS ESTABELECIDOS (construídos em unidades fechadas), que se abrem, sem medo, em direção ao novo, ao desconhecido. Há, inclusive, nesses novos tempos, o desejo incontido de avançar, de transpor limites, de sair do convencional, de se expor, de correr riscos, de ser diferente. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">12. É A NOVA DIÁSPORA, grupos humanos dispersos que tomam consciência de suas finitudes, de estarem aqui e agora imersos na existência e querem respostas, querem sair dos guetos tradicionais do pensamento ocidental e se aventurarem em direção a novas estruturas conceituais. Nesse sentido, a modernidade parece ser a maioridade da razão, ou quem sabe, o atrofiamento da razão, com a desumanização do homem.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">13. </span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A PARTIR DESSA PREMISSA, A MODERNIDADE É UM MARCO OUSADO, A ENCRUZILHADA DA RAZÃO, ou a forma de re/inventar novos corredores de pensamento que satisfaçam os questionamentos. <b>São novas leituras do mundo.</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">14. A GLOBALIZAÇÃO É FILHA ADULTERINA DO NEOLIBERALISMO: Com o advento da globalização, fala-se numa <i>multiplicidade sígnica</i>: multimídia, desterritorialização, transculturação e reterritorialização, que faz com que o homem do povo se torne um mero expectador, que não entende o enredo, mas assiste ao espetáculo. Apenas sabe dizer/falar o nome dos novos deuses, mas desconhece o esquema comunicativo do discurso, ele consome o pacote pronto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">15. FALA-SE NO FIM DA HISTÓRIA E NO FIM DA GEOGRAFIA</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn5#_ftn5" title=""><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman', serif;">[5]</span></a></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">. A geografia passa a ser a dos países centrais ou produtores e países periféricos ou consumidores; a história passa a ter o caráter de contemporaneidade e não-contemporaneidade. Assim, tempo e espaço possuem novas dimensões epistemológicas.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">16. SURGEM OS NOVOS MITOS: o mito da certeza racional (a razão torna-se o único instrumento para conhecer a verdade). O mito da cientificidade, do progresso, consumismo desenfreado, da subjetividade, etc. Na modernidade, os mitos que criamos foram deixados sem controle e tornaram-se loucos. Eles povoam o nosso cotidiano. Aqui se pode estabelecer a diferença entre alienação e consciência crítica (...?).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">17. O IMPACTO DO NEOLIBERALISMO NA CIDADANIA E NAS DEMOCRACIAS LATINO-AMERICANAS: O impacto negativo sobre os povos da América Latina; relativização da democracia e da soberania nacional dos Estados; pobreza, miséria e exclusão social; criando duas figuras: subcidadãos x sobrecidadãos ou os subintegrados x sobreintegrados; criando a febre privativista (entreguismo ao capital internacional); duas sociedades irreconciliáveis: pobres e ricos; império do mal com enormes custos sociais; egoísmo racional e individualismo solidário; submissão ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional o que conduz ao atraso econômico dos países pobres. A Dívida Interna Brasileira atinge a cifra de 600 Bilhões de reais, ultrapassando 50% do PIB. E a Dívida Externa Brasileira passa de 300 Bilhões de Dólares. Só em 2001, o Brasil pagou US$43 Bilhões aos credores internacionais, sendo que a dívida “per capita” é de US$1.387 dólares. Dentro desse contexto, o neoliberalismo é uma espécie de canibalismo, onde o grande e forte se alimenta do pequeno e fraco.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">18. A CRISE E O FUTURO DO NEOLIBERALISMO: O futuro do capitalismo será o próprio capitalismo, mais desumano, selvagem, predador ? Haverá outra perspectiva possível, quem sabe o fim do eurocentrismo e do centralismo dos EEUU? De qualquer forma é inegável admitir que, o Neoliberalismo sobrevive pela incapacidade das esquerdas. Para Perry Anderson o pós-neoliberalismo pode desembocar no neo-socialismo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">19. COM O NEOLIBERALISMO E A GLOBALIZAÇÃO, com a idéia de países produtores e massa consumidora, despersonalizada, como adaptar a essa realidade às necessidades de afirmação do individuais? Segundo, Touraine (1994), o homem moderno está ameaçado pelo poder absoluto do EGO, pela idéia de massa, pelo totalitarismo da sociedade de consumo. O pensamento contemporâneo está marcado pela luta entre o Ser perdido e o ser-no-mundo, entre o niilismo triunfante depois da morte de Deus, do logos divino e das idéias platônicas e a idéia de homem como portador de tradição, de cultura e de história. Com a demolição do pensamento anterior, do SER PERDIDO, se cria algo novo, que não é o EGO individual (identificado como razão, que é conservador, medieval, carregado da idéia de rebanho, de massificação) e também não é o SI-MESMO (SELF), construído pela sociedade, mas a emersão do SUJEITO. A partir de Nietzsche e Freud o indivíduo deixa de ser concebido como trabalhador, consumidor, cidadão, deixa de ser um ente social e se torna um ser de desejo, em Ser individual, um SER privado. O SUJEITO é redefinido: não está mais ligado a Deus, a razão e a história. Deus está morto, a razão se tornou instrumental e a história está dominada pelos Estados Unidos da América e pela União Européia. “O SUJEITO também não é a alma em oposição ao corpo, mas o sentido dado pela alma ao corpo, em oposição com as representações e as normas impostas pela ordem social e cultural</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn6#_ftn6" title=""><span style="color: windowtext;">[6]</span></a><span style="color: black;">”.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">20. A PASSAGEM DO INDIVÍDUO, AO SUJEITO E AO ATOR: “O SUJEITO é a vontade de um indivíduo de agir e de ser reconhecido como ator</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn7#_ftn7" title=""><span style="color: windowtext;">[7]</span></a><span style="color: black;">”. O indivíduo é a unidade particular onde se misturam a vida, o pensamento, a experiência e a consciência. O SUJEITO é a passagem do id ao ego. O EGO é construído pela cultura e mata as possibilidades do SUJEITO. O EGO é o indivíduo consumidor que se submete às instâncias do Estado. O EGO é a afirmação como experiência de massa, reforça a inação das diferenças, fica preso ao sistema. Ele conserva a modernidade, mas não a transforma. Nesse caso, como recuperar essa falta da dialogicidade entre a razão e o SUJEITO? Se de um lado, o SUJEITO sem a razão se fecha na obsessão de sua identidade e, de outro, a razão sem o SUJEITO se torna instrumento de poder? Parece que a resposta está no próprio SUJEITO, O SUJEITO paira sobre tudo, está suspenso entre o céu e a terra, em constante construção, recria as suas razões ou ele deixa de ser SUJEITO, deixa de ser ATOR da história e volta a ser o indivíduo, isso porque a idéia de SUJEITO não pode ser separada da idéia de ATOR SOCIAL. O ATOR, por sua vez, é o inverso do SI-MESMO, porque é aquele que em vez de desempenhar os papeis que correspondem a seu status, constrói o campo social a partir da subjetivação. Não existe ATOR sem SUJEITO e não existe SUJEITO sem ATOR. O SUJEITO é uma reflexão do indivíduo sobre a sua própria identidade, por isso a idéia de SUJEITO está na contra-mão do pensamento moderno, está na contra-mão do neoliberalismo e da globalização . A subjetivação é a transformação do indivíduo em SUJEITO. Em Michel Foucault a subjetivação é uma forma de sujeição, com o aparecimento da idéia de construção do ‘homem interior, psicológico’. O SUJEITO não é impessoal, como Deus, a razão, a história. Nessa mudança, o EGO se parte em dois: de um lado o SUJEITO (associado à liberdade, à visão crítica do mundo) e de outro, o SI-MESMO (SOLT) (associado à natureza e a sociedade, o SI-MESMO é mera reprodução da realidade). O SUJEITO descobre que na ética, entre a lógica do bem e do mal, existem condutas neutras, técnicas, rotineiras, mas o bem e o mal aparecem desde que uma conduta seja social, desde que ela vise modificar o comportamento de um outro ATOR SOCIAL.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">21. A ÉTICA E A RELIGIÃO SÃO ESPAÇOS DE EXPERIMENTAÇÃO DO SUJEITO: A modernidade é a ruptura com o sagrado, é o dilaceramento do sagrado, a perda da idéia de mistério, da linguagem inconsciente, algo que está mais além (o ainda não), que se constitui numa ordem simbólica, num campo aberto a vários campos de sentido. Por isso, nunca se esgotam as possibilidades de interpretação dos símbolos religiosos, eles são arquétipos com cunho transpessoal e estão na raiz da nossa experiência existencial. Ao entrar na modernidade a ética e a religião entraram em crise, uma vez que na sociedade da técnica não há mais lugar para a tradição. Para sobreviver na modernidade, a religião e a ética necessitam adquirir a idéia de SUJEITO, algo semelhante à experiência amorosa, que descobre a subjetividade. Sendo assim, a religião e a ética se transforma em uma âncora de resistência à modernidade avassaladora. A religião e a ética ao ousar sair do EGO individual, forçam a emergência do SUJEITO, deixando para traz o espírito de rebanho que é a conservação do EGO, conservação do indivíduo preso no contexto sócio-cultural. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">22. DIRÃO QUE ESTOU FALANDO MUITO POUCO SOBRE ÉTICA e muito sobre as estruturas do pensamento que perpassa a modernidade. Contudo, o que é a ÉTICA, a exteriorização da conduta, se não aquilo que, no nosso âmago, acreditamos como certo, não porque os outros dizem que é conduta correta, mas porque a nossa interioridade nos dá essa certeza? Enquanto permanecermos no EGO construído pela nossa cultura não a possibilidade de uma catarse individual, da descoberta de algo que é nosso, como a construção do SUJEITO que recria as suas razões. A modernidade já foi muito longe. A modernidade matou Deus. Em Nietzsche “Deus está morto”. Foi o que aconteceu com a religião, a racionalização da realidade destruiu o marco referencial da fé, destruiu as distinções entre o temporal-espiritual, e natural-sobrenatural. A modernidade pensa que superou o dualismo<b> </b>entre o sagrado e o profano, negando o sagrado, como um enxerto artificial que se insere na realidade da vida. A modernidade esqueceu que o sagrado não é distinto do cotidiano, não é um não-mundo ou um antimundo. Quando Tertuliano diz que “acredito porque é impossível”, está querendo dizer que a há um ponto de conexão, onde a razão não chega sozinha. Está querendo dizer que o homem necessita da sensibilidade, da emoção e do mistério, tanto quanto a razão. Necessita de<b> </b>algo além de toda a esperança humana ou “o sucesso prometido além de todos os fracassos”</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn8#_ftn8" title=""><span style="color: windowtext;">[8]</span></a><span style="color: black;">. É impossível alcançar uma definição exata desse “acredito por que é impossível”, de Tertuliano; e o melhor que podemos fazer é sugerir uma abordagem "em torno do tema", porque essa frase representa um enigma profundo, que ultrapassa a nossa compreensão racional: (...) uma parte do seu sentido permanecerá sempre intangível e avessa à formulação de uma resposta racional. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">23. A CONSTRUÇÃO DO HORIZONTE DE ESPERANÇA: Como recuperar a tradição ética e a idéia de comunidade dentro de uma nova definição de modernidade? Isso porque, a modernidade que está posta, é pura massificação, dominação e opressão. A resposta está centrada na visão crítica do SUJEITO. A presença do SUJEITO no indivíduo, coloca o indivíduo no mundo, ele se abre para ser-com-os-outros, a partir da exterioridade do Outro como sujeito ético, com rosto e com corporeidade, que grita e reclama justiça. As religiões demonstram que da queda do SUJEITO, da consciência do pecado, nasce o apelo à graça e à redenção. O SUJEITO se reconhece e se define por reunir o que está separado. “A religião do futuro é substituída pouco a pouco pela saudade do SER, pelo pesar daquilo</span><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftn9#_ftn9" title=""><span style="color: windowtext;">[9]</span></a><span style="color: black;">” que perdemos. Para o cristianismo, e preciso amar o próximo como criatura de Deus e amar Deus no próximo. Essa máxima cristã pode ser dita na nova modernidade, como o ato de reconhecer o outro como SUJEITO, uma vez que é na relação amorosa ou amigável que o SUJEITO se afirma. E aqui, no aparecimento do SUJEITO torna-se atual o BANQUETE de Platão (em Platão, o amor é uma resposta espiritual, e mesmo que haja a presença da corporeidade, ela não aprisiona o amor. O amor é a inesgotável contemplação do SER). É a relação amorosa que separa os determinismos sociais, nascidos do indivíduo e faz a emersão do SUJEITO ÉTICO. O fundamento da nova ética não está no legalismo (cultura), no naturalismo (na seleção natural), no relativismo, no hedonismo. O fundamento da nova ética está centrado no SUJEITO que descobre o outro, descobre o verdadeiro sentido da alteridade. Incrível!!! Caminhamos por tantas estradas, defendemos tantas teorias ao longo desses três séculos, para por fim, resignados, descobrirmos que a nova ética é a mesma ética defendida pelo cristianismo, desde o início: Reconhecer o outro como SUJEITO, uma vez que é nessa relação amorosa ou amigável que os SUJEITOS se afirmam. Essa afirmação do homem como SUJEITO de sua própria história, demonstra que ninguém realiza ninguém e ninguém se realiza sozinho, só nos realizamos no ENCONTRO. </span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">REFERÊNCIAS </span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">ANDERSON Perry et al. <b>Pós-liberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático</b>. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996 </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">BERGER, Peter L.<i> </i><b>A Revolução capitalista</b>. Belo horizonte: Itatiaia , 1992.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black;"><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">CRUBELLIER, M. <b>Sens de L'Histoire et Religion</b>, Desclée de Brouwer, 1957</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">JAMESON, Fredric. <b>Pós-modernismo: A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio</b>. São Paulo: Ática, 1997.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">___________. <b>O Pós-modernismo e a sociedade de consumo</b>. In: KAPLAN, E. Ann. <b>O mal-estar no pós-modernismo: teorias e práticas</b>. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">IANNI, Otávio. <b>Teorias da Globalização</b>. Editora Civilização A Brasileira, 1996</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black;"><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">LYOTARD, Jean-François. </span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">O Pós-moderno</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">MARQUES, Mário Osório. <b>Conhecimento e Modernidade em Reconstrução</b>. Ijuí: UNIJUÍ, 1993</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">MARCUSE, Herbert. <b>Ideologia da Sociedade Industrial</b>. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">MERQUIOR, José Guilherme. <b>De Praga a Paris</b>. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">NIETZSCHE, Freidrich Wilhelm. <b>A Gaia Ciência</b>. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">SANTAELLA, Lúcia. Pós–Modernismo e Semiótica. CALHUB, Samira (org.). <b>Pós-modernismo & Semiótica, Cultura, Psicanálise, Literatura, Artes Plásticas</b><i>. </i>Rio de Janeiro: Imago, 1994.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">STEUERNAGEL, Valdir R. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana rumo ao ano 2000. <b>Estudos Teológicos</b>. São Leopoldo-RS, 36 (1): 82, 1996</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">TOURAINE, Alain. <b>Crítica da Modernidade</b>. Petrópolis, Vozes, 1994.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref1#_ftnref1" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[1]</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> TOURAINE, 218.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref2#_ftnref2" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[2]</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Id., p. 219.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref3#_ftnref3" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[3]</span></a></span><span style="color: black;"><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Referindo-se ao protestantismo histórico americano, Stanley Hauerwas & William Willimon, cit. ap. Tom SINE, Wild Hope, Word Publishing, Dallas, 1991, p. 196; (Cfe. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Steuernagel, Valdir R. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana rumo ao ano 2000. Estudos Teológicos. São Leopoldo-RS, 36 (1): 82, 1996). Nesse mesmo sentido, Bobbio afirma que “O filósofo que se obstinar em permanecer só termina por condenar a filosofia à esterilidade.” (1992, p. 24).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref4#_ftnref4" title=""><span style="color: windowtext;">[4]</span></a><span style="color: black;"> HABERMAS, apud Mário Osório Marques. <b>Conhecimento e Modernidade em Reconstrução</b>. Ijuí: UNIJUÍ, 1993, p. 41.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref5#_ftnref5" title=""><span style="color: windowtext;">[5]</span></a><span style="color: black;"> IANNI, Otávio. <b>Teorias da Globalização</b>. Editora Civilização A Brasileira, 1996. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref6#_ftnref6" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[6]</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> TOURAINE, p. 222.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref7#_ftnref7" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[7]</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> p. 220.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref8#_ftnref8" title=""><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">[8]</span></a></span><span style="color: black;"><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">M. Crubellier. Sens de L'Histoire et Religion, Desclée de Brouwer, 1957, p. 187.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><a href="http://www.via-rs.com.br/pessoais/joseluongo/etica.htm#_ftnref9#_ftnref9" title=""><span style="color: windowtext;">[9]</span></a><span style="color: black;"> Id. p. 382.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-79068054762074085552011-02-10T07:56:00.000-08:002012-06-06T14:34:02.545-07:00... AINDA EXISTE O PECADO?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> José de Deus Luongo da Silveira </span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_TfbkYuN6C6mDvz5fhcYUK0Wrwmiy6O0MtB8knetDgCf1giRclw0JjeIIYD9c8xPdYoh5dca0ycSZEzylzzzBPjkG6EwD-12O0V5SyYo96-PvYkcwDJZ_eucUSeW3lgcy_JF3MyPWKQ/s1600/images+(5).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_TfbkYuN6C6mDvz5fhcYUK0Wrwmiy6O0MtB8knetDgCf1giRclw0JjeIIYD9c8xPdYoh5dca0ycSZEzylzzzBPjkG6EwD-12O0V5SyYo96-PvYkcwDJZ_eucUSeW3lgcy_JF3MyPWKQ/s1600/images+(5).jpg" /></a></div>
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> “</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Não existe pecado do lado de baixo do equador...”</span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Chico Buarque</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">“<span style="color: black;">Tudo o que Deus criou é bom e só o que ele criou existe. Portanto, pecado é uma ilusão, ele não existe, pois Deus não o criou”. </span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Shigueoka</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Para a tradição ortodoxa, o Mal “não tem substância, mas é a falta do Bem, (...) é desarmonia, ausência de beleza, de vida, de inteligência”.</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Teólogo Ortodoxo Lambros Siassos </span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> “Ó feliz culpa! (de Adão e Eva) Que nos trouxe o benefício de um tão grande Salvador!”. </span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Santo Agostinho.</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">“Não consigo entender o que faço; não pratico o que quero; pois não pratico o bem que quero, mas faço o que detesto. Não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero. Ora, se eu faço o que não quero, já não sou eu que estou agindo, e sim o pecado que habita em mim. Constato pois a lei: quando eu quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Eu me comprazo na lei de segundo o homem interior; mas percebo outra lei em meus membros, que peleja contra a lei de minha razão e que me acorrenta à lei do pecado que existe em meus membros”.</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Rm. 7, 15-23.</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">1.<span style="font-family: 'Times New Roman';"> </span></span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">O SURGIMENTO DA IDÉIA DE PECADO, DE TABU OU DE INTERDITO</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> É possível que inicialmente a idéia tabu e de interdito não tivesse conotação religiosa, surgindo da experiência casual se constituísse na primitiva forma de organização da sociedade, que estabelecia padrões para regular a insipiente vida comunitária. A experiência e o fascínio do sagrado, esse <i>encantamento do mundo</i>, num primeiro momento, poderia ser não-religioso e estar ligado à experiência duma ontofania, onde o sagrado permeia toda a realidade e <i>exprime a significação incondicionada</i></span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn1" title=""><span style="color: black;"><b><i><sup>[1]</sup></i></b></span></a><span style="color: black;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O homem percebeu-se, desde cedo, mergulhado numa complicada rede de experiências concretas que vão das motivações biológicas às influências do grupo social, envolvendo a apreensão de imagens, de circunstâncias e fatos que povoam seu cotidiano. Como ser biológico, o homem vive e sente, mas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 18.9pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 18.9pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 18.9pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Não possui ele a inocência do animal, que pode abandonar-se à sensibilidade e ao instinto para orientar-se na vida; mas primeiro, deve conhecer bem o que ele é, e logo, conhecer o mundo e a realidade de que faz parte, e depois viver, orientar-se livremente, de conformidade com este conhecimento profundo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref2"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn2" title=""><span style="color: black;"><sup>[2]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> A partir dessa ótica, a realidade toda se apresenta como um campo aberto, com diferentes graus de <i>comunicação,</i> mas passível de ser investigada e interpretada. O homem emerge da inteligência concreta, atrelada só às experiências vividas, e penetra no mundo das idéias abstratas, graças à representação simbólica do mundo da linguagem</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref3"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn3" title=""><span style="color: black;"><sup>[3]</sup></span></a><span style="color: black;">, somente nesse ponto é que emerge a idéia de pecado, de transgressão e culpa. Diante do sagrado se estabelece uma estrutura de dialogicidade e de conflitualidade. É evidente a ambivalência do sagrado que se apresenta benéfico e maléfico e onde o sacrifício apazigua e aplaca a ira dos deuses, por causa do pecado dos homens. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Reconhecemos que se torna difícil qualquer incursão no tempo para reconstituir o passado do homem, o seu modo de vida primitivo, as suas relações com a natureza e a irrupção do divino na trama do mundo. As fontes disponíveis são meros relatos míticos, inscrições e objetos que, de algum modo, refazem o cotidiano do homem durante a fase que vai do eolítico à revolução neolítica. Um recurso disponível de grande alcance, a serviço da sócio-antropologia, é o exame do estilo de vida das comunidades primitivas de hoje, as quais levantam a ponta do <i>iceberg</i> sobre o paulatino desenvolvimento da inteligência, os hábitos de vida e os regramentos sociais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> A primeira fase de interpretação do mundo caracterizou-se pela alternância entre o desejo e o medo, entre a realidade pré-reflexiva das emoções e a angústia do desconhecido, entre o mundo visível, “concebido como repetição de um ato mítico</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref4"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn4" title=""><span style="color: black;"><sup>[4]</sup></span></a><span style="color: black;">”,<i> </i>e o mundo invisível e imaginário. Entretanto, o ato de modelar a realidade, muito embora de modo fragmentário, já começou na pré-história. O mundo não-reflexivo não é de indiferença em face aos fenômenos naturais. Desde cedo a ação humana se faz sentir através de uma interpretação da realidade, a partir do desejo de dominar os fatos e acontecimentos a que estava sujeita. Essa fase não-crítica constrói um conjunto de verdades intuídas capaz de dar suporte às indagações sobre o mundo. O toque do sagrado perpassa todas as coisas, revelando dramaticamente uma <i>gnose</i> intuída, para tentar compreender o enigma da vida e do universo. Nessa fase, os rituais mágicos desempenham o papel de aplacar a ira dos deuses e fortalecer a confiança do homem em si mesmo. A perspectiva do sagrado parte do pressuposto de que o inexplicável depende de ações mágicas, para se tornar propício aos desejos e interesses da tribo ou do grupo. O sacrifício de uma vítima tem o poder para instaurar e restaurar a ligação entre o povo e a divindade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A manifestação da consciência coletiva, marcada pelo medo, gera inicialmente o culto às misteriosas forças da natureza e, mais tarde, às divindades funcionais que regulavam os diferentes ciclos da natureza. Permanece atrelada ao coletivo a consciência do <i>eu</i>, de tal modo que a adesão, sem críticas, às tradições do grupo comunitário, modela toda a realidade percebida, onde o pecado individual tem as conotações de coletivo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O indivíduo se move dentro de um mundo dinâmico, onde as funções e atividades exercidas pelos diferentes segmentos têm a aceitação dos demais membros da comunidade. É indiscutível que os mais espertos manipulavam a realidade, sob o manto do fantasioso sagrado livremente aceito, para incutir o medo e a insegurança do desconhecido nos demais componentes do grupo. Mesmo porque as regras de conduta social eram ditadas pelos chefes que acreditavam/afirmavam sua procedência divina. É perfeitamente crível que, num primeiro momento, tenha sido esse o entendimento; porém, com o tempo e o desenvolvimento nas relações tribais, aproveitadores manipulavam a estrutura social de acordo com a sua vontade, para obter prestígio ou a preservação de sua autoridade total sobre o grupo liderado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 9.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Juntamente com os sacrifícios de animais e humanos</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref5"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn5" title=""><span style="color: black;"><sup>[5]</sup></span></a><span style="color: black;">, para a expiação dos pecados do povo, os banimentos do grupo tribal constituíam as mais elaboradas formas de dominação e opressão das sociedades primitivas. As freqüentes exclusões sociais, como forma de banimento na sociedade primitiva, faziam com que o excluído, muito embora continuasse presente, tivesse a sua presença física ignorada e, portanto, acabasse desassistido pela comunidade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Desde o início, está presente o critério de domínio do grupo sobre o indivíduo. À adesão irrestrita ao grupo tribal corresponde a única forma de sobrevivência possível. Toda a consciência mítica é perpassada pela experiência comunitária, onde o indivíduo existe em função do grupo a que pertence. A consciência de si mesmo como indivíduo é relativizada pela preponderância do coletivo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref6"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn6" title=""><span style="color: black;"><sup>[6]</sup></span></a><span style="color: black;">. Na verdade, é a aceitação tácita do coletivismo sem nenhum traço de individualidade. A consciência mítica funciona como </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 18.9pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">um processo que foi se sedimentando aos poucos, de modo comunitário, ‘vivo’ e rico em significação e que surgiu espontaneamente no meio do povo, como uma resposta intuída, embora seja possível que a então dominante casta sacerdotal tenha sido responsável por sua manutenção e interpretação</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref7"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn7" title=""><span style="color: black;"><sup>[7]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Encontra-se, como elemento comum nas diferentes culturas pré-históricas, a fase das divindades funcionais, encarregadas dos diferentes ciclos da vida. É possível que também tenha aparecido uma elaborada casta sacerdotal para a prática de rituais mágicos, a fim de aplacar a ira dos deuses. Aproveitando-se dessa estrutura, pode ter surgido a mais terrível forma de dominação, com a prática reiterada de sacrifícios humanos, sob o pretexto de proteger as colheitas e as vidas da ira das deidades</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref8"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn8" title=""><span style="color: black;"><sup>[8]</sup></span></a><span style="color: black;">. O critério expiatório das transgressões do povo centrava-se nos ritos sacrificais, <i>“</i>o sacrifício da culpa ou da reparação<i>”</i> e, muitas vezes, exigia imolações humanas. A idéia fundamental dos holocaustos e a significação do derramamento de sangue era o centro da noção de sacrifício que não dependia do querer humano, mas exclusivamente da vontade dos deuses, revelada à casta sacerdotal. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Já entre os hebreus, no culto oficial, era comum o sacrifício de animais, quando a carne da vítima ou só as gorduras eram consumidas sobre o altar em honra de Javé. Havia também a refeição sacrifical, em que o povo consumia a carne do sacrifício - o ato de “comer e beber na presença de Javé</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref9"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn9" title=""><span style="color: black;"><b><sup>[9]</sup></b></span></a><span style="color: black;"><i>”.</i> O centro da idéia de sacrifício do povo hebreu era uma tentativa de obter a bênção sobre os rebanhos e frutos. Essas oferendas santificavam os rebanhos e os frutos da terra. Havia também entre os israelitas a idéia de sacrifícios expiatórios pelos pecados do povo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref10"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn10" title=""><span style="color: black;"><sup>[10]</sup></span></a><span style="color: black;"> e até mesmo a compreensão de que Javé se alimentava das oferendas</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref11"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn11" title=""><span style="color: black;"><sup>[11]</sup></span></a><span style="color: black;">. Na América, na Ásia e em outros continentes, há inúmeros vestígios de sacrifícios humanos; a própria Bíblia relata o sacrifício de crianças, considerando-o como uma profanação</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref12"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn12" title=""><span style="color: black;"><sup>[12]</sup></span></a><span style="color: black;">, realizada por povos vizinhos</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref13"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn13" title=""><span style="color: black;"><sup>[13]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A questão é saber se, do período Paleolítico Inferior ao Neolítico, essas práticas ritualísticas emergiram só da convicção religiosa, nascidas do imaginário coletivo, ou se constituíram-se, aos poucos, num instrumento de dominação e controle sobre o grupo social. Parece óbvio que, desde a primeira forma de organização social, os detentores do poder criaram instrumentos para a regulação de seus interesses e privilégios pessoais, camuflados por uma cosmovisão religiosa, que carregava a idéia de pecado e de culpa, essa última advém da violação do costume. Examinando-se as sociedades pré-históricas, percebe-se quão antigo é o processo de dominação. São milhares e milhares de anos de opressão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Para o homem primitivo, mergulhado numa estrutura mágica, onde “o mito é a primeira fala sobre o mundo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref14"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn14" title=""><span style="color: black;"><sup>[14]</sup></span></a><span style="color: black;">”<i>, </i>a realidade é essencialmente dogmática. Aliás, ainda hoje, quanto mais atrasada é uma comunidade ou instituição, mais presa a conceitos fixos e rijos se encontra. Nesses contextos, as regras de conduta coletiva se tornam, aparentemente, tão evidentes que não se admite contestação, criando o que se convencionou chamar de <i>“tabu”</i>. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> A passagem da realidade pré-lógica para a racionalidade reflexiva teria sido o resultado de um longo despertar, onde a interpretação mítica vai cedendo lugar à percepção da individualidade</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref15"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn15" title=""><span style="color: black;"><sup>[15]</sup></span></a><span style="color: black;">. O “eu” vai desaparecendo como personagem</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref16"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn16" title=""><span style="color: black;"><sup>[16]</sup></span></a><span style="color: black;"> mergulhado no grupo social e toma consciência de sua individualidade. Contudo, essa ruptura total entre <i>“mythos”</i>, o componente mágico da realidade, e <i>“logos”</i> nunca aconteceu. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 18.9pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Era de se esperar que os avanços científicos e tecnológicos decretassem a morte do mito, como uma forma de saber ingênuo situado na distante pré-história. Houve, inclusive, alguns pregoeiros, como Augusto Comte, que decretaram a morte do mito (...). Para o moderno racionalismo parece haver inteira oposição entre o mito e a coisificação do pensamento científico. Entretanto, por mais absurdo que pareça, a moderna ciência fez renascer o mito, tornou o mito possível à medida em que se arvora na única resposta para a realidade - criando o mito da cientificidade... da certeza racional, do progresso, da liberdade, da democracia, da justiça, da paz, da segurança, do bem comum...</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref17"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn17" title=""><span style="color: black;"><sup>[17]</sup></span></a><span style="color: black;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">2.</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">PECADO DE MAIS E PECADO DE MENOS</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Para os Judeus toda enfermidade tinha origem moral e era causada pelo pecado pessoal ou dos pais</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref18"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn18" title=""><span style="color: black;"><sup>[18]</sup></span></a><span style="color: black;">. Vivia-se sob a égide do pecado. Jesus cura o paralítico dizendo: “Perdoados te são os teus pecados</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref19"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn19" title=""><span style="color: black;"><sup>[19]</sup></span></a><span style="color: black;">”. No tempo de Jesus a noção de pecado era distorcida e no mundo de hoje é banalizada. Parece que o homem opta por viver os extremos: “tudo é pecado” e “nada é pecado”. A idéia de que “tudo é pecado” carrega consigo um acidente no programa que Deus estabeleceu na Criação e que o homem não cumpriu. Em razão desta culpa, o homem durante toda a sua existência, vive uma dualidade, como diz São Paulo: quer o bem, mas faz o mal que não quer. Trata-se de um paradoxo racionalmente insustentável: em um mundo não linear é exigido do homem uma linealidade absoluta. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 12pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Parece que o mundo ocidental ainda está impregnado do dualismo maniqueísta: tudo o que o que no homem não é bom, é mau. Só existem o mal e o bem. Tal assertiva padece de uma veracidade já na sua origem, porque existem realidades que não são nem boas e nem más, não estão subordinadas ao crivo do certo e do errado. É impossível dizer quão longe o homem pode levar as suas próprias convicções sobre o bem e o mal. No testemunho da história, muitos mataram e morreram pelo que acreditavam serem <i>verdades</i></span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref20"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn20" title=""><span style="color: black;"><b><i><sup>[20]</sup></i></b></span></a><span style="color: black;">. Com essa radicalização, o homem torna-se escravo do seu próprio discurso e dele se convence, tão sinceramente, que é capaz de dedicar uma vida inteira à consecução de suas idéias. A compreensão maniqueísta de dividir as coisas entre verdadeiro/falso ainda faz parte do cotidiano das pessoas, cria motivações, projetos de vida e uma decodificação de toda a realidade percebida. São juízos de valores que estão presentes nas mais diferentes manifestações da existência humana. Dessa forma, o homem está preso no labirinto de suas estruturas conceituais e nessa construção ideológica</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref21"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn21" title=""><span style="color: black;"><sup>[21]</sup></span></a><span style="color: black;"> investe a sua própria felicidade. Todo o processo de criação de estruturas conceituais que refletem a realidade dos valores e interesses, como a finalidade da existência, a presença do pecado e do mal etc.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 12pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> E aqui está o grande paradoxo da existência, o intransponível labirinto das estruturas conceituais. O homem não tem saída, está literalmente preso nessa prisão sígnica entre o bem e o mal, entre o pecado e a graça. O sentido mais remoto da idéia de bem está associado à idéia de felicidade, como destino da humanidade; por conseqüência, há o desejo de tender a esse bem como dever manifesto pela consciência. A natureza do bem é um poder que constrange, é uma necessidade racional que se manifesta na conduta moral e legal. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> No des/modelar para modelar de novo, mesmo que o homem migre para um novo paradigma, libertar-se-á de uma <i>estrutura-modelo</i> para se tornar cativo de outra. Não há saída, não há forma de romper com o passado sem se abrigar em outras servidões. As nossas idéias nos definem, nos transformam e a luta pelo novo, pela mudança, é continuidade enquanto somos capturados em novos vínculos. Contudo, se é impossível a existência humana sem esse suporte, tal não pode ser absolutizado com a promoção da <i>cultura da</i> <i>intolerância,</i> a ponto de se tornar difícil a convivência com outras percepções da realidade. Na sociedade pós-moderna, a <i>cultura da intolerância</i> está assumindo proporções perigosas; o divergente/diferente não só não é aceito, como se cria uma série de obstáculos à sua existência no convívio social</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref22"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn22" title=""><span style="color: black;"><sup>[22]</sup></span></a><span style="color: black;">. O caminho da diversidade na unidade, do pluralismo, da inclusividade, parece ser a única resposta aceitável. Saber conviver com pontos de vista discordantes - o embate das idéias - aprofunda ou derriba as nossas certezas parciais, provisórias e precárias</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref23"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn23" title=""><span style="color: black;"><sup>[23]</sup></span></a><span style="color: black;">; isso só é possível quando não nos submetemos ao germe da radicalização. <i> </i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Aqui cabe uma reflexão maior sobre o problema do pecado e do mal, sob o qual tem se debruçado a filosofia e a teologia durante todo o tempo. A pergunta que tem perpassado o pensamento filosófico e teológico é: se Deus é a infinitamente bondade e onipotência, por que existe o mal, o pecado e o sofrimento? Se permite, onde está a sua bondade e se nada pode fazer, no que consiste a sua onipotência? Esse tem sido o argumento central na negação da existência de Deus. É claro, que esse dualismo grego foi suplantado pela concepção do livre arbítrio. Numa visão teológica, percebe-se que o livre arbítrio existe também nas esferas angelicais, a partir do qual se pode defender a idéia de que o mal é o mecanismo para a afirmação do bem, da mesma forma de que se não houvesse a liberdade de escolha não haveria a meritoriedade das ações humanas. Parece que toda a ação humana só pode ser motivada pelo bem. É um bem que leva o sujeito a agir, mesmo que realize o mal por fraqueza de vontade ou por ignorância. Essa é a tese de Descartes: </span><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">“omnis peccans est ignorans”.</span></i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Temos uma vontade orientada para o bem, mas sucumbimos ao mal e ao pecado</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 12pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A solução do problema do mal e do pecado parece atingir a excelência especulativa em Agostinho, quando afirma que o mal não existe, ele é fundamentalmente a ausência do bem e resolve-se mediante a redenção, em Cristo. Para Agostinho, a vontade humana pode ser má, contudo, não é causa eficiente, mas deficiente, visto que o mal não tem realidade metafísica, já que <i>Deus fez boas todas as coisas</i>. Como com o mal o homem não pode lesar a Deus, prejudica-se a si mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">3.<span style="font-family: 'Times New Roman';"> </span></span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">O PECADO E A CULPA NA TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃ</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> A base da civilização ocidental encontra-se engastada nas concepções greco-romanas que absorveram a cultura religiosa judaico cristã. Nesse particular, se insere o problema da culpa. Somos uma civilização dominada pela idéia do pecado e da culpa. O pecado acarreta a noção de culpa e a culpa nos persegue desde crianças, como um fantasma imaginário, que não tem existência real, contudo, continua a assombrar o nosso cotidiano. Quanto ao pecado não há diferença entre os homens: “…todos estão sob o domínio do pecado. Assim está escrito: Não há justo algum, nem um sequer</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref24"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn24" title=""><span style="color: black;"><sup>[24]</sup></span></a><span style="color: black;">” e ainda, “Do coração dos homens saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios…</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref25"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn25" title=""><span style="color: black;"><sup>[25]</sup></span></a><span style="color: black;">”. A cultura ocidental dominada pela culpa, pelo pecado e pelo medo fez com que Freud se referisse à religião como uma forma de neurose coletiva, onde se aterroriza com o sofrimento eterno, em detrimento do amor, do perdão e da misericórdia de Deus. O cristianismo, principalmente a partir período medieval, passa a ser uma religião causadora de culpa, quando considera de que a nossa natureza é mais voltada para o mal do que para o bem. A idéia de que somos maus por natureza, o sentimento de culpa de nossa maldade, abandono e danação, desenvolve a neurose obsessiva no ser humano, quando a religião deveria priorizar o perdão e a misericórdia de Deus: “... não fiquem aflitos, nem tenham medo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref26"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn26" title=""><span style="color: black;"><sup>[26]</sup></span></a><span style="color: black;">”. Segundo a Carta da Comunidade de Taizé</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref27"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn27" title=""><span style="color: black;"><sup>[27]</sup></span></a><span style="color: black;">, o pecado conduz ao remorso, cuja saída pode ser o desespero ou o arrependimento. O documento de Taizé conclui que talvez não haja arrependimento sem remorso.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O conceito judaico de pecado foi sendo adaptado através dos tempos. Inicialmente significava a violação do interdito, do tabu, que deveria ser reparado pelos sacrifícios expiatórios. Posteriormente, a idéia de pecado foi se ampliando, passando a distinguir os pecados contra Deus, que podem ser expiados pelo regresso a Deus, retorno (“T<sup>e</sup>shuvá”, em hebraico) e os pecados contra a humanidade que podem ser reparados pelo perdão daquele que foi agravado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Além do mais, a concepção de pecado no judaísmo, assim como nas demais religiões monoteístas, carrega consigo um outro pecado, a idéia da supremacia masculina. Deus, sacerdotes e profetas apresentam valores patriarcais. O mito da criação em Gênesis diz que: “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref28"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn28" title=""><span style="color: black;"><sup>[28]</sup></span></a><span style="color: black;">”. Mais, a mulher, por ser inferior, provocou a queda da raça humana</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref29"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn29" title=""><span style="color: black;"><sup>[29]</sup></span></a><span style="color: black;">. Nesse período, o sagrado feminino foi demonizado, declarado impuro, só reabilitado, mais tarde, no cristianismo, através da figura da Virgem Maria. O mito criador ignorou uma verdade biológica que a ciência agora conhece, com certeza, de que todo o feto humano é feminino nos primeiros dias de vida. A ciência já sabe que primeiro nasceu a mulher, pois, a característica masculina, o “y” vai aparecer mais tarde, no período de gestação.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Nesse contexto, torna-se interessante a visão platônico-agostiniana, no qual o mal que existe no homem não tem existência real (é causa deficiente e não causa eficiente). Isto significa que o mal encontrado na natureza humana não possui substância ou estrutura ontológica, é tão somente a negação do bem ou o não-ser, deste modo, toda essa desordem não tem realidade metafísica. Aspira o existente humano ao perfeito, ao sublime, entretanto, aprisiona-se em desvalores<b>.</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> O homem conhece a realidade dos valores a partir de sua dimensão antropológica, em relação ao seu próprio ser e em relação ao modelo ideal, não há outro caminho. Agostinho de Hipona reconhece que o ser é bom, porque despojado de sua bondade deixaria de existir, neste caso, “seja o que for, que tenha qualquer grau de existência, é bom</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref30"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn30" title=""><span style="color: black;"><sup>[30]</sup></span></a><span style="color: black;">”. “Dessa forma, nem a mesma natureza do próprio diabo é má, à medida em que ele é natureza; no entanto, ela se tornou má ao ser pervertida</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref31"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn31" title=""><span style="color: black;"><sup>[31]</sup></span></a><span style="color: black;">”. Toda a construção do pensamento parte dos prolegômenos fenomenológicos, das propriedades do homem, passando depois à natureza metafísica e espiritual, como auto-transcendência ou realidade última do ser. A partir desses pressupostos, o homem lê o mundo. A axiologia antropológica, assume feições de teologia ao situar-se no campo do monoteísmo radical, ou seja, ao admitir plenamente que Deus age no mundo através de leis tendentes à realização última do homem e do universo, através do homem, com o homem e apesar do homem. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Para Agostinho de Hipona o mal existente na criação é a ausência de Deus depois da queda original. E, a teologia da graça concilia a causalidade absoluta de Deus com a liberdade humana </span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref32"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn32" title=""><span style="color: black;"><sup>[32]</sup></span></a><span style="color: black;">. Segundo o mestre de Hipona: “a primeira liberdade consiste em estar isento de crimes ... como seja o homicídio, o adultério, a fornicação, o furto, a fraude, o sacrilégio e assim por diante. Quando alguém principia a não ter estes crimes, (...) começa a levantar a cabeça para a liberdade, mas isto é apenas o início da liberdade, não a liberdade perfeita</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref33"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn33" title=""><span style="color: black;"><sup>[33]</sup></span></a><span style="color: black;">”. O Verbo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref34"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn34" title=""><span style="color: black;"><sup>[34]</sup></span></a><span style="color: black;"> é o centro da história humana e na compreensão dos dois amores que fundaram as duas cidades, encontra-se implicitamente as noções básicas do mundo das idéias e do mundo das formas, defendido por Platão</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref35"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn35" title=""><span style="color: black;"><sup>[35]</sup></span></a><span style="color: black;">. “Dois amores contruíram duas cidades: o amor de si levado até o desprezo de Deus edificou a cidade terrestre; o amor de Deus levado até o desprezo de si próprio ergueu a cidade celeste; uma rende glória a si, a outra ao Senhor; uma busca uma glória vinda dos homens; para a outra, Deus, testemunha da consciência, é a maior glória</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref36"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn36" title=""><span style="color: black;"><sup>[36]</sup></span></a><span style="color: black;">”. Os vinte e dois livros, denominados “A Cidade de Deus</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref37"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn37" title=""><span style="color: black;"><sup>[37]</sup></span></a><span style="color: black;">”, escritos entre os anos 413 e 426, onde Agostinho de Hipona descreve o Reino de Deus e o Reino do Mundo, não estabelecem qualquer identificação da “Cidade de Deus” com a Igreja ou da “Cidade do Mundo” com o Estado. Agostinho de Hipona sabia perfeitamente que a Igreja não é o Reino de Deus, mas um sinal deste Reino; enquanto o Estado ao apoiar o bem, também se torna um sinal de esperança do Reino. A cidade terrena, com seus antigos ritos e sacrifícios, constituída pelas pessoas más e ímpias</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref38"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn38" title=""><span style="color: black;"><sup>[38]</sup></span></a><span style="color: black;"> é uma cópia imperfeita da realidade e toda a sua existência não passa de sombras e trevas se comparada com a cidade celeste. Na Cidade Celeste, Cristo é o criador da história, antes de sua vinda a história caminha para ele e, após a sua chegada, tudo reflete a sua presença, como centro para o qual convergem todas as coisas</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref39"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn39" title=""><span style="color: black;"><sup>[39]</sup></span></a><span style="color: black;">. Essa Cidade Celeste não se torna perfeita realidade aqui na terra, mas dentro de um horizonte escatológico</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref40"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn40" title=""><span style="color: black;"><sup>[40]</sup></span></a><span style="color: black;"> . Por enquanto, “as duas cidades - civitas Dei e civitas terrena ‘permanecem confusamente unidas’ e só quando a razão é ‘purgada e instruída pela fé’, é que se pode descobrir e entender o propósito da história, o ‘fim da nossa jornada’ e ‘o nosso caminho para ela’</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref41"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn41" title=""><span style="color: black;"><sup>[41]</sup></span></a><span style="color: black;">. O mundo sensível é apresentado como cópia, um molde imperfeito do mundo das idéias. Tem-se, assim, uma reedição das alegorias</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref42"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn42" title=""><span style="color: black;"><sup>[42]</sup></span></a><span style="color: black;"> de Platão: a alegoria dos dois cavalos alados e a alegoria da caverna. Na cidade celeste, está presente uma grande recapitulação da "lex creationis et lex revelationis", de importância metafísica para o cristianismo, pois nela toda a história converge para o Verbo e ele se torna o centro gravitacional de um fenômeno escatológico, realizando o passado, antecipando o futuro e glorificando o presente messiânico. Essa parte é o momento de peroração do pensamento agostiniano, apresentando uma teoria jurídica dentro de um plano pleno de historicidade no contexto da revelação. É como se alguém espreitasse no horizonte da história e pudesse, ao mesmo tempo, perceber o passado e antever o futuro, descobrindo o alfa e o ômega da história, numa visão unitária. Na lei divina, apreendida pela iluminação, presentes acham-se, também, os conceitos eternos e imutáveis da alma humana, sendo a lei natural uma emanação dessa realidade; já a cidade terrena, satânica por natureza</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref43"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn43" title=""><span style="color: black;"><sup>[43]</sup></span></a><span style="color: black;"> , por afastar-se da lei eterna, despreza as coisas do alto e está condenada à punição eterna. Na separação entre as duas cidades, ainda que não sejam antitéticas, há uma certa semelhança com a filosofia platônica. Enquanto Platão admite a conciliação dos opostos, sair do mundo das trevas e chegar ao mundo luminoso das almas por meio do conhecimento; Agostinho, fiel à mais antiga tradição bíblica, fala na danação eterna e na redenção através do Verbo. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Examinando-se o pensamento platônico-agostiniano, em que ambos falam de uma danação eterna, socorre ao autor a argumentação de que, para haver o triunfo final do bem sobre o mal, há necessidade de que o mal desapareça e o Verbo, “cheio de graça e de verdade</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref44"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn44" title=""><span style="color: black;"><sup>[44]</sup></span></a><span style="color: black;">”, arrebate a si todas as coisas, como rei e senhor do universo. Sabe-se, de antemão, que a teologia bíblica não conduz a esse raciocínio, entretanto, se o mal continuar, como ausência do bem além da parusia</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref45"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn45" title=""><span style="color: black;"><sup>[45]</sup></span></a><span style="color: black;">, reafirma-se, de algum modo, o eterno dualismo maniqueísta</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref46"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn46" title=""><span style="color: black;"><sup>[46]</sup></span></a><span style="color: black;">. Porém, o exame desta problemática se procede a título de argumentação teórica, sem contraditar a ortodoxia da doutrina e fé Cristã. Em Agostinho há um fascínio pelo exame da realidade, dividindo sempre o mundo entre dois opostos, o bem e o mal. Tillich afirma que “Agostinho combateu por um caminho que mediasse entre o maniqueísmo e o pelagianismo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref47"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn47" title=""><span style="color: black;"><sup>[47]</sup></span></a><span style="color: black;">”. Neste aspecto, o que parece diferenciar o pensamento agostiniano do maniqueísmo é a compreensão do mal como ausência do bem, sem o eterno dualismo maniqueísta e, mais precisamente, o anti-dualismo agostiniano se manifesta na defesa do ser como bom. Todo o ser é bom, pelo simples fato de existir, está incluído no amor divino. </span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> A lei eterna é a suprema ordenação de todas as coisas: a lei eterna é a harmonia que existe no Criador, manifesta na criação como lei natural, ou nas próprias palavras de Agostinho de Hipona é “a razão ou a vontade de Deus que manda observar a ordem natural e proíbe alterá-la” </span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref48"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn48" title=""><span style="color: black;"><sup>[48]</sup></span></a><span style="color: black;">. Essa ordem divina se transmite aos seres inanimados como força cega, nos animados como necessidade do instinto. E, no homem, como ordem moral que se manifesta na "obediência à verdade"</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref49"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn49" title=""><span style="color: black;"><sup>[49]</sup></span></a><span style="color: black;">. É impossível aos seres inanimados e aos animais desobedecerem a esse ditame natural, entretanto, ao homem por ser dotado do livre arbítrio, da liberdade de escolha, tal desobediência é possível. E face à queda original, o homem e toda a natureza, como diz São Paulo, encontram-se como que num processo de parto até que tudo se consuma no todo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref50"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn50" title=""><span style="color: black;"><sup>[50]</sup></span></a><span style="color: black;">. Assim, na visão platônico-agostiniana, o mal que existe no homem é causa deficiente e não causa eficiente. Isto significa que o mal encontrado na natureza humana não possui substância ou estrutura ontológica, é tão somente a negação do bem ou o não-ser, deste modo, toda essa desordem não tem realidade metafísica. Aspira o existente humano ao perfeito, ao sublime, entretanto, aprisiona-se em desvalores. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Por conseguinte, poder-se-á afirmar que o pecado e a injustiça consistem, essencialmente, no afastamento do homem do fundamento axiológico do ser, como já o era para Kierkegaard (1.813-1.855)</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref51"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn51" title=""><span style="color: black;"><sup>[51]</sup></span></a><span style="color: black;">, trata-se da falta de relação existencial entre o indivíduo e seu objeto ou a ausência de uma síntese entre eternidade e tempo, quando o homem se afasta do estágio religioso ou absoluto</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref52"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn52" title=""><span style="color: black;"><sup>[52]</sup></span></a><span style="color: black;">. Consiste no distanciamento do valor-bem superior, o que coincide com a idéia de pecado. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">4.</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> <b>CONCLUSÃO</b></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> No estudo do documento do Concílio Vaticano II, <i>Gáudium et Spes</i></span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref53"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn53" title=""><span style="color: black;"><sup>[53]</sup></span></a><span style="color: black;">, percebe-se que a própria Igreja Católica abandonou a idéia de que o homem é um pecador condenado à danação eterna, para admitir de que o homem possui uma <i>dignidade sem igual</i>, um valor intrínseco, em nome da qual o Concílio defendeu uma liberdade religiosa do tipo protestante, fundada na liberdade de consciência, quer dizer, na <i>opinião individual</i> em matéria de fé e não no princípio católico de autoridade</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref54"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn54" title=""><span style="color: black;"><sup>[54]</sup></span></a><span style="color: black;">. A <i>Gaudium et Spes</i> afirma categoricamente que Cristo “restaurou na descendência de Adão a semelhança divina, alterada desde o primeiro pecado (<i>a primo peccato deformatam</i>)”.</span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Assim, a idéia legalista de culpa perdeu o seu lugar na teologia católica, não se enaltece mais a cruz como resgate de culpa, mas como o símbolo da Ressurreição, da vitória da vida sobre a morte.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Assim, o homem como um ser em busca da graça, em busca de plenitude:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">4.1 - A dinâmica da vida: a dinâmica da vida caracteriza o homem como um ser em busca de plenitude. Um ser inacabado e insatisfeito que caminha para além do que é e do que tem. Todo o questionamento filosófico e científico resume-se na busca das respostas fundamentais para a existência do homem e das coisas. A dinâmica da vida humana na concepção platônica, dá-se através do conhecimento intelectual, como reminiscência do mundo das essências, esse conhecimento é universal, imutável e absoluto. Em "Fédon"</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref55"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn55" title=""><span style="color: black;"><sup>[55]</sup></span></a><span style="color: black;">, Platão afirma que os filósofos serão libertados da matéria para sempre. A dinâmica da vida para o Absoluto, em Agostinho de Hipona, encontra-se também resolvida pelo iluminismo platônico, porém o conhecimento intelectual é dependente da luz espiritual do Verbo, centro da história humana. A dinâmica da vida para o Absoluto, na visão de Paul Tillich, carateriza-se na correlação "eu-mundo" e essa situação de desespero, de degredo causada pelo pecado, sem respostas para o paradoxo da existência, predispõe o homem a escutar a Palavra revelada</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref56"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn56" title=""><span style="color: black;"><sup>[56]</sup></span></a><span style="color: black;">. O que leva o homem a sair do convencional, da faticidade e caminhar em direção ao mundo metafísico e teológico, para encontrar respostas para a vida, são as suas terríveis limitações, o medo do pecado, do aniquilamento total e, ao mesmo tempo, o desejo incontrolável de romper a casca dos estreitos limites, onde se desenrola o drama humano. Numa palavra, a "episteme" é fruto da contínua busca de perfeição, descrita por Platão</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref57"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn57" title=""><span style="color: black;"><sup>[57]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">4.2 - A necessidade de romper os condicionamentos estabelecidos pela facticidade: na dinâmica da vida são importantes três aspectos que expressam a esperança do homem em romper certos condicionamentos acarretados pelo pecado e pela culpa:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">* <b>marco situacional</b></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">: compreende a realidade em que se está inserido. Uma sociedade pluralista, competitiva e imediatista, onde predominam as características de influência e de poder, locuplemento e promoção pessoal, de pecado estrutural, embora que em alguns casos haja fins altruísticos, fica-se no terreno da imanência;</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">* <b>marco referencial</b></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">: interagindo sobre o marco situacional e os contextos comunitários marcados pelo egoísmo, desponta um caminho, <i>uma utopia poss</i>ível que liberta o homem dos condicionamentos confinantes. Tem-se como muito difícil o abandono do pecado do egoísmo, algo que se introjetou desde tempos imemoráveis ou, especificamente, desde a queda original. Contudo, vários homens e algumas comunidades ao longo da história <a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref58"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn58" title=""><sup>[58]</sup></a> conseguiram viver a magia espontânea do amor que liberta e transforma, através do advento da comunidade físico-espiritual, onde os homens são partícipes de um processo de profunda interação. Esta "civilização do amor" não é o amor como um fim em si mesmo, levando as pessoas para a esfera de influência e poder pessoal, mas a superação do egoísmo, algo novo que vem de cima e impele o homem a caminhar em direção ao outro. No pensamento agostiniano a comunidade físico-espiritual é solidariedade, participação e serviço, como koinonia vertical e horizontal; </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">* <b>marco operacional</b></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">: como “modus agendi” do marco referencial, dentro de uma perspectiva de coerência, é importante que as distinções temporal-espiritual, sagrado-profano e natural-sobrenatural sejam superadas. Esse dualismo que caracteriza a vida espiritual e a realidade concreta, como distintas e irreconciliáveis, não pode subsistir. Caso contrário, a primeira será sempre um enxerto artificial que se tenta inserir na realidade da vida. A vida espiritual não é distinta do cotidiano, não é um não-mundo ou um antimundo. Apesar do dualismo ontológico, não existe o mundo inteiramente desdivinizado e o mundo sacralizado. Na concepção do platonismo agostiniano, o mundo de aparências descobre aqui a "anamnesis"<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref59"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn59" title=""><sup>[59]</sup></a>, despertando a reminiscência do mundo verdadeiro que ainda habita as profundezas da alma humana, ou a Cidade de Deus também se realiza parcialmente neste mundo, aliás, aqui é o grande palco de manifestações da Cidade Terrena e da Cidade Celeste<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref60"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn60" title=""><sup>[60]</sup></a>. O pecado não tem existência real, ele é a ausência da graça e todos os homens, redimidos por Cristo, gozam da mesma vocação divina. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;"> Sempre cabe enaltecer os insondáveis desígnios de Deus, “onde abundou o pecado, superabundou a graça de Cristo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref61"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftn61" title=""><span style="color: black;"><sup>[61]</sup></span></a><span style="color: black;">”. Por isso, dizemos com Agostinho: “Ó feliz culpa! (de Adão e Eva) Que nos trouxe o benefício de um tão grande Salvador!”. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Ainda existe o pecado? Sim, o pecado existe, ele é, em última análise, um ato de desamor. Só o amor é a eterna inocência, ninguém sabe quando vai amar, porque ama e o que é o amor. “Os que se abandonam no amor, esses não pensam na generosidade de seu gesto, no pecado ou na virtude, nem na promessa de recompensa. Dão o seu amor, simplesmente, para continuar a viver”. ESTAMOS NA VIDA PARA APRENDER A AMAR!</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> </span></b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 19px;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref1" title=""><sup><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[1]</span></sup></a><span style="color: black;"><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> TILLICH, Paul. Philosophie de la religion. </span><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Labor et Fides, 1971.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn2"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref2" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[2]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> PADOVANI, Humberto. <b>História da filosofia</b>. São Paulo: Melhoramentos, 1967, p. 55. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn3"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref3" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[3]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Aranha, explicitando essa realidade, afirma: “Eis aí a diferença fundamental entre o homem e os animais. Mas, para produzir cultura, o homem precisa da ‘linguagem simbólica’. Os símbolos são invenções humanas por meio das quais o homem pode lidar abstratamente com o mundo que o cerca... Além disso, com a linguagem simbólica o homem não está apenas presente no mundo, mas é capaz de reproduzi-lo: isto é, o homem torna presente aquilo que está ausente.” (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires Martins. <b>Temas de Filosofia</b>. São Paulo: Moderna Ltda., 1992, p. 29). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn4"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref4" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[4]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> MAGALHÃES, Rui. <b>Textos de Hermenêutica</b>. Porto: Rés-Editora Ltda, 1984, p.<b> </b>7.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn5"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref5" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[5]</span></sup></a><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> A idéia de culto sacrifical, como oferenda de expiação, está presente nas antigas tradições de muitos povos. </span><span lang="IT" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Vide I Sm. 6,3.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn6"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref6" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[6]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Gusdorf apud ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, in <b>Filosofando: Introdução à Filosofia</b>. São Paulo: Moderna, 1991, p. 28, e 102.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn7"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref7" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[7]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> SILVEIRA, José de Deus Luongo da. <b>As várias faces do direito</b>. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2001, p. 19.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn8"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref8" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[8]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Já no período neolítico, começa a construção de habitações, a prática da fiação, da cerâmica, as divisões sociais, a estrutura de normas consuetudinárias gerais, o esboço da organização estatal e o controle político exercido por um chefe que congrega todos os membros da clã (CARBALLERO, Alexandre. <b>O ser em si e o ser para si.</b> RBF, v. 46, 1968, p. 12-13).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn9"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref9" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[9]</span></sup></a><span lang="FR" style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Ex. 32,6; Dt. 12,18; Jz 9,27; Sf. 1,7; Ex. 34,15; Ism. 9,12ss; II Rs. 10,19.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn10"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref10" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[10]</span></sup></a><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Ez. 44,24ss; 40,39; 45,21ss; Mq. 6,7; II Rs. </span><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">12,17, etc.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn11"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref11" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[11]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Lv. 21, 6,8, 17; 22,25; I Sm. 21, 7; Ex. 25,30, etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn12"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref12" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[12]</span></sup></a><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> O rei Acaz queima em sacrifício o seu próprio filho a um deus pagão. </span><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Vide 2 Rs. 16, 3</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn13"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref13" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[13]</span></sup></a><span lang="FR" style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Lv. 20,1-5</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn14"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref14" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[14]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires Martins. <b>Temas de Filosofia</b>. São Paulo: Moderna, 1992, p. 63.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn15"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref15" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[15]</span></sup></a><span style="color: black;"><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> VERNANT, Jean-Pierre<b>. </b></span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">As Origens do Pensamento Grego</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">. São Paulo: Difel, 1977, 297.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn16"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref16" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[16]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> GUSDORF, Georges. <b>Mito e Metafísica</b>. São Paulo: Convívio, 1979, p. 102.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn17"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref17" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[17]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> SILVEIRA, José Luongo da. <b>Noções preliminares de filosofia do direito</b>. Porto Alegre: Fabris, 1998, p. 25.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn18"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref18" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[18]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Sl. 38 e 41.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn19"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref19" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[19]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Mt. 9, 1-8.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn20"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref20" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[20]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Nietzsche, no entanto, rompe com a idéia de se imolar pela verdade, afirmando: “Morrer pela verdade. - Não nos deixaríamos queimar por nossas opiniões: não estamos tão seguros delas. Mas, talvez, por podermos ter nossas opiniões e podermos mudá-las.” (apud Candido. A Crise dos Paradigmas Modernos. 1995, p. 1 (http://www.hotnet.net/~candido/paradigmas.html).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn21"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref21" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[21]</span></sup></a><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Gouldner descreve a ideologia como “o reino da exaltação do espírito, onde habitam o doutrinário, o dogmático, o apaixonado, o desumanizante, o falso, o irracional e, é claro, a consciência <i>extremista</i>.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">In: The Dialectic of Ideology and Technology, London, 1976, p. 4 (apud EAGLETON, Terry. </span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Ideologia</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">. São Paulo: UNESP., 1997, p. 18).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn22"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref22" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[22]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Marcos Rolim: “Vivemos uma cultura de intolerância, de não aceitação das diferenças. Basta olhar os prédios e as ruas que não foram planejadas considerando os portadores de deficiência física. Os programas infantis são apresentados por loiros, os surdos não têm reconhecida sua linguagem, os homossexuais são ridicularizados, os soropositivos perdem empregos e os doentes mentais são condenados à incapacidade e periculosidade.” (In: A Assembléia combate ‘cultura da intolerância’, Correio do Povo, Empresa Jornalística Caldas Júnior, Porto Alegre, 14.08.1999, p. 7).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn23"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref23" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[23]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> As verdades absolutas podem ser admitidas num plano metafísico e espiritual. No mundo fenomenológico não há verdades absolutas, caso contrário como poderíamos explicar os avanços da ciência (Vide KUHN, Thomas. <b>A Estrutura das Revoluções Científicas</b>. São Paulo:Perspectiva, 1975). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn24"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref24" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[24]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Rm. 3, 9-10.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn25"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref25" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[25]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Mc. 7, 21.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn26"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref26" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[26]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Jô. 14, 27.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn27"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref27" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[27]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Carta de Taizé, 2003/5. Disponível em:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> < http://www.taize.fr/pt/index.htm?page=/pt/ptsr503.htm>. Acesso em 30 de jul. 2004.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn28"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref28" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[28]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Gn. 2, 22.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn29"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref29" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[29]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Id. 3, 6.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn30"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref30" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[30]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">AGOSTUNHO. <b>Confissões.</b> Paris: Opera onmia, 1938, p. 46.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn31"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref31" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[31]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Id. De Civitate Dei, XIX, 13. Paris: Opera Onmia, 1838.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn32"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref32" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[32]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Humberto Padovani. <b>História da Filosofia</b>. São Paulo, ed.Melhoramentos, 1967, p.115, 117, 210, 211.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn33"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref33" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[33]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Agostinho de Hipona. in <b>Iohannis Evangelium Tractatus</b>, 41,10: CCL 36, 363.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn34"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref34" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[34]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Chistós: adjetivo verbal grego para traduzir do hebraico a expressão "Meshiah", que significa "o Unigido do Senhor".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn35"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref35" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[35]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> AGOSTINHO. <b>De civitate Dei</b>, XIV, 28. Paaris: Opera onmia, 1838.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn36"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref36" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[36]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Id. <b>De Civitate Dei</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn37"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref37" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[37]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Reino de Deus: expressão aramaica (Malkuth), que aparece 40 vezes em Lucas, 7 vezes em Atos dos Apóstolos e 8 vezes nas cartas paulinas, significando a glorificação final, quando terminar este tempo, com o advento da plena comunidade pascal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn38"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref38" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[38]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> AGOSTINHO<b>. De civitate Dei</b>, X, 4-6. Paris: Opera onmia, 1838.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn39"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref39" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[39]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Id. Livros XV, XVI, XVII e XVIII.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn40"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref40" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[40]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Scatón: palavra grega que significa mundo novo, mundo vindouro, além do tempo. E também pode designar o momento entre o "já" e o "ainda não", entre uma visão escatológica presente e a visão escatológica futura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn41"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref41" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[41]</span></sup></a><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Agostinho de Hipona. </span><b><span lang="IT" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">De Civitate Dei</span></b><span lang="IT" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">. Liv. </span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">XI, caps. </span><span lang="IT" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">1 e 2; cit. por Alan Richardson, in <b>Apologética Cristã</b>. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Rio de Janeiro: casa Publicadora Batista.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn42"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref42" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[42]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Alegoria: conjunto narrativo ou descritivo, de caráter natural, histórico, filosófico ou religioso, onde os elementos simbólicos correspondem aos elementos significados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn43"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref43" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[43]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> AGOSTINHO. <b>De civitate Dei</b>, Livro X. Paris: Opera onmia, 1938.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn44"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref44" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[44]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Jo. 1, 14.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn45"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref45" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[45]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Parousía: parusia, palavra grega que significa estar próximo, ter chegado, estar presente, presença, vinda, volta gloriosa de Cristo no fim dos tempos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn46"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref46" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[46]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Maniqueismo: seita filosófico-cristã fundada por Manes, no século III, que afirmava a existência de dois princípios eternos e irreconciliáveis, o bem e o mal, iguais e fundamentais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn47"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref47" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[47]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Paul Tillich. <b>Teologia Sistemática</b>. São Paulo. ed. Sinodal/Paulinas, 1967, p. 274.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn48"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref48" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[48]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Agostinho de Hipona. <b>Contra Faustum</b>, Liv. 22: Pl 42, 418.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn49"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref49" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[49]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">1 Pd. 1,22.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn50"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref50" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[50]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Rm. 8, 22.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn51"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref51" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[51]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Sören Kierkegaard. Ou Um ou Outro e Estágios do Caminho da Vida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn52"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref52" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[52]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">ibidem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn53"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref53" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[53]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Documento do Concílio Vaticano II. <b>Gaudium et Spes</b>, artigo 22.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn54"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref54" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[54]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Id. cf. infra § 11.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn55"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref55" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[55]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Platão. Diálogos, Fédon. Porto Alegre: Globo, 1955.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn56"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref56" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[56]</span></sup></a><span style="color: black;"><span lang="IT" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Paul Tillich. </span><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Teologia Sistemática</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">. São Paulo: Paulinas/Sinodal, 1967, p. 142.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn57"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref57" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[57]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">PLATÃO. <b>O Banquete</b>. Porto Alegre: Globo, 1955, p. 202-212.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn58"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref58" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[58]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Como a de Éfeso e Esmirna, Ap. 2,1-11.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-line-height-alt: 12.0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn59"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref59" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[59]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">PLATÃO. <b>Fedon</b>, Porto Alegre: Globo, 1955, 73 a, b.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn60"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref60" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[60]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">AGOSTINHO. <b>De Civitate Dei</b>, X, 4-6. Paris: Opera onmia, 1838.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn61"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto5.htm#_ftnref61" title=""><sup><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">[61]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"> Rm. 5, 20.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 45.8pt 91.6pt 137.4pt 183.2pt 229.0pt 274.8pt 320.6pt 366.4pt 412.2pt 458.0pt 503.8pt 549.6pt 595.4pt 641.2pt 687.0pt 732.8pt;">
</div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-374799705085651889.post-75070825723269966862011-02-10T07:04:00.000-08:002012-06-06T14:46:27.506-07:00TRAVESSIAS CONCEITUAIS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="Section1">
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8OZEltsOEEW_9QzP7jnW07z-GfJ-_-2Cdz2l3ic3_FPRfjgLbMKn-7F5PkARdQQuYh7dWkyZbhtHDWbJXUWpKwa1OYeJ4NnraQX1cg6QaeOPMTU9cs6Q3taKa8qlV5Jsxod1AlhZCqA/s1600/images+(7).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8OZEltsOEEW_9QzP7jnW07z-GfJ-_-2Cdz2l3ic3_FPRfjgLbMKn-7F5PkARdQQuYh7dWkyZbhtHDWbJXUWpKwa1OYeJ4NnraQX1cg6QaeOPMTU9cs6Q3taKa8qlV5Jsxod1AlhZCqA/s1600/images+(7).jpg" /></a></div>
<span style="color: navy; font-family: Garamond, serif; font-size: 16pt;">As rupturas axiológicas da globalização e o mundo da exclusão das grandes concentrações urbanas latino-americanas. Como recontextualizar o evangelho nesses novos espaços?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"></span><br />
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt; line-height: 200%;"> </span></b><span style="color: #404040; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 200%;">José</span><span style="color: #404040; font-family: Garamond, serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;"> de Deus Luongo da Silveira <a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn1" title=""><sup><span style="color: #404040; font-size: 7.5pt; line-height: 200%;">[1]</span></sup></a></span><span style="color: #404040; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;"></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">1. As rupturas axiológicas da globalização e o mundo da exclusão das grandes concentrações urbanas latino-americanas</span></b><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> A partir de 1980, os planos econômicos, jurídicos, sociais e religiosos passam por grande transformação e compatibilização aos novos paradigmas da globalização. Featherstone refere que o vocábulo globalização, originariamente, foi criado para <span style="color: black;">designar as transformações no desenvolvimento do campo da comunicação e da cultura</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref2"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn2" title=""><span style="color: black;"><sup>[2]</sup></span></a><span style="color: black;">. O Brasil, assim como os países da América Latina, de modo especial, os Países Membros do Mercosul, entraram um pouco tarde nesse processo, inclusive queimando etapas, nem mesmo chegaram à plena sociedade industrial e já estão vivendo os problemas da sociedade pós-industrial. Segundo Streck: “No Brasil, a modernidade é tardia e arcaica. O que houve (há) é um simulacro de modernidade</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref3"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn3" title=""><span style="color: black;"><sup>[3]</sup></span></a><span style="color: black;">”. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> A liberação da economia em paises de grande explosão social e política clientelista tem como resultado a quebra de empresas nacionais e o aumento das taxas de desemprego. O modelo neoliberal abre caminhos com a globalização da economia, acentuando as rupturas no campo sócio-religioso, a confusão axiológica, a interdependência entre os Estados e o vazio existencial do homem moderno. A globalização apresenta-se como se guardasse uma unidade interna, formando um <i>corpus</i> a sua estrutura organizacional. Contudo, essa <i>interação simbólica</i> não se realiza, uma vez que a globalização é carregada de tensões multiformes. Segundo alguns analistas,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 0pt 98.95pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Apesar da tecnologia, não nos transformamos num povo só, o que há são ‘diálogos heterogêneos’ (APPADURAI). A globalização é ‘mais uma organização de diversidades do que uma réplica de uniformidade’ (HANNERS). A cultura oscila entre forças de permanência e de mudança, de tradição e de inovação. O modo como os indivíduos organizam essas tensões culturais é fator importante para a estabilidade social</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref4"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn4" title=""><span style="color: black;"><sup>[4]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Os processos de internacionalização, globalização e unificação dos mercados capitalistas do planeta, toda essa despadronização da vida, geram várias mudanças também no campo religioso. Com a transnacionalização da economia e a desenfreada expansão dos mercados de capital, destaca-se o global, o coletivo, em detrimento do <i>local</i>, do particular e do individual. Nesse contexto de transculturação, a religião funciona, na maioria das vezes, como uma das últimas trincheiras de resistência ao marco da globalização. Mesmo porque, as mudanças estruturais sempre encontraram, na religião, um fator de resistência à desarticulação das tradições estabelecidas. Esse conflito dialético entre a velha e a nova ordem tem gerado reações opostas no campo religioso: de um lado, articulam-se os movimentos fundamentalistas (cristãos, islâmicos, etc.), com a rigorosa observância da doutrina e avessos ao pluralismo de idéias; de outro, surgem os movimentos religiosos difusos (crentes sem-religião), combinando sincreticamente elementos místico-mágicos com crenças tradicionais. De qualquer forma, ambas as reações se apresentam intimamente vinculadas à experiência comunitária e ao ambiente territorial, o que evidencia a reafirmação da identidade cultural local, em contraposição aos postulados da globalização.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Sob o ponto de vista religioso, a globalização carrega consigo duas tendências irreconciliáveis: De um lado, a mundialização das relações econômico-culturais, com a mídia eletrônica rompendo e ultrapassando as fronteiras nacionais e revolucionando o mundo da cultura. Essa cultura de massa difunde-se por todos os povos da terra e adquire um caráter singular e insólito de transculturação; de outro, a sensação de estrangulamento do referencial próprio dos indivíduos e das comunidades locais, a conflitualidade da nova ordem com os valores tradicionais, os impelem a um equilíbrio regenerador de volta ao mundo interior, ao renascimento da espiritualidade. A dialética entre a identidade cultural dos indivíduos, das sociedades locais e a particularização do universal geram uma ruptura, um espaço asfixiante que precisa ser superado, e um dos caminhos encontrados nos últimos tempos tem sido a <i>luminosidade </i>da experiência do sagrado que, às vezes, desemboca no radicalismo religioso de grupos sectários.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 5pt 39.2pt 5pt 98.95pt; text-align: justify;">
<span lang="ES" style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">A diferencia de la tesis modernista que postula que la globalización sería un proceso exclusivamente positivo que posibilitaría a las religiones mundiales un acercamiento en torno a una postura espiritual y ética concordante en vistas a enfrentar problemas planetarios emergentes y dramáticos, hay que concebir el proceso de globalización en forma dialéctica y conflictiva. La globalización además desencadena muchas veces una reacción religiosa fundamentalista en la defensa de lo local. Pensamos, por ejemplo en el Islam</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref5"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn5" title=""><sup><span lang="ES" style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[5]</span></sup></a><span lang="ES" style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">.</span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Ninguém desconhece que a antropologia urbana apresenta características próprias, um modo de vida que se desassocia cada vez mais da realidade rural. O fenômeno urbano tem merecido, nos últimos tempos, a análise de teólogos, antropólogos, sociólogos, psicólogos, etc. Alguns autores vêem na vida urbana uma atmosfera saturada de violência, solidão em grupo, neurose e alienação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.1pt 0pt 98.95pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">[...] toda a atmosfera [das análises da cidade] é fortemente reminiscente do mito da expulsão do homem do paraíso e do começo da vida social e histórica. O homem não pode voltar a uma mítica vida rural e deve suportar as durezas da vida urbana ‘no suor do seu rosto’, mas o desejo inconsciente de retornar a um edênico útero rural emerge constantemente</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref6"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn6" title=""><span style="color: black;"><sup>[6]</sup></span></a><span style="color: black;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Contudo, esse paraíso edênico se desvanece, em parte, quando percebemos que a vida no campo não é mais tão tranqüila assim. A ordem moral da vida camponesa está se modificando rapidamente, uma vez que o rádio e a televisão estão carregando a <i>cultura urbana</i> ao homem do campo. Parece pertinente, uma visão menos utópica, nem uma posição antiurbana, nem a mítica da vida rural. Apesar das peculiaridades próprias entre a realidade rural e urbana, é no <i>modo de vida </i>desses grupos sociais que vão sendo demarcados cada um dos microespaços simbólicos. Uma leitura atenta da atmosfera dos grandes centros urbanos é suficiente para demonstrar o desenvolvimento dos seguintes processos sociais:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">a) A maior parte das cidades latino-americanas sofreu um processo de <i>inchaço crônico</i>, de crescimento desordenado nas últimas décadas, sem um adequado planejamento urbano, <i>produzindo espaços congestionados</i>, onde há falta de mercado de trabalho, saneamento básico, segurança, etc., e onde a maioria da população não se constitui em mão-de-obra qualificada, como conseqüência, cresce a taxa de desemprego, os bolsões de miséria e o proporcional aumento dos guetos, com estruturas próprias. A grande maioria da população é alijada do sistema e forçada a encontrar caminhos de sobrevivência na economia informal, quando não na clandestinidade</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref7"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn7" title=""><span style="color: black;"><sup>[7]</sup></span></a><span style="color: black;">. A cidade fica dividida em dois grupos de cidadãos: os <i>subintegrados</i> ou <i>subcidadãos</i> e os <i>sobreintegrados</i> ou <i>sobrecidãos</i></span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref8"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn8" title=""><span style="color: black;"><sup>[8]</sup></span></a><span style="color: black;">. Nas cidades, caminha-se por um mundo seleto de privilegiados que observam do alto de suas mansões, o <i>formigueiro da vida</i>, tentando se reorganizar em situação precária e entregue à sua própria sorte, e onde a vida teima em prosseguir seu curso.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">b) O mundo da exclusão nas grandes concentrações urbanas cria as suas próprias regras com valores e contradições de sua realidade, onde a luta pela sobrevivência faz com que a vida humana, em alguns casos, tenha pouca valia. Grupos rivais dividem seus territórios de influência e tráfico de drogas ilícitas, determinando as regras de convivência e realizando, muitas vezes, a assistência social que o Estado não faz. O processo de marginalização dos excluídos atira-os a essa estrutura gritantemente injusta e violenta, como decorrência do atual modelo econômico-social. Nesse contexto, o chamado <i>Estado-bandido</i> assume o controle das favelas, onde a densidade demográfica e as condições de vida se tornam caóticas, enquanto o <i>Estado-bom</i>, oficial, se vê forçado, a mostrar o <i>dedo-duro-da-lei</i>, aumentando a esfera de ação da norma penal</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref9"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn9" title=""><span style="color: black;"><sup>[9]</sup></span></a><span style="color: black;">, com penas mais gravosas, para coibir a conduta anti-social.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> A falta de mercado de trabalho e o conseqüente empobrecimento da população urbana desenvolvem vários processos sociais. Uma das saídas encontradas tem sido a marginalização que, no Brasil e em algumas das grandes cidades da América Latina, assume proporções catastróficas, com a formação de grupos organizados que, aliados ao narcotráfico, desafiam a ordem institucionalizada. Outra resposta para essa problemática tem sido a efervescência religiosa. A maioria dos novos movimentos religiosos nasce e se desenvolve na periferia dos grandes centros urbanos. É no espaço urbano que se verifica a explosão dos movimentos religiosos livres, de todos os matizes: umbanda, candomblé, pentecostais, neopentecostais, orientais, exotéricos, movimentos de auto-ajuda, etc. Nos bairros e vilas que circundam os centros urbanos aparece a solução apaziguadora da miséria e do profundo desencanto com o modelo econômico-social. Centenas de movimentos religiosos respondem às necessidades individuais e existenciais, a maioria com estruturas comunitário-pastorais auto-sustentadas pelos trabalhadores assalariados, desempregados e donas-de-casa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Outra questão a considerar junto com as conseqüências da globalização é a ilogicidade dos centros urbanos. As cidades exercem um grande fascínio sobre o homem do campo, atraem gente das áreas rurais, acenando com um mundo novo de oportunidades.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 12pt 98.95pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">[...] melhor qualidade de vida, melhores oportunidades de emprego, de educação e saúde [...] com promessa de uma vida melhor, as cidades funcionam como uma [...] rica pluriformidade, vibrante, excitante, um caleidoscópio de cores, sons e gostos</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref10"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn10" title=""><span style="color: black;"><sup>[10]</sup></span></a><span style="color: black;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;"> Esses atrativos arrancam o homem do campo, sobretudo os minifundiários, que já não mais conseguem ser sustentados por aquilo que localmente produzem em seus sítios, em razão da falta de políticas agrícolas consistentes que fixem o homem na terra. Mesmo porque, o FMI, quando financiam a dívida dos países pobres, monitora suas economias. Essas ingerências atingem também a produção agrícola de subsistência, estabelecendo o imperativo da monocultura, para atender ao mercado externo e angariar divisas. Nos países em desenvolvimento, aproximadamente trinta milhões de pessoas, a cada ano, migram do campo para as cidades, o que equivale à população inteira de alguns países, como a Espanha e o Quênia</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref11"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn11" title=""><span style="color: black;"><sup>[11]</sup></span></a><span style="color: black;">. Como as cidades latino-americanas não têm infra-estruturas para lidarem com essa massa crítica, quase todos vão engrossar as favelas da periferia, ou como são chamadas em diferentes países latino-americanos de língua espanhola, <i>“callampas, conventillos, barriados pobres o chabolas”.</i> Muitos desses casebres ficam localizados em terrenos perigosos, de alto risco e sem rede de esgoto. Nesse contexto, gritantemente injusto, vivem os excluídos, sem emprego e sem esperança.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">não dá pra comparar a pobreza do nosso século [na América Latina] com nenhuma outra. Não é, como já foi alguma vez, o resultado natural da escassez e sim de um conjunto de prioridades impostas pelos ricos ao resto do mundo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref12"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn12" title=""><span style="color: black;"><sup>[12]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> A preocupação sobre o futuro das cidades tem levado estudiosos, inclusive das Nações Unidas, a estabelecerem projeções sobre o acelerado ritmo de urbanização e os problemas decorrentes desse processo. Vejamos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 0pt 98.95pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">Uma primeira indagação a ser feita é: o século XXI significa o fim das cidades ou o século das cidades? Segundo projeção da ONU, em 2025 teremos 61% da população mundial vivendo em cidades. Em 1975 este índice era de 37%. Das 21 maiores metrópoles do mundo 14 estão em países subdesenvolvidos. Esse percentual deverá aumentar 89% em 2025. Ou seja, as projeções indicam uma multiplicação das grandes cidades nas regiões pobres, num cenário radicalmente diferente de 50 anos atrás quando apenas 100 aglomerações urbanas tinham mais de 1 milhão de habitantes, e a maioria delas localizava-se em países ricos. Ainda segundo a ONU, em 2025 haverá 527 grandes cidades sendo 2/3 delas localizadas nos países menos desenvolvidos</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref13"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn13" title=""><span style="color: black;"><sup>[13]</sup></span></a><span style="color: black;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><b><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span></b><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A urbanização selvagem da América Latina, com bolsões de miséria e violência traduz o desequilíbrio social da nossa geografia urbana. Ao se chegar nesses grandes centos urbanos, quer por transporte rodoviário ou aéreo, divisa-se quilômetros e quilômetros de guetos e favelas miseráveis, sem-esgoto, sem-água tratada e com milhares de pessoas vivendo em condições subumanas. As grandes cidades latino-americanas são organismos doentes<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref14"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn14" title=""><sup>[14]</sup></a>, atacadas pelo vírus da poluição, da violência e da miséria. Na chegada a esses centros urbanos, por transporte rodoviário, percebe-se invariavelmente que, em cada casebre, existe uma antena de televisão, formando um intrincado labirinto de hastes metálicas. Esses terminais receptores fazem a ligação entre o imaginário mundo glamouroso e a facticidade do seu cotidiano, entre o sonho e a realidade. Diante da tevê, os excluídos da sociedade de consumo vêem a propaganda de produtos sedutores, aos quais jamais terão acesso. Contudo, eles anestesiam a dura realidade com programas televisados de duvidoso nível cultural e as mensagens das igrejas eletrônicas. Não há saída, a grande massa de miseráveis dos centros urbanos latino-americanos mergulha no conformismo estéril, ou ingressa na criminalidade, ou então, se torna crente. Nesse contexto de aviltamento da dignidade humana, a religião funciona como o grande farol que ilumina e apazigua as consciências. Não é sem motivos que a periferia dos centros urbanos latino-americanos tornou-se o celeiro dos novos movimentos religiosos. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Como o fenômeno dos novos movimentos religiosos é preponderantemente urbano, existe uma estreita relação entre esses e a geografia das periferias urbanas latino-americanos. Parece que a falta de horizontes econômico-sociais dos assalariados e desempregados é o elemento mágico que desencadeia o processo da conversão. Mesmo porque o povo das vilas e bairros pobres não possui uma estratificação social definida, pelo contrário, há uma intensa mobilidade dos vários segmentos sociais, acarretada pela desorganização e pela falta de coerência interna. Já nas áreas centrais das cidades, as concepções de vida são mais definidas e estáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">2. Como recontextualizar o evangelho nesses novos espaços?</span></b><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">No exame das travessias conceituais parte-se das transferências e deslocamentos do marco cultural europeu. Parte-se da premissa de que a identidade Latino-Americana apresenta-se ainda hoje como <i>a dialética entre o não-ser e o ser-outro</i>. São vários séculos de dominação etnocêntrica. Herdou-se dos conquistadores a língua, os costumes, as instituições e a religião. Os navegantes-descobridores-conquistadores trouxeram para o Novo Continente a cruz e a espada, a cruz justificava a espada e a espada protegia a cruz. Essa aliança entre a cruz e a espada foi responsável pela exploração, dominação e alienação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Os reflexos dessa evangelização forçada ainda permanecem na América Latina. Desse contexto, emerge a idéia de que não há uma identidade cultural latino-americana, mas o resultado de vários povos e diferentes culturas. Adotaram-se, a ferro e fogo, os valores culturais e religiosos dos conquistadores. E cinco séculos não foram suficientes para exorcizar o colonialismo, vive-se na América Latina a oposição entre dois abismos:<i> “o não ser e o ser outro”.</i> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 36.9pt 0pt 99pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;">Não somos europeus nem americanos do norte, mas destituídos de cultura original, nada nos é estrangeiro, pois tudo o é. A penosa construção de nós mesmos se desenvolve na dialética entre o não ser e o ser outro</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref15"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn15" title=""><span style="color: black;"><sup>[15]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Parece que só haverá identidade cultural quando a América Latina romper com todos os processo de dependência e subordinação à Europa, e agora, aos novos conquistadores, o poderio econômico e tecnológico Norte Americano. É a América subjugando a América. Só que desta vez, dificilmente aparecem exércitos armados. A dominação é sutil e engenhosa, concentra-se na exploração do capital especulativo internacional, que traz fome, miséria e exclusão social e faz um Continente rico de um povo pobre.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"><span style="color: black;">O paralelo com os Estados Unidos é inevitável. Se todos os países do mundo têm, hoje, de se medir com a "América", de se posicionar em face do Império Americano, e se os outros países das Américas o têm que fazer de modo ainda mais direto , o caso do Brasil apresenta a agravante de ser um espelhamento mais evidente e um alheamento mais radical</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref16"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn16" title=""><span style="color: black;"><sup>[16]</sup></span></a><span style="color: black;">. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="color: black;"> Por enquanto, a única identidade que unifica a América Latina é a <i>identidade oprimida</i>, com um forte grau de servidão aos novos colonizadores, que impõem o discurso da globalização. É um continente crioulo ou mestiço, onde a idéia do indigenismo</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref17"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn17" title=""><span style="color: black;"><sup>[17]</sup></span></a><span style="color: black;"> e da negritude</span><a href="http://www.blogger.com/" name="_ftnref18"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftn18" title=""><span style="color: black;"><sup>[18]</sup></span></a><span style="color: black;"> faz com que seja tratado como inferior. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A pergunta permanece, como recontextualizar o evangelho nesses novos espaços? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A teologia da libertação representou um estudo sistemático da realidade latino-americana, por meio das comunidades de base, desde os documentos de Puebla e Medellín. O movimento que se articulou na América Latina, como um novo modo de fazer teologia, enfrenta óbices, atualmente, da própria estrutura eclesiástica. Contudo, essa reflexão crítica de que a salvação passa pelas libertações históricas, que a construção de uma sociedade justa e solidária está no caminho da grande libertação do homem, constitui-se numa salutar releitura dos textos bíblicos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm -2pt 18pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Com o abandono das comunidades de base, a população da periferia dos centros urbanos latino-americanos deixou de fazer uma reflexão crítica entre o Evangelho e a praxe histórico-social, como instrumento para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Abandonou-se algo muito importante para a formação de uma consciência crítica nessas comunidades, ou seja, a relação dialética entre a leitura da realidade, com a percepção da miséria, analfabetismo, enfermidades e injustiças em que se encontra mergulhada uma grande camada da população que mora na periferia dos centros urbanos e o <i>sonho ético-utópico de vida em abundância</i>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">O novo fenômeno religioso, que cresce no espaço urbano latino-americano, não parte da análise do contexto histórico-social, descarta as interações entre o homem, o seu meio e a sua história, pretende exclusivamente conduzir a uma experiência direta com o divino, priorizando a individualidade. É um processo religioso de verticalização, por isso gera um estado de alienação, de falta de consciência dos problemas políticos e sociais e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, tem sido uma resposta para muitas pessoas na procura de equilíbrio e de regeneração de vida. É o avanço de uma religiosidade individualista, emocionalista, pietista, e descompromissada com a história de sofrimento do povo deste continente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Nesse caso, somos forçados a admitir que a esperança, sem o engajamento no real, se transforma em fantasia. São o risco de quem espera – as ambigüidades da esperança – de um lado o otimismo ingênuo e a resignação estéril e, de outro, gestos concretos que apontam para novas perspectivas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm -2pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 18pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> De outra parte, parece que todos os <i>nichos</i> de esperança se acham desgastados pelo tempo ou pelas incrustações ideológicas. Contudo, a capacidade de esperar é o gesto daqueles que ainda não perderam a confiança no futuro. Quem espera são os pobres, os oprimidos e injustiçados da América Latina. Os filhos da esperança são hoje todos os excluídos: os <i>sem-terra,</i> os <i>sem-teto</i>,<i> </i>os<i> sem-salário</i>, os <i>sem-justiça</i>, os <i>sem-direitos</i>, etc. Quem espera pelas libertações históricas, que antecedem o Reino são marginalizados, já que os poderosos não precisam repensar a distância entre a atualidade e o imaginário. Os filhos da esperança são hoje todos os excluídos. Esse excluído, não se trata de uma terceira pessoa, quase uma espécie de pessoa virtual, quando ele caminha na esquina da nossa casa ou em nossa calçada. Convém que se reflita sobre o grito dos pobres, esse grito que muitas vezes é silencioso, porque não há mais voz e, nesse caso, cala mais na consciência dos homens e mulheres que ainda não perderam a lucidez e a capacidade de se indignar. Parece que a análise do fenômeno religioso no espaço urbano latino-americano, sem uma ampla contextualização, torna-se vazio de sentido, porque não está encarnado na realidade da vida. Não tem sentido examinar a <i>religiosidade de autoconsumo</i> de alguns grupos privilegiados, mormente situados no centro das cidades, em templos suntuosos e liturgias apenas de atos exteriorizantes, que não possuem uma consciência e compromissos pessoais com a Palavra que liberta. Esse tipo de religiosidade não parte de uma Igreja viva, profética, que se repensa frente à realidade atual e que quer ser sinal do Reino.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> Essa parece ser a nova diáspora, sair dos guetos tradicionais da cultura ocidental e re/inventar novos corredores de pensamento que satisfaçam os questionamentos latino-americanos. Nesse contexto, muitas são as perguntas não-respondidas: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">·</span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Será que a vocação latino-americana é de ser ponte entre as culturas (indígena-européia-africana) e, nisso, reside a sua identidade cultural?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">·</span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Na América Latina, caminha-se para o mundo da exclusão ou se haverá de construir um horizonte da esperança, onde não haja tanta concentração de renda e tantos miseráveis?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">·</span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Terá a globalização econômica um espaço para alcançar os pobres da América Latina? Será que ainda se deve esperar que o lobo e o cordeiro se unam para salvar a floresta? </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">·</span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Como recontextualizar o Evangelho nestes espaços se os atuais movimentos religiosos, de acordo com a CNBB, se caracterizam por tendências contraditórias: entre o sectarismo e o individualismo?</span></span></div>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Como recontextualizar o Evangelho na América Latina se nos apresentamos divididos, presos aos nossos guetos religiosos, se o diálogo entre as religiões cristãs ainda enfrenta dificuldades – por motivos doutrinários não somos capazes de partilhar o Pão na mesma Mesa e celebrar juntos o Sacramento da Unidade? </span></li>
<li class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Como recontextualizar o Evangelho se o homem moderno quer respostas para o seu <i>sonho ético-utópico de vida em abundância</i>, que abranja a facticidade (uma sociedade justa e solidária) e a transcendência (o Reino que virá)? </span></li>
<li class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 36.0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Do ponto de vista crítico-reflexivo é impossível negar que a recontextualização do Evangelho na América Latina implica numa mudança de vértice da nossa prática pastoral. Ainda dividimos e sobrepomos os escassos recursos para a Missão numa reafirmação das nossas estruturas denominacionais. </span></li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">·</span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span><b><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A pergunta permanece: como recontextualizar o evangelho nesses novos espaços?</span></b><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black;"></span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"></span><span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;"></span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn1"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref1" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[1]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> Cônego da Catedral Anglicana de Santa Maria,RS e professor da UNIFRA. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn2"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref2" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[2]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> Apud RECTOR, Mônica; NEIVA, Eduardo. <b>Comunicação na Era Pós-Moderna</b>. Petrópolis: Vozes, 1997, p. 85.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn3"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref3" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[3]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> STRECK. Lenio Luís. <b>Hermenêutica Jurídica (e)m Crise</b>. Porto Alegre: Ed Livraria dos Advogados, 1999, p. 23.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn4"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref4" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[4]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> Apud RECTOR, Mônica; NEIVA, Eduardo. <b>Comunicação na Era Pós-Moderna</b>. Petrópolis: Vozes, 1997, p. 13.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn5"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref5" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[5]</span></sup></a><span style="color: black;"><span lang="ES" style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> PARKER, Cristián. <b>El Catolicismo popular urbano y la globalización</b>. Forum (Universidad Académica de Humanismo Cristiano, Chile), in: Newsletter de la Asociación de Cientistas Sociales de la Religión en el MERCOSUR, 4/8/1997. </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">Disponível em: <http://www.naya.org.ar/religion/news 04.htm>. Acesso em: 30 ago. 2003. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn6"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref6" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[6]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> OLIVEN, Ruben. <b>O Metabolismo Social da Cidade</b>. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1974, p. 22.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn7"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref7" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[7]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> SILVEIRA, José de Deus Luongo da. <b>As Várias Faces do Direito: Uma crítica ao discurso jurídico tradicional</b>. Londrina: UEL, 2001, p. 47.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn8"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref8" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[8]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> NEVES, Marcelo. Teoria do Direito na Modernidade Tardia. In: ARGUELL, Kate (org.). <b>Direito e Democracia</b>. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996, p.110.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn9"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref9" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[9]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> FARIA, José Eduardo. Jornal O Estado de São Paulo, <b>NetEstado</b>. São Paulo: 7 set 2002, p. 1-2.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn10"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref10" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[10]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">GREEN, Laurie. <b>O Impacto da Globalização: Teologia Urbana</b>. Londres: Universidade de Cambridge, 1994, Trad. livre de Dom Sumio Takatsu. Porto Alegre: Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, p. 12-13. s/d. Mimeografado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn11"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref11" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[11]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> Ib.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 39.2pt 0pt 0cm; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn12"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref12" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[12]</span></sup></a><span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">BERGER, John. </span><b><span lang="ES" style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">Cada vez que dicimos adiós</span></b><span lang="ES" style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">. Buenos Aires: Ediciones La Flor, 1997, p. 278-79. </span><span style="font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn13"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref13" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[13]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">GOHN, Maria da Glória. GMDEC/FE/UNICAMP. <b>O Futuro das Cidades</b>. Disponível em: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> <http://www.lite.fae.unicap.br/revista/art03.htm>. Acesso em: 30 ago 2003.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn14"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref14" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[14]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> MINC, Carlos. O organismo está doente. In: <b>Ecologia e Cidadania</b>. São Paulo: Editora Moderna, 1996, p. 3 e ss.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn15"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref15" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[15]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> GOMES, Paulo Emilio Salles. <b>Poemas Avulsos</b>, s/e, 1973, p. 1.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn16"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref16" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[16]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> VELOSO, Caetano. <b>Verdade Tropical</b>. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 14.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn17"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref17" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[17]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> O indigenismo ainda é considerado como uma forma de mestiçagem, de mescla cultural, de marginalização.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<a href="http://www.blogger.com/" name="_ftn18"></a><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/L%20u%20o%20n%20g%20o/Meus%20documentos/Meus%20sites/Web%20do%20Luongo/Texto2.htm#_ftnref18" title=""><sup><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;">[18]</span></sup></a><span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> A negritude se transformou num movimento cultural de resgate da cidadania do negro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Garamond, serif; font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="color: black;"><br />
</span></div>
</div>
</div>José Luongohttp://www.blogger.com/profile/16039926469375773755noreply@blogger.com0